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Palmeiras 2 x 3 Cerro Porteño (PAR) – 13/04/2006

Foto: Ari Ferreira/Lancepress

A classificação já havia sido assegurada com uma rodada de antecedência, o histórico contra o Cerro Porteño era amplamente favorável ao Palmeiras e o time brasileiro ainda ostentava 27 anos de invencibilidade contra estrangeiros no Parque Antarctica em partidas da Copa Libertadores.

A lista de razões para uma festa dos donos da casa, contudo, não foi suficiente nesta quinta-feira.

Em duelo extremamente tenso, os paraguaios venceram por 3 a 2 e impediram a equipe alviverde de se classificar como líder.

Antes de pensar nas oitavas-de-final da Copa Libertadores, contudo, o Palmeiras volta suas atenções para a primeira rodada do Campeonato Brasileiro. O time alviverde vai estrear no próximo domingo, contra a Ponte Preta, no Parque Antarctica.

Jogo de volta válido pela 6ª rodada da fase de grupos da Libertadores 2006.

FICHA TÉCNICA

Local: estádio do Parque Antarctica, em São Paulo (SP)
Árbitro: René Ortubé (Bolívia)
Auxiliares: Hébert Aguilera e Juan Carlos Arroyo (ambos da Bolívia)
Público: 10.948 pagantes
Renda: R$ 176.805,00
Cartões amarelos: Pérez (C), Daniel (P), Correa (P), Salcedo (C), Baéz (C), González (C), Paulo Baier (P)
Cartões vermelhos: Baéz (C), Douglas (P)
Gols: Salcedo, aos 10min, Ávalos, aos 17min e aos 39min, Marcinho, aos 36min e aos 43min do segundo tempo

PALMEIRAS
Sérgio; Paulo Baier, Daniel (Leonardo Silva), Douglas e Lúcio; Marcinho Guerreiro, Correa, Ricardinho (Enílton) e Marcinho; Edmundo (Alceu) e Washington
Técnico: Emerson Leão

CERRO PORTEÑO
Barreto; Cardozo, Baez, Devaca e Pérez; Grana, González (Ramirez), Salcedo e Cristaldo; Gimenez (Achucarro) e Ávalos (Cabrera)
Técnico: Gustavo Costas

UOL

14/04/2006 – 00h07
Cerro derruba tabus e tira liderança do PalmeirasDa Redação
Em São Paulo
A classificação já havia sido assegurada com uma rodada de antecedência, o histórico contra o Cerro Porteño era amplamente favorável ao Palmeiras e o time brasileiro ainda ostentava 27 anos de invencibilidade contra estrangeiros no Parque Antarctica em partidas da Copa Libertadores. A lista de razões para uma festa dos donos da casa, contudo, não foi suficiente nesta quinta-feira. Em duelo extremamente tenso, os paraguaios venceram por 3 a 2 e impediram a equipe alviverde de se classificar como líder. 

O Palmeiras, que sofreu seu primeiro revés na Libertadores 2006 na partida desta quinta-feira, estacionou nos nove pontos. Com isso, foi superado pelo Atlético Nacional,que venceu o Rosario Central por 2 a 1 na Argentina e ficou com a primeira colocação do Grupo 7.

“Fomos mal hