Começamos bem e logo abrimos o placar. A impressão que dava era que seria uma vitória fácil.
O Santos, a partir do gol, cresceu na partida e virou o jogo. O time apresentou boas triangulações, boa marcação e bom volume de jogo. Isso ameniza um pouco a sensação estranha de ganhar só de times pequenos e na hora do “vamos ver” contra times de peso dá um amarelão.
Vamos em frente.
Jogo válido pela 9ª rodada do Paulistão 2015.
FICHA TÉCNICA:
SANTOS 2 X 1 PALMEIRAS
LOCAL: Estádio Vila Belmiro, em Santos (SP)
DATA/HORA: 11/03/2015 – às 22h
ÁRBITRO:Thiago Duarte Peixoto (SP)
ASSISTENTES: Danilo Ricardo Simon Manis e Luis Alexandre Nilsen (ambos de SP)
PÚBLICO/RENDA: 11.416 pagantes / R$ 360.960,00
CARTÕES AMARELOS: Geuvânio, Ricardo Oliveira, Valência, Lucas Lima e David Braz (Santos); Arouca e Dudu (Palmeiras)
GOLS:
SANTOS: Renato – 27’/1ºT; Ricardo Oliveira – 16’/2ºT (santos); Vitor Hugo, 7’/1ºT (palmeiras).
SANTOS: Vanderlei; Cicinho, Werley, David Braz e Victor Ferraz, Valencia, Renato e Lucas Lima; Geuvânio (Gabriel), Robinho (Thiago Ribeiro) e Ricardo Oliveira (Elano)
TÉCNICO: Marcelo Fernandes
PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Tobio, Vitor Hugo e Zé Roberto; Gabriel e Arouca; Allione (João Paulo), Robinho (Gabriel Jesus) e Dudu; Cristaldo (Leandro Pereira)
TÉCNICO: Oswaldo de Oliveira
Com vantagem alviverde, Palmeiras e Santos duelam pela 315ª vez nesta quarta
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
11/03/2015 – 10:00h
Em busca da sétima vitória consecutiva na temporada 2015, o Palmeiras visita nesta quarta-feira (11) o Santos, na Vila Belmiro, e pode aumentar ainda mais a histórica vantagem perante os rivais da Baixada Santista. O jogo, válido pela 9ª rodada do Campeonato Paulista, será o 315ª de toda história do confronto, que conta com 133 vitórias palestrinas, 83 empates e 98 reveses.
Considerando apenas as partidas do Paulistão, a vantagem também é verde e branca. O Palmeiras venceu o Santos 88 vezes em 180 encontros na competição estadual, além de ter sofrido 51 derrotas e outros 41 empates.
Palco da partida desta quarta-feira, a Vila Belmiro já recebeu o clássico 101 vezes e, curiosamente, também registra mais vitórias do Verdão. O time do Palestra Italia saiu de campo vitorioso em 43 oportunidades, empatou 18 vezes e foi derrotado em 40 partidas.
A maior goleada da história do confronto aconteceu em 1932, quando o Palmeiras aplicou incríveis oito gols na equipe praiana – e não sofreu nenhum. Já a principal série invicta do Verdão foi alcançada entre julho de 1917 e junho de 1926. À época, o Palmeiras ficou 15 jogos sem perder, sendo 14 vitórias e apenas um empate.
A última vitória palmeirense em Santos aconteceu em fevereiro de 2012. Comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari e com gols de Juninho e Fernandão, o Alviverde superou os donos da casa por 2 a 1. O time foi a campo com Deola, Cicinho, Leandro Amaro, Henrique e Juninho; João Vitor, Márcio Araújo, Marcos Assunção e Valdivia (Daniel Carvalho); Luan (Maikon Leite) e Fernandão.
Pós-Jogo
Fonte: http://www.verdazzo.com.br/jogo/ficha/id/5783/santos-2-x-1-palmeiras
Num jogo muito bom principalmente no primeiro tempo, o Verdão acabou derrotado de virada pelo Santos por 2 a 1, mas segue líder de seu grupo com tranquilidade. O resultado, no entanto, praticamente sela para nós a condição de visitante na semifinal, já que o SCCP e o próprio Santos abriram uma boa vantagem e faltam apenas seis rodadas para o final. O jogo foi marcado por um início muito forte do Palmeiras e pela reação do Santos, que conseguiu tomar conta do meio-campo e chegou à virada com merecimento.
O Verdão começou a partida dando a impressão que golearia qualquer adversário que cruzasse seu caminho. Com uma dinâmica muito forte entre Allione, Robinho, Dudu e Cristaldo, os passes envolviam a defesa do Santos e a bola chegava à área do time da casa com muita facilidade. Marcando forte a saída de bola, o time obrigava a defesa do Santos a espanar para onde estava virada, e tivemos logo uma sequência de quatro escanteios, de onde saiu o gol, aos sete minutos: Robinho bateu o quarto escanteio pela esquerda, Vitor Hugo surgiu de trás com muita velocidade e subiu a uns oito metros de altura para testar forte para o canto esquerdo de Vanderlei.
O gol despertou o Santos, que finalmente conseguiu sair de trás. Com a bola finalmente chegando na frente, o time da casa começou a incomodar nossa defesa, que no início se mostrava soberana, mas aos poucos foi sendo vencida pela inspirada linha ofensiva santista. Aos 13, Robinho fez boa finta em Gabriel e tabelou com Ricardo Oliveira, mas na hora de receber de volta para concluir, falhou. O Verdão respondeu com tabela entre Cristaldo e Arouca, mas o volante foi prensado na hora da finalização.
