Após a goleada pela Copa do Brasil o Verdão foi a campo buscando uma vitória para tentar se aproximar dos líderes da competição.
Enfrentando o lanterna, o time de Felipão (com alguns desfalques) demorou a engrenar e quando engrenou proporcionou poucas emoções ao torcedor Palestrino.
Com um jogador a mais em campo desde a metade do primeiro tempo, foram inúmeras chances criadas, porém nada efetivo.
O empate leva o time de Felipão a 22 pontos, agora a 3 de distância para o líder e no desconfortável quinto lugar.
Jogo válido pela 11ª rodada do Paulistão 2011.
FICHA TÉCNICA
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 5 de março de 2011, sábado
Horário: 18h40 (de Brasília)
Público: 6.059 pagantes
Renda: R$ 198.735,00
Árbitro: Rodrigo Braghetto (SP)
Assistentes: Mario Nogueira da Cruz e Carlos Augusto Nogueira Júnior (ambos de SP)
Assistentes adicionais: Sérgio da Rocha Gomes e Leonardo Vinicius Pereira (ambos de SP)
Cartões amarelos: Gabriel Silva e Patrik (Palmeiras); Vitor Hugo e Magno (Santo André)
Cartão vermelho: Gilberto (Santo André)
PALMEIRAS: Deola; Cicinho (João Vitor), Danilo, Thiago Heleno e Gabriel Silva (Luan); Márcio Araújo, Marcos Assunção, Tinga e Patrik; Adriano Michael Jackson e Miguel (Vinicius)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
SANTO ANDRÉ: Neneca; Anderson, Marcelo Godri e Vitor Hugo; Iran, Magno, Allan, Edilson (Mika) e Gilberto; Richely e Borebi (Igor)
Técnico: Sandro Gaúcho
PTD, globoesporte.com, Terra, Estadao, Folha Online.
CARNAVAL AMARGO: COM UM A MAIS, VERDÃO FICA NO ZERO COM SANTO ANDRÉ
Palmeiras tem vantagem numérica desde a metade do primeiro tempo, mas, mais uma vez, perde muitas chances. E cai para o quinto lugar no Paulista
O resultado deixa o carnaval palmeirense um pouco mais desanimado. O time caiu para o quinto lugar, com 22 pontos, três atrás do Corinthians, que venceu o Linense por 2 a 0 nesta 11ª rodada e assumiu a ponta. O Santo André chegou a sete pontos, mas segue na zona de rebaixamento, em penúltimo lugar, e mantém seu jejum de vitórias: é o único time que ainda não venceu no Paulistão.
Assim como no jogo contra o Comercial, o Palmeiras foi soberano nas finalizações: foram 19, mas poucas que realmente levaram perigo ao goleiro Neneca. Na próxima rodada, na quarta-feira de cinzas, o Verdão encara o Noroeste, fora de casa, e o Santo André recebe o Americana.
Sem o Mago, mas com Miguel
As notícias antes do jogo não eram nada animadoras para o Palmeiras. Fora de campo, Felipão havia se irritado com a diretoria e chegou a deixar a concentração na sexta-feira. O motivo foi a economia proposta pelo clube, que decidiu cortar a nutricionista Alessandra Favano das concentrações para economizar uma diária de hotel. O técnico não quis comentar o assunto.
Dentro do gramado, a ausência de Valdivia chamou a atenção. Ele foi vetado por conta de dores musculares e nem foi relacionado para o jogo. Assim, a garotada teve de chamar a responsabilidade: em vez de Valdivia e Kleber, Patrik e Miguel, duas revelações da base palmeirense. A dupla fez companhia a Tinga e Adriano Michael Jackson no setor ofensivo.
Com tanta juventude em campo, era natural que o Verdão ganhasse velocidade. E foi justamente isso que envolveu a defesa do Santo André no início da partida. Em toques rápidos de Patrik e Tinga, a bola chegava facilmente ao ataque e o time criava suas chances. No entanto, esbarrou no mesmo problema das últimas partidas: desperdiçou uma oportunidade atrás da outra.
Adriano teve a melhor chance do primeiro tempo. Após uma bela trama de Tinga, Miguel chutou cruzado e Adriano não alcançou a bola por centímetros. O time conseguia mais oportunidades com arremates de fora da área. Patrik e Marcos Assunção quase abriram o placar.
O ritmo acelerado do Verdão fez o Santo André apelar para as faltas – e aí vieram os cartões. Victor Hugo e Magno levaram um cada. Gilberto foi além e tomou dois, em duas entradas duríssimas contra atacantes palmeirenses. O lateral do Ramalhão acabou expulso e deixou mais espaços para o Palmeiras avançar.
Novas caras, velhos problemas
Felipão queria que o time trabalhasse mais pelas pontas. Por isso, lançou o atacante Luan no início do segundo tempo no lugar de Gabriel Silva. Na frente, Vinícius entrou para aumentar ainda mais a movimentação ofensiva. Em contrapartida, a defesa ficou mais exposta e o esperto time do ABC soube levar perigo – mesmo sem tanta qualidade técnica.
O Santo André não chegou a criar reais chances de gol, mas deu a sensação de que conseguiria furar facilmente a zaga palmeirense se Felipão não tomasse nova atitude. Pela direita, setor do atirado Cicinho, Rithelly e Borebi ficavam no mano a mano com Danilo e Thiago Heleno e assustavam. O técnico palmeirense colocou João Vitor no lugar de Cicinho e resolveu esse problema.
Então, restou ao Palmeiras atacar. Mas os velhos problemas de finalização vieram à tona. O time até tocou a bola com consciência, abrindo o jogo pelas pontas e promovendo rápidas tabelas. Mas na hora do chute… Vinícius fez ótima jogada pela direita, mas parou em Neneca. Adriano aproveitou bate-rebate da zaga e recebeu a bola sozinho, mas foi travado pela zaga. Patrik tentou finalizar de longe, mas o pé estava descalibrado.
Com tantos erros no arremate, a torcida começou a se irritar. Ansiosa a cada lance ofensivo do Verdão, não perdoou qualquer erro de passe – ainda mais perto da área adversária. No lance final, um vacilo da defesa permitiu que Rithelly ficasse de frente para Deola. O camisa 22 fez a defesa que salvou o Verdão da derrota. Depois de cinco gols e a forra sobre o Comercial-PI, o palmeirense terá de passar o carnaval em branco, sem nenhum golzinho para comemorar.