Time desentrosado e a Macaca com uma marcação perfeita não deu chances para sairmos com a vitória. Méritos do adversário.
Jogo válido pela 2ª rodada do Paulistão 2015.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 0 x 1 PONTE PRETA
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Data e Horário: 5 de fevereiro de 2015, quinta-feira, às 19h30
Árbitro: Márcio Henrique Góis
Assistentes: Rogério Pablos Zanardo e Luiz Alberto Andrini Nogueira
Cartões amarelos: Tobio, Dudu (Palmeiras), Bruno Silva, Rodrigo Biro, Roni (Ponte Preta)
Público/Renda: 24.695 pagantes; R$ 1.765.765,00.
GOL: Wanderson, aos 15/2ºT (0-1),
PALMEIRAS: Fernando Prass, Lucas, Tobio, Vitor Hugo e João Paulo; Renato (Robinho, aos 26/2ºT) e Gabriel; Allione (Rafael Marques, aos 15/2ºT), Alan Patrick e Dudu; Leandro Pereira (Cristaldo, aos 15/2ºT). Técnico: Oswaldo de Oliveira
PONTE PRETA: Matheus, Rodinei, Pablo (Raphael Silva, aos 35/2ºT), Renato Chaves e Rodrigo Biro; Fernando Bob, Bruno Silva, Biro Biro e Renato Cajá (Roni, Intervalo); Fábio Santos (Wanderson, aos 10/2ºT) e Rildo. Técnico: Guto Ferreira
Adversário da última decisão de Paulista, Verdão reencontra Ponte Preta
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
04/02/2015 – 17:22h
O Palmeiras realizou no último sábado (31) seu primeiro jogo do Campeonato Paulista 2015, ante o Grêmio Osasco Audax, e estreou na competição estadual com uma vitória por 3 a 1, no Allianz Parque. Nesta quinta-feira (05), em duelo válido pela 2ª rodada do torneio, o Verdão irá encarar a Ponte Preta, adversário que traz boas recordações aos torcedores palestrino.
Em 2008, ano da última conquista palestrina no Paulistão, o Verdão enfrentou justamente o time de Campinas-SP na grande final do campeonato. Após uma vitória por 1 a 0 fora de casa, o Alviverde aplicou sonora goleada por 5 a 0, no Palestra Italia, e sagrou-se campeão estadual. Os gols palmeirenses no segundo jogo foram anotados por Alex Mineiro (3), Valdivia e Ricardo Conceição (contra).
Ao todo, as duas equipes já se enfrentaram 118 vezes, sendo 61 vitórias do Palmeiras, 29 empates e apenas 28 triunfos do clube alvinegro. Considerando apenas jogos do Campeonato Paulista, a vantagem segue favorável ao time da capital paulista: 83 encontros, 40 triunfos palestrinos, 26 igualdades e outros 17 reveses.
Jogando com o mando de campo da partida, os números do Palmeiras ante a Ponte Preta são impressionantes. Em 55 confrontos em toda história, o Verdão superou os rivais em 35 oportunidades, empatou 14 vezes e saiu de campo derrotado em apenas seis oportunidades.
A maior goleada da história do confronto pertence ao time do Palestra Italia, que venceu por 6 a 1 em dezembro de 1959, assim como a principal sequência invicta do duelo. Entre agosto de 1959 e julho de 1975, as equipes mediram força em 23 oportunidades, com 15 triunfos palestrinos e oito empates.
Já o último jogo entre as equipes foi realizado no último Campeonato Paulista. No dia 15 de março, o Verdão superou a Ponte Preta por 3 a 2, no estádio do Pacaembu, com gols de Alan Kardec, Mendieta e Eguren. Ainda comandado pelo técnico Gilson Kleina, o Palmeiras foi a campo com Fernando Prass; Wendel, Lúcio, Tiago Alves e Juninho; Eguren, França, Bruno César e Valdivia; Leandro e Alan Kardec.
Pós-Jogo
Fonte: www.verdazzo.com.br
Ainda sob a euforia da notícia da contratação de Cleiton Xavier, o Verdão recebeu a Ponte Preta no Allianz Parque pela segunda rodada do Paulistão 2015 e acabou derrotado por 1 a 0. O resultado, frustrante, veio de uma combinação de detalhes, que se juntam à fase de entrosamento por que todos as equipes estão passando, o que ainda nivela os times por baixo, aliada à aplicação tática do time da Ponte, que foi muito firme na marcação, não teve erros de falta de atenção e mereceu a vitória, apesar da irritante (e previsível) cera.
Debaixo de uma chuva insistente, demorou um pouco até os times se acostumarem ao gramado escorregadio. O Palmeiras forçou a marcação na saída de bola nos minutos iniciais, mas não conseguia passar pelo forte esquema defensivo armado por Guto Ferreira, que congestionava nosso meio-campo e travava o toque de bola. Com Rildo se revezando com Biro-Biro pela direita, Dudu ficou preso no auxílio a João Paulo e não conseguia liberdade para criar.
