O placar não expressa o baita susto tomado no 1º tempo onde terminamos atrás do marcador. Um filme de terror já passava pelas nossas memórias.
No entanto, a tensão começou a ser dissipada logo aos 4 minutos do 2º tempo. Aos 10 o alívio e depois foi só alegria.
Que um susto desses não se repita.
Faltam 10 jogos para o título.
Jogo de volta válido pela 2ª fase da Copa do Brasil 2015.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 5 X 1 SAMPAIO CORRÊA
LOCAL: estádio Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATA E HORÁRIO: 11 de maio de 2015, terça-feira, às 21h50
ÁRBITRO: Fabio Filipus (PR)
ASSISTENTES: Moisés Aparecido de Souza e Sidmar dos Santos Meurer (ambos do PR)
PÚBLICO/RENDA: 24.443 pagantes/R$ 921.447,62
CARTÕES AMARELOS: Dudu e Fernando Prass (PAL); Gil Mineiro e Válber (SCO)
GOLS: Diones, 21’/1ºT (0-1), Vitor Hugo, 4’/2ºT (1-1), Cristaldo, 10’/2ºT (2-1), Zé Roberto, 21’/2ºT (3-1), Kelvin, 34’/2ºT (4-1) e Zé Roberto, 47’/2ºT (5-1).
PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Wellington, Vitor Hugo e Egídio; Gabriel e Amaral (Robinho – Intervalo); Rafael Marques, Zé Roberto e Dudu (Leandro, 42’/2ºT); Cristaldo (Kelvin, 26’/2ºT).TÉCNICO: Oswaldo de Oliveira
SAMPAIO CORRÊA: Ruan; Gil Mineiro, Edvânio, Luiz Octávio e Raí; Diones, Moisés Ribeiro, Rogério (Edgar, 23’/2ºT) e Válber (Cleitinho, 12/2ºT); Pimentinha (Dudu, 35’/2ºT) e Robert.TÉCNICO: Arlindo Maracanã (interino)
Palmeiras recebe Sampaio Corrêa em busca de terceira classificação contra rival
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
11/05/2015 – 20:00h
O jogo válido pela segunda fase da Copa do Brasil entre Palmeiras e Sampaio Corrêa será o sexto de toda história da competição nacional, pela terceira vez em uma edição diferente. Antes, o Verdão encarou a equipe do Maranhão em 1992 e em 2014 – nas duas ocasiões, o time paulista levou a melhor e passou de fase, feito que o escrete comandado pelo técnico Oswaldo de Oliveira buscará repetir nesta terça-feira (12), no Allianz Parque. A primeira partida acabou 1 a 1.
Em 1992, o duelo te ida acabou 1 a 0 para o Palmeiras, gol do zagueiro Tonhão. No jogo de volta, em São Paulo, o Verdão aplicou sonoros 4 a 0 sobre o time maranhense – gols de Sorato (2), Carlinhos e Paulo Sérgio.
Já em 2014, a derrota por 2 a 1 na primeira partida custou o emprego do então técnico Gilson Kleina. Já sob o comando de Alberto Valentim, interino, o Palmeiras venceu o segundo jogo por 3 a 0 e garantiu a segunda classificação da história sobre o Sampaio Corrêa.
Ao todo, os dois clubes já duelaram em seis oportunidades. Foram quatro vitórias palmeirenses, com 16 gols marcados, um empate e apenas um revés – justamente na última partida disputada no Maranhão, em 2014. Além da Copa do Brasil, com cinco encontros, o Campeonato Brasileiro – um jogo – aparece nos registros de partidas entre as equipes.
O primeiro jogo entre Palmeiras e Sampaio Corrêa aconteceu em 27 de abril de 1978, pelo Brasileirão. No estádio do Pacaembu, o Verdão goleou o rival por 6 a 0, com gols de Toninho Catarina (4) e Escurinho (2).
