Extremamente pressionado por resultados para fugir da incômoda briga contra o rebaixamento, o Palestra foi até Pituaçu enfrentar o Bahia.
Em um primeiro tempo equilibrado, o Palmeiras conseguiu abrir o placar com Ricardo Bueno. Na etapa final, Valdivia teve lampejos dignos das melhores fases com a camisa alviverde e criou boas oportunidades, mas foi Marcos Assunção, de falta, que marcou o segundo. Antes disso, a arbitragem anulou um gol de cada lado.
O resultado leva os comandados de Felipão à 12ª colocação, com 46 pontos, já sem risco de rebaixamento.
Jogo válido pela 36ª rodada do Brasileirão 2011.
FICHA TÉCNICA
Local: estádio Pituaçu, em Salvador (BA)
Data: 20 de novembro de 2011, domingo
Horário: 19 horas (de Brasília)
Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva (CBF-SE)
Assistentes: Dibert Pedrosa Moisés (RJ) e Cleriston Clay Barreto Rios (SE)
Cartões Amarelos: João Vítor (Palmeiras); Fahel (Bahia)
Gols:
PALMEIRAS: Ricardo Bueno, aos 20 minutos do primeiro tempo, e Marcos Assunção, aos 46 minutos do segundo tempo.
BAHIA: Marcelo Lomba; Jancarlos, Paulo Miranda, Titi e Hélder (Maranhão); Fahel, Camacho (Júnior), Diones, Carlos Alberto (Nikão) e Lulinha; Souza
Técnico: Joel Santana
PALMEIRAS: Deola; Cicinho, Leandro Amaro, Thiago Heleno e Gerley; Marcos Assunção, Márcio Araújo, Patrik (João Vítor) e Valdivia (Chico); Luan e Ricardo Bueno (Dinei)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Esporte – iG, BAND, Globo Esporte, Terra Esportes, Estadao, Folha Online.
Palmeiras vence Bahia, afasta risco de degola e deixa rival em apuros
Verdão joga bem, faz 2 a 0 em Salvador e se livra do rebaixamento. Do outro lado, baianos sofrem e vão decidir permanência nas rodadas finais
por GLOBOESPORTE.COM
Nas duas rodadas finais do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras só vai querer saber de atrapalhar os rivais. Isso porque a vida alviverde já está resolvida. Jogando em Pituaçu, mas se sentindo em casa, o Verdão venceu o Bahia por 2 a 0, afastou qualquer risco de rebaixamento e ainda quebrou um jejum de dez jogos sem vitórias na competição. Respirando aliviado, o Palmeiras está garantido na Série A em 2012. Já a equipe baiana ainda terá de suar para se manter na elite.
A vitória, apenas a segunda fora de casa no Brasileirão, deixa o Palmeiras com 46 pontos e livre dos fantasmas que assolaram o clube durante toda a temporada. Problemas dentro e fora de campo impediram o time de lutar por uma vaga na Libertadores ou até por título. De qualquer forma, a fuga do rebaixamento faz o clube pensar melhor no planejamento da próxima temporada. No fim, os jogadores se abraçaram e fizeram uma corrente, comemoração tímida para um time que tinha objetivos bem maiores em 2011.
Do outro lado, o Bahia permanece com 42 pontos e ainda ameaçado. Os rivais diretos são Atlético-MG, também com 42, Cruzeiro, com 39, e Ceará e Atlético-PR com 38. O time de Joel Santana vai jogar duas decisões para tentar a manutenção na elite.
O Palmeiras pega São Paulo e Corinthians nos próximos dois domingos, às 17h (de Brasília), ambos no Pacaembu. O objetivo é tentar tirar a possibilidade de o Tricolor ir para a Libertadores, e evitar o título do Timão. Já o Bahia fecha sua participação contra o Santos, na Vila Belmiro, e Ceará, em Pituaçu.
Bola murcha, só para o Bahia
Um início sem emoções em Pituaçu dava a impressão de que um jogo sonolento viria pela frente. Por duas vezes, a bola teve de ser trocada por estar murcha, e o Bahia, principalmente, pouco fez para melhorar o panorama da noite de domingo. Coube ao Palmeiras tomar as rédeas do jogo e apostar na volta de Valdivia para armar seu ataque.
E o Mago voltou bem, depois de passar três jogos suspenso no Brasileirão. Mesmo sem brilhar, Valdivia procurou o jogo e caiu mais pelo lado esquerdo, aproximando-se de Luan e levando perigo por aquele setor. Sem os laterais titulares Marcos e Dodô, Joel Santana escolheu Jancarlos e Helder, que deram espaços demais aos rivais.
Só dava Palmeiras, que pelo terceiro jogo seguido conseguiu estabelecer posse de bola pelo chão, sem apelar para os constantes cruzamentos de Marcos Assunção. Ironicamente, foi a partir dele que o Verdão abriu o placar. Aos 20 minutos, o volante cobrou escanteio e Luan subiu sozinho para cabecear e acertar a trave. Na sobra, Ricardo Bueno mergulhou para tirar o peso das críticas que carregava sobre suas costas: 1 a 0. A arbitragem confirmou o gol para Bueno, já que a bola de Luan correu sobre a linha, mas não entrou.
Os primeiros protestos dos baianos puderam ser ouvidos em Pituaçu. Enquanto o Verdão cozinhava o jogo, o Bahia tropeçava nos próprios erros e não conseguia pressionar em busca do empate. Apenas Lulinha, em jogadas individuais, tentou mudar o ritmo do jogo. Muito pouco para um time que ainda sonha em permanecer na Série A.
Verdão soberano
Joel Santana mandou o Bahia para o ataque, trocando Camacho por Júnior e deixando a equipe com dois centroavantes, mais Lulinha e Carlos Alberto na armação. Na teoria, tudo ótimo. Na prática, o time da casa esbarrou na eficiente marcação palmeirense e na atuação impecável de Leandro Amaro, que passou de quarta opção a principal zagueiro do Palmeiras hoje – a dupla com Thiago Heleno arrumou o setor.
A segurança na defesa fez o Verdão se arriscar no ataque mesmo com a vantagem no placar. Essa tem sido a diferença do atual time de Luiz Felipe Scolari em relação àquele que iniciou o segundo turno. Com Valdivia inspirado, o time criou muitas chances e parou em Marcelo Lomba, que manteve o Bahia vivo até o último minuto. Gerley e João Vitor perderam gols quase certos, e o próprio Mago contribuiu com uma bomba de longe devidamente salva pelo goleiro do Bahia. Valdivia, de um lado, e Júnior, do outro, tiveram gols anulados. Só Marcos Assunção, de falta, aos 46, conseguiu mudar o placar: 2 a 0.
Impaciente, a torcida da casa passou a vaiar sistematicamente. Sobrou para Carlos Alberto, muito abaixo da média para um jogador que foi contratado para ser o maestro da equipe baiana. O outro maestro do jogo deu bem mais motivos para sua torcida se animar. Livre das lesões e mais leve em campo, Valdivia deu uma luz de esperança ao palmeirense. 2011, agora, acabou. Tranquilo, o Verdão só vai tentar atrapalhar os rivais nas rodadas finais. Já o Bahia precisa corrigir muita coisa para se manter na elite do futebol brasileiro.