Aos 13, Allione arrancou pelo meio e foi derrubado. Na cobrança, Alan Patrick mandou no travessão; a bola bateu sobre a risca e Gabriel completou para o gol, mas o árbitro marcou corretamente falta de Leandro Pereira na disputa do rebote.
O gol animou o time, que teve seu melhor período no primeiro tempo, tomando conta do campo do time de Campinas e o empurrando para sua área. Lucas recebeu de Tobio e cruzou para Leandro Pereira, que desviou sutilmente buscando o canto esquerdo de Matheus, mas errou o alvo.
Aos poucos a Ponte retomou a solidez na marcação do meio-campo, e passou a ocupar mais os espaços. Foi quando apareceu a eficiência de um dos reforços menos badalados nesta temporada: Vitor Hugo, que no primeiro tempo foi perfeito em todas as intervenções, não dando a menor chance a Fabio Santos, Biro-Biro ou Rildo. E com todo esse equilíbrio, o árbitro encerrou o primeiro tempo.
Com Roni no lugar do apagado Renato Cajá, a Ponte manteve a pegada de marcação forte do primeiro tempo. Guto Ferreira é um dos melhores treinadores de time pequeno que existem no Brasil, ao lado de Gilson Kleina. O Palmeiras rodava a bola mas não conseguia penetrar no bloqueio pontepretano. João Paulo, Renato e Alan Patrick comprometiam na eficiência do passe, o que explica em parte essa dificuldade. Leandro Pereira quase não aparecia no jogo, e a torcida pediu Cristaldo. O time passou a experimentar de fora, com os próprios Alan Patrick e Renato, mas não assustaram Matheus.
Aos dez, Fabio Santos deu lugar a Wanderson, para dar mais mobilidade aos contra-ataques da Ponte. Pouco depois, Cristaldo e Rafael Marques entraram nos lugares de Allione e Leandro. Nem deu tempo deles pegarem na bola, e saiu o gol da Ponte: em rápida jogada pela direita, Biro-Biro e Roni envolveram nosso sistema defensivo e o chute veio forte, cruzado; Prass espalmou para o lado mas Wanderson fechava e não teve trabalho de abrir o placar. Mérito total do trio adversário, que conseguiu levar vantagem sobre nosso sistema defensivo que estava bem posicionado.
Um minuto depois, quase o segundo: no embalo do gol, a Ponte pressionou no campo de ataque; Gabriel tentou sair jogando e falhou feio; Rodrigo Biro aproveitou e cruzou na pequena área para Roni, que homenageou Maikon Leite ao bater para o alto – a bola bateu na trave, pingou na frente do gol e ficou com Prass. E a partir daí começou um novo jogo, de ataque contra defesa, com o Palmeiras pressionando de todas as formas e os jogadores da Ponte resistindo e se atirando ao chão para ganhar tempo.
Logo depois desse lance, Alan Patrick bateu mais uma vez de fora, e a bola parecia ter o endereço antes de desviar em Renato Chaves e sair por muito pouco, por cima. A torcida, inflamada, apoiava cada vez mais. Aos 25, Robinho entrou no lugar de Renato, para melhorar a troca de passes no campo ofensivo. O time ficou, obviamente, mais exposto, mas recuperou parte da inteligência que havia perdido com a saída de Allione.
Com Rafael Marques um pouco mais aberto e Cristaldo de centroavante, o time passou a levantar bolas na área, sem muito sucesso. Aos 32, Dudu invadiu a área pela direita e chutou rasteiro, e Matheus defendeu. Até que aos 35, um milagre salvou a Ponte do empate: mais uma bola cruzada na área, desta vez por Lucas; Cristaldo fez o movimento de manual e testou para o chão, pegando Matheus no contrapé, mas o goleiro conseguiu um movimento espetacular e desviou a bola que já ia entrando no gol. Metade do bicho tem que ir para ele, que estreava no gol da Ponte Preta.
Os minutos finais foram marcados pela insistência do Palmeiras, principalmente em bolas aéreas, e pelas tentativas da Ponte de armar contra-ataques. E quase funcionou: entre uma cera e outra, já nos descontos, Rildo triangulou com Biro-Biro e Roni, que soltou o canudo de dentro da área, frontal, para magnífica defesa de Fernando Prass. O juiz encerrou o jogo aos 50 minutos e a torcida deu apoio ao time com aplausos mesmo com o placar adverso.
A torcida, mesmo machucada pelas últimas temporadas e ansiosa por vitórias e títulos, compreendeu o momento de reconstrução do time, concluído (será?) hoje fora de campo com a contratação de Cleiton Xavier, mas que ainda precisa ser colocado em prática dentro de das quatro linhas, o que exige tempo. Os jogadores estão demonstrando muita vontade e o elenco tem qualidade. É tudo o que a torcida precisa para não entrar em pânico numa derrota como esta. A reação ao final do jogo foi uma grande demonstração de maturidade. O time perdeu quando podia.
Mas domingo a história é diferente. Vale como se fosse um campeonato. É Derby. Temos que ganhar. VAMOS PALMEIRAS!