Além do Sampaio Corrêa, o Verdão já enfrentou mais uma equipe de Maranhão, o Moto Clube. O único jogo entre ambos foi em maio de 1978, pelo Brasileiro, no Estádio Nhozinho Santos, e o adversário superou o time palestrino por 1 a 0.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
O Verdão deu um susto na torcida, mas depois de um péssimo primeiro tempo conseguiu a virada no segundo, com direito a goleada, e garantiu a passagem à próxima fase da Copa do Brasil. Numa noite de garoa na capital paulista, quase 25 mil pessoas preencheram o anel inferior do Allianz Parque e saíram satisfeitas com a chuva de gols, apesar do aperto.
E que o placar dilatado não esconda os erros cruciais que o time cometeu, sobretudo no primeiro tempo. Oswaldo mexeu na estrutura do time contra o adversário errado; jogo pra manter o Robinho como segundo volante, como ele fez no Paulistão contra times mais modestos e rendeu bem. Sobretudo por poder contar com Egídio na lateral, a proteção ao lado esquerdo não precisava ser tão intensa, apesar do adversário ter um pontinha encardido pelo setor. De toda forma, o que se viu foi um time sem saída de bola e sem criatividade, coisa que só foi corrigida no intervalo, com uma mexida interessante de nosso treinador.
Primeiro tempo
O Verdão começou melhor, exercendo a pressão que cabe aos mandantes, mas sem tanta intensidade. A diferença técnica entre os times é que proporcionava as descidas. Aos 7, cabeçada de Lucas em cruzamento de Egídio (logo de cara, dois laterais descendo ao mesmo tempo, priorizando o jogo pelas pontas, como gosta Oswaldo – mas nosso centroavante é um anão). Aos 13, Dudu tentou enfiar pra Zé Roberto por trás da zaga, mas Ruan saiu nos pés de nosso capitão. Aos 16, em lance parecido, Zé Roberto foi às redes, mas estava impedido no momento de outro passe de Dudu. Aos 19, Egídio cobrou falta de três dedos, a là Roberto Carlos, e a bola saiu por pouco. Parecia tudo dentro do roteiro: o time atacava, sem muita força, mas o suficiente para criar as chances.
Só que aos 23, Pimentinha recebeu pela direita, e havia dois jogadores nossos em seu encalço: Vitor Hugo no primeiro combate e Egídio na sobra; o arisco atacante gingou, fez um carnaval, tirou Vitor Hugo para dançar e conseguiu o cruzamento na linha da pequena área; Wellington marcou a bola e Diones se antecipou a ele, testando cruzado, sem chances para Fernando Prass.
O gol desestabilizou o Palmeiras. Se o time já tinha dificuldades no zero a zero, apesar das chances criadas, depois que o Sampaio fez o gol e passou a enervar nossos jogadores, a maionese desandou de vez. Lembrou os times estéreis que nos assombraram nos últimos anos e que sabíamos que sequer ameaçaria o gol adversário. O time não conseguia acertar três passes. O Sampaio fechou o meio-campo, e a linha de três de Oswaldo não procurava os deslocamentos, não havia a compactação necessária. E não aconteceu nada além de um chute de fora de Amaral, que saiu por cima, aos 32. Muitas vaias ao apito final do primeiro tempo.
Segundo tempo
O time voltou completamente diferente. Não bastasse a intensidade e a entrega dos atletas, a disposição tática mudou: saiu Amaral e entrou Robinho, mas não como volante, e sim avançado, montando um 4-1-4-1 – com Robinho e Zé Roberto eventualmente recompondo para auxiliar Gabriel na contenção, mas com evidentes funções ofensivas. E rapidamente o time prensou o Sampaio em seu campo e começou uma saraivada de golpes. Com três minutos, o goleiro Ruan já tinha feito duas defesas difíceis, em chute e cabeçada de Cristaldo em jogadas construídas pela direita. Robinho e Lucas encostaram em Rafael Marques e o lado começou a fluir.
Aos quatro, o resultado: depois de uma sequência de escanteios, Robinho bateu mais um pela direita, Wellington escorou e Vitor Hugo ajeitou para bater rasteiro; a bola desviou na zaga e entrou no canto esquerdo de Ruan. Um alívio marromenos, porque a preocupação continuava, já que a partida estava indo para os pênaltis e um gol do Sampaio nos obrigaria a fazer mais dois. Era necessário matar logo o jogo.
