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Palmeiras 1 x 0 Ajax (HOL) – 14/01/2012

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Pedro Carmona comemora o gol palmeirense. Foto: Robson Ventura/Folhapress

No primeiro teste do Palmeiras versão 2012, os velhos problemas da versão 2011 que causaram desespero no returno do nacional, continuam presentes.

Neste sábado, num dia cheio de homenagens ao goleiro recém-aposentado Marcos, o Palmeiras mostrou os mesmos defeitos e qualidades do ano anterior. O time até cria, mas peca demais nas finalizações. O volante Marcos Assunção segue sendo imprescindível nas bolas paradas e única arma Palestrina.

A vitória é importante para dar moral, contudo, não alivia a pressão logo no início do ano.

Jogo amistoso de início de temporada.

FICHA TÉCNICA

Local: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data: 14/01/2012, sábado
Horário: 17h. (de Brasília)
Público: 25.432 no total
Renda: R$ 785.964,00
Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza (SP)
Assistentes: Renata de Brito e Gustavo Rodrigues de Oliveira (ambos de SP)
Cartões Amarelos: Enoh, Vertonghen, Alderweireld e Bouy (Ajax); Marcos Assunção (Palmeiras)
Gol: Pedro Carmona, aos 48 minutos do segundo tempo

Palmeiras: Deola; Cicinho, Leandro Amaro (Maurício Ramos), Henrique e Juninho (Gerley); Márcio Araújo, Marcos Assunção (Chico), Tinga (Maikon Leite) e Valdivia (Pedro Carmona); Luan e Ricardo Bueno (Fernandão).
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Ajax: Vermeer (Cillessen); Ligieon (Van Rhijn), Vertonghen, Alderweireld (Ooijer) e Anita (Blind); Enoh (Klaassen), Eriksen (Serero) e Janssen (Bouy); Sulejmani (Aissati), Lodeiro (Ozbiliz) e De Jong (Bulykin).
Técnico: Frank de Boer

Gol, melhores momentos.

Em dia de ‘São Marcos’, Carmona brilha, e Palmeiras derrota o Ajax

Goleiro recém-aposentado vê o jogo das tribunas e é o personagem do dia. Verdão apresenta problemas, mas meia salva a tarde no último lance do jogo

Por Diego Ribeiro

No primeiro teste do Palmeiras versão 2012, o protagonista sequer entrou em campo, mas o clube ganhou uma nova esperança para a temporada. Neste sábado, num dia cheio de homenagens ao goleiro recém-aposentado Marcos, o Verdão venceu o Ajax, da Holanda, por 1 a 0 graças ao meia Pedro Carmona, que marcou um gol de cabeça aos 49 do segundo tempo e assegurou o triunfo palmeirense no amistoso.

O dia já valeu a pena por conta da procissão a “São Marcos de Palestra Itália”, que mobilizou mais de cinco mil palmeirenses antes do amistoso. O ídolo compareceu ao Pacaembu e assistiu ao jogo das tribunas, ao lado do gerente de futebol César Sampaio. Carmona, contratado do Criciúma no meio do ano passado, fez seu primeiro bom jogo com a camisa alviverde e se emocionou após o gol. Foi o primeiro dele com a camisa do Verdão.

No Pacaembu, Marcos e os 25 mil torcedores viram um Palmeiras com os mesmos problemas do ano passado, principalmente no que diz respeito aos gols perdidos pelos atacantes. Com Ricardo Bueno, Fernandão, Maikon Leite ou Luan, os alviverdes ficaram no quase em vários lances. Por outro lado, as boas atuações de Deola, Cicinho e Valdivia agradaram.

O amistoso fez parte da programação da pré-temporada do Palmeiras. O time estreia no Campeonato Paulista no próximo dia 22, contra o Bragantino, em Bragança Paulista. Já o Ajax volta para a Holanda na noite deste sábado e segue na disputa do Campeonato Holandês e da Liga Europa. A equipe treinada por Frank De Boer fez intertemporada de uma semana no Brasil.

Propostas diferentes, resultado igual

O amistoso confrontou dois times em momentos diferentes da temporada. O Verdão sentiu muito a falta de ritmo e permitiu que os rivais dominassem o meio-campo, já que estão no meio do Campeonato Holandês e vêm jogando regularmente há seis meses. Em comum, as duas equipes apresentaram fraco aproveitamento nas finalizações, perdendo muitos gols.

O caminho do Ajax foi pelas pontas, principalmente com Sulejmani, pelo lado esquerdo do ataque. Por ali, Cicinho deixava muitos espaços por conta de suas subidas ao ataque. O toque de bola da equipe holandesa impressionou. O dinamarquês Eriksen, principal esperança do time, mostrou raciocínio rápido em pelo menos duas jogadas. Bem marcado, o jogador encontrou De Jong e Lodeiro livres – ambos perderam suas oportunidades.

No Palmeiras, a proposta de jogo foi a mesma do fim do ano passado, até porque havia apenas uma peça diferente na equipe: o lateral-esquerdo Juninho. Apesar de bons avanços com Cicinho e Valdivia, o time de Felipão confiou mais nas bolas paradas de Marcos Assunção, que deram trabalho ao goleiro Vermeer. Em um dos cruzamentos, a bola desviada por Leandro Amaro acertou o travessão.

Mas houve coisas boas do lado alviverde. Mesmo muito marcado, Valdivia se mostrou mais participativo do que em 2011, trocando passes rápidos e aparecendo para o jogo. O chileno quase foi premiado com um golaço, quando aproveitou uma saída errada de Vermeer e tentou encobri-lo. A bola passou perto.

De negativo, apenas o desempenho da zaga. Na primeira etapa, Leandro Amaro e Henrique não conseguiram deter o quarteto ofensivo do Ajax, com Eriksen, Sulejmani, Lodeiro e De Jong. Os enormes buracos no sistema defensivo fizeram Deola trabalhar muito. No fim, o placar zerado foi justo.

Freio de mão puxado

Frank De Boer resolveu poupar os titulares e fez uma série de substituições no intervalo. Entre os cinco que saíram, Lodeiro e Eriksen foram os que mais fizeram falta. Apesar de manter o toque de bola no ataque, o Ajax perdeu qualidade e deixou Deola mais tranquilo.

Felipão também mudou o time e experimentou formações diferentes. Na metade do segundo tempo, o técnico tirou Valdivia e colocou Maikon Leite, deixando o Palmeiras com um desenho semelhante ao do rival holandês: Luan e Maikon pelas pontas, com Fernandão centralizado na área e Pedro Carmona vindo do meio-campo. A mudança surtiu pouco efeito, mas o Palmeiras mostrou mais volume de jogo no ataque. Mais solto, Carmona deu qualidade ao time e quase fez um golaço em chute de fora da área.

Já em clima de fim de festa, os dois times apenas deixaram o tempo passar na segunda etapa. O Ajax até teve chances, mas esbarrou na falta de pontaria dos reservas Bulykin e Ozbiliz. No fim, o time holandês foi para cima e exigiu muito de Deola, melhor em campo pelo Verdão. Com duas defesas difíceis e um time apático, os protestos nas arquibancadas voltaram: “Queremos jogador” e “Fora Tirone” (Arnaldo, presidente do clube). Mas aí, aos 48 minutos, Luan cruzou da esquerda, e Pedro Carmona fechou sua atuação da melhor maneira possível: com um gol de cabeça, seu primeiro com a camisa do Verdão, garantiu o 1 a 0 e a explosão alviverde.

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