Aos 19, bom lance de Geuvânio pela direita; lançado em profundidade nas costas de Zé Roberto, ele invadiu e bateu forte, mas Prass rebateu e a defesa aliviou. Dois minutos depois, mais uma pelo nosso setor esquerdo: Lucas Lima fez jogada rápida, cortou para dentro e bateu em direção a Werley na pequena área; Fernando Prass precisou esperar a bola passar pelo atacante para decidir o que fazer; com muito reflexo conseguiu evitar o empate.
O Verdão ainda conseguia manter o jogo equilibrado e respondia: aos 25, Dudu fez boa jogada pela direita e acertou um belo chute de fora da área, mas Vanderlei conseguiu a defesa. A dificuldade do Palmeiras ficou clara a partir desse momento, com o Santos ganhando o meio-campo para não perder mais até o fim do jogo – um tanto devido à inspiração dos jogadores de branco, e um tanto por causa da distância entre Dudu, Allione e Robinho, que não conseguiam trocar passes e fazer a bola chegar em Cristaldo.
Aos 27, o empate: Vitor Ferraz apoiou em diagonal e tocou para Ricardo Oliveira pela esquerda, Tobio tentou antecipar e errou o bote, o centroavante santista invadiu a área, Vitor Hugo chegou para cortar o cruzamento mas não conseguiu, e a bola se ofereceu para Renato tocar no contrapé de Fernando Prass, igualando o placar. E o Santos poderia ter virado o jogo na sequência, aproveitando o momento em que time do Palmeiras ficou acuado: Vitor Ferraz tocou para Robinho, muito marcado; mesmo assim ele achou espaço para mandar uma bola de curva, rasteira, e ela foi na trave.
O jogo continuava intenso, e o Verdão teve uma grande chance aos 33, com Robinho, que pegou uma sobra após jogada na esquerda de Zé Roberto e, da meia-lua, bateu firme buscando o canto direito de Vanderlei, mas a bola saiu raspando. Enquanto tudo isso acontecia, Robinho do Santos e Lucas Lima praticamente apitaram o jogo, pressionando demais o árbitro Thiago Duarte Peixoto, que tentava resistir ao assédio. Com 1 a 1 no placar, terminou o primeiro tempo.
O segundo tempo começou forte, com os dois times aproveitando erros de saída de bola para entrar na área adversária com perigo, mas as defesas levaram a melhor. A primeira chance concreta foi aos seis, em falta cometida por Gabriel perto da área. Lucas Lima bateu quicando, Fernando Prass defendeu com dificuldade, soltando a bola.
Oswaldo perdeu a paciência com Allione, o mais apagado do trio de meias do Verdão, e mandou João Paulo ao campo, deslocando Zé Roberto para a armação. Não deu tempo de ameaçar o Santos, pois no primeiro lance após a mudança Robinho alçou a bola na área buscando Ricardo Oliveira; com Vitor Hugo na marcação, ele deu sorte na matada, que espirrou na canela e voltou para o meio; ele girou o corpo rápido e conseguiu tirar de Fernando Prass, que saiu para fechar o ângulo como um raio, mas não foi suficiente: 2 a 1.
Com a vantagem no placar, o Santos conseguiu fazer o que o Palmeiras não teve forças: controlou o meio-campo, não dando espaços para a troca de passes dos nossos jogadores, que viam-se obrigados a rifar a bola da defesa para o ataque. Grandes partidas dos volantes do Santos, sobretudo Valencia. Oswaldo mandou Leandro Pereira a campo no lugar de Cristaldo e se abriu em busca do empate, deixando espaços perigosos para a velocidade de Geuvânio e Robinho.
Vendo que o Palmeiras começou a forçar mais o jogo em Dudu, a dupla de interinos do Santos tirou Ricardo Oliveira e colocou Elano, fechando um pouco mais o meio. E assim o Santos controlou o ritmo do jogo, baixando a intensidade. A entrada de Gabriel Jesus no lugar de Robinho melhorou um pouco a dinâmica de nosso ataque, o menino amarelou dois defensores santistas, mas o time não teve tempo e forças para chegar ao empate. Vitória merecida do Santos num jogo de muito bom nível.
O resultado incomoda pelas escritas. Lá se vão alguns jogos sem ganhar deles, que são fregueses. O time continua devendo em partidas contra times da Série A. Mas não devemos nos iludir com isso. Nossa maior preocupação é continuar acertando o time, e jogos contra times de nível mais elevado são importantes para identificar as deficiências. Defensivamente, falhamos em lances isolados, embora a proteção à zaga ainda esteja um pouco fora de compasso. Ofensivamente ainda não achamos a melhor dinâmica para aparecer o futebol de Robinho como meia centralizado. O caminho certamente é outro.
De qualquer forma, o tempo para esses acertos até o mata-mata está se esgotando, e Oswaldo pode começar a sofrer as primeiras pressões de alas da torcida e de sócios/conselheiros. E de fato, a falta de objetividade ofensiva causa uma certa agonia. Seguimos pacientes, mas a preocupação começa a crescer. VAMOS PALMEIRAS!