E o Sampaio ajudou. Em vez de começar a fazer cera esperando pelos pênaltis, o time maranhense foi para o jogo, nos dando muitos espaços. Cheios de atitude, e com espaços, ficou fácil. Aos dez, veio a virada, em ótima jogada coletiva: Robinho articulou e abriu pela direita, onde estava Rafael Marques, que percebeu o avanço de Lucas e apenas fez o corta-luz, correndo para a área para puxar os zagueiros; Lucas cruzou à meia-altura no primeiro pau, com consciência, e achou Cristaldo que desviou de leve, o suficiente para mandar a bola no canto direito de Ruan, virando a partida.
Aí virou passeio. A torcida, aliviada, montou em cima do Sampaio, que sentiu o golpe. O sintoma mais claro disso foi o recuo mal feito de Luís Otávio, aos 21, que Dudu aproveitou para colocar na frente e chegar na cara do goleiro; vacilou, perdeu a velocidade mas teve a clarividência para notar a chegada de Zé Roberto, para quem rolou a bola. O capitão deu de chapa para o gol vazio, fazendo o terceiro.
O time diminuiu um pouco o ritmo e viu o Sampaio se atirar à frente, metendo uma pressão que poderíamos ter evitado. Aos 26, Prass fez uma defesa monstra em cabeçada de Luís Otávio. Aos 29, Cleitinho enfiou uma bola para Robert entre nossos zagueiros; o veterano invadiu na cara de Prass e enfiou o canudo, mas a bola foi no travessão; um minuto depois o lateral direito Gil Mineiro soltou uma pedrada de pé esquerdo lá da avenida Sumaré, improvável, e a bola foi na trave direita de Prass. Se uma dessas bolas entrasse, o jogo ficaria 3 a 2 e qualquer empate já era deles. Lembrei, por um instante, do Osmar e do Santo André.
Rapidamente o time dissipou esse fantasma, ao fazer o quarto gol aos 33 minutos: Dudu sofreu pênalti de Gil Mineiro; Zé Roberto cobrou mal e Ruan defendeu, mas Kelvin, que tinha entrado no lugar de Cristaldo, estava muito ligado e conferiu o rebote, aumentando o placar. Prass ainda brilhou mais uma vez ao defender um chute cruzado de Edgar. No rebote, Cleitinho bateu mal, Robert consertou e colocou para dentro, mas estava adiantado.
O jogo se encaminhou para o final e ainda deu tempo de Egídio, finalmente, mostrar jogo, ao acertar um belo cruzamento da esquerda; Rafael Marques fechou no primeiro pau e puxou dois zagueiros, e a bola sobrou limpa para Zé Roberto fazer o quinto gol, já nos descontos. Um belo resultado.
Fim de jogo
Goleada sempre é legal, mas que ninguém ache que o primeiro tempo será esquecido. O time mostrou mais uma vez uma séria deficiência emocional, se perdendo completamente diante de um adversário frágil. Felizmente ainda havia um intervalo pela frente, e esse elenco mostrou que consegue reagir, ao contrário dos zumbis que vestiam verde nos anos anteriores. Mas não era para levar esse susto.
De qualquer forma, que sejam valorizados também os pontos positivos, como a variação de Oswaldo, montando o time no 4-1-4-1 logo cedo, a entrega absurda mais uma vez, sobretudo de Dudu, que estava precisando mostrar serviço; e o monstro que temos embaixo das traves. E meter cinco sempre é legal – já fazia tempo. A última vez que havíamos marcado mais de quatro gols num jogo foi em 2012, sobre o Botafogo-SP, quando fizemos 6 a 2.
Na semana que vem saberemos, entre Vitória e ASA, quem será nosso próximo adversário na Copa do Brasil, já sem a regra de matar o confronto com 2 gols de diferença fora de casa. Agora o time volta as atenções ao Brasileiro e vai a Joinville pegar o time local. Chance de vencer pela primeira vez no campeonato. Os pontos perdidos contra o Galo não voltarão jamais. Foco, e vamos em frente. VAMOS PALMEIRAS!