Palmeiras e Santos vieram a campo enfrentando as ausências de importantes jogadores. Isto, porém, pouco importou para a equipe alviverde, que derrotou o rival no Pacaembu por 3 a 0 neste domingo, ampliando tabu no clássico.
Nos dois times os técnicos precisaram driblas os desfalques para montar as equipes. Pelo Palmeiras, a grande ausência foi a de Kleber, que segue alegando lesão muscular em meio a boatos sobre uma transferência ao Flamengo. Além do atacante, Thiago Heleno foi ausência pelo terceiro cartão amarelo, Valdivia está na seleção chilena e Lincoln não foi relacionado por opção de Scolari (faria o sétimo jogo, o que impediria uma negociação com outros clubes da Série A).
Com o triunfo, o quinto na competição, o Palmeiras voltou para o G-4, na quarta colocação, com os mesmos 18 pontos do São Paulo, que leva vantagem por ter uma vitória a mais.
Jogo válido pela 9ª rodada do Brasileirão 2011.
FICHA TÉCNICA
Local: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data: 10/07/2011, domingo
Horário: 18h30 (horário de Brasília)
Público: 16.751 pagantes
Renda: R$ 444.239,00
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP) e Herman Brumel Vani (SP)
Cartões amarelos: João Vitor (Palmeiras); Léo e Pará (Santos)
Gols: Maikon Leite, aos 21, Mauricio Ramos, aos 29, e Patrik, aos 45 minutos do primeiro tempo
Palmeiras: Marcos; Cicinho (João Vitor), Mauricio Ramos, Leandro Amaro e Gabriel Silva; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Patrik (Pierre) e Luan; Maikon Leite (Tinga) e Dinei
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Santos: Rafael; Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Rodrigo Possebon (Felipe Anderson), Arouca e Danilo; Diogo (Tiago Alves), Borges e Rychely (Roger)
Técnico: Muricy Ramalho
PTD, Globo Esporte, Terra Esportes, Folha Online.
VERDÃO ATROPELA O PEIXE, VAI AO G-4 E DEIXA O RIVAL COLADO NA ZONA DE PERIGO
Com o triunfo, o quinto na competição, o Palmeiras voltou para o G-4, na quarta colocação, com os mesmos 18 pontos do São Paulo, que leva vantagem por ter uma vitória a mais. E o Verdão ainda mostrou que, apesar de não ter um time técnico, pode ir longe por causa do espírito de luta de seus jogadores, que refletem o comando de Luiz Felipe Scolari dentro de campo.
Já o Peixe de Muricy Ramalho, que perdeu pela quarta vez, só não termina o fim de semana na zona de rebaixamento porque tem um gol a mais que o Atlético-GO, que abre o grupo das piores equipes da competição após a derrota para o líder Corinthians por 1 a 0, em Goiânia. Vale lembrar, no entanto, que o time da Baixada Santista tem dois jogos a menos que os rivais. Os duelos contra Corinthians e Fluminense foram adiados por causa das finais da Libertadores.
Os dois times voltarão a campo no próximo fim de semana. O Santos buscará a reabilitação no sábado, às 21h, contra o Atlético-MG, na Vila Belmiro. Já o Palmeiras receberá o Flamengo no Pacaembu no dia seguinte, às 16h.
Verdão resolve o clássico no primeiro tempo
Mais uma vez sem Kleber, Luiz Felipe Scolari retirou Wellington Paulista, que não foi bem no empate por 1 a 1 com o América-MG, e pôs Dinei. No meio, Lincoln pediu para não ser relacionado porque recebeu uma proposta do Fluminense e não queria completar a sétima partida. O treinador, então, deu chance ao garoto Patrik. No Peixe, Muricy promoveu o retorno de Diogo, que ficou parado três meses por causa de uma lesão nas costas. A ideia era formar um trio na frente junto com Rychelly e Borges. No meio, três volantes para bloquear a armação palmeirense.
O primeiro tempo pode ser dividido em duas partes. Na primeira, até os 20 minutos, o jogo ficou amarrado, com as marcações prevalecendo e nenhuma grande chance de gol criada. Aos 20, após bela jogada de Gabriel Silva pela esquerda, o Palmeiras abriu o marcador com Maikon Leite, que recebeu ótimo passe de Luan, driblou Rafael e bateu para o gol vazio. Foi o segundo gol do camisa 7 alviverde, que curiosamente havia comemorado o tricampeonato sul-americano por sua ex-equipe no mesmo Pacaembu há três semanas. E, apesar de seu passado, o atacante fez questão de comemorar o gol com a torcida alviverde, que dominou a arquibancada do Pacaembu. Aos 29, Maurício Ramos, de cabeça, fez o segundo.
Daí para frente, foi um passeio do Palmeiras. O Santos, apesar de Danilo e Arouca lutarem muito no meio, sofria com a falta de criatividade. É bem verdade que os alvinegros subiram a marcação para tentar levar perigo. Mas isso, além de não resultar em um lance de perigo, deixou o contra-ataque à disposição do Verdão, ora com Maikon Leite pela direita, ora com Luan pela esquerda. E foi o segundo, até outro dia tão criticado pela torcida, que criou a jogada do terceiro gol, marcado por Patrik, em belo chute de fora da área. Muricy Ramalho, incrédulo com o que estava acontecendo, não esboçava reação no banco de reservas do Santos
Muricy mexe, Santos melhora, mas Verdão administra até o fim
Irritado com o desempenho de sua equipe, o treinador santista mexeu no intervalo e partiu para o tudo ou nada. Sacou Possebon e Rychelly, ambos em noite ruim, para colocar Roger e Felipe Anderson. Logo no primeiro lance, o Peixe só não diminuiu sua desvantagem porque Marcos trabalhou muito bem em lance de Borges. O jogo recomeçou como terminou o primeiro: com o Peixe buscando o ataque e deixando o contra-ataque para o Verdão, que só não fez o quarto aos 16 porque Maikon Leite falhou na finalização.
Muricy queimou seu último cartucho com a entrada de Tiago Alves na vaga de Diogo. Felipão respondeu sacando Maikon Leite, que foi muito aplaudido pela torcida, para colocar Tinga – e assim reforçar a marcação no meio-campo. Minutos depois, João Vítor entrou no lugar de Cicinho. O Palmeiras, a essa altura da partida, já se dava por satisfeito e só administrava a partida diante de um rival lutador, mas inoperante.
Aos 40, Patrik, cansado, cedeu sua vaga a Pierre. No fim, festa da torcida alviverdade para comemorar a justa vitória de sua equipe, enquanto o santista deixou o Paulo Machado de Carvalho com a pulga atrás da orelha, pensando se a situação desconfortável no Brasileiro pode atrapalhar a preparação para o Mundial de Clubes da Fifa no fim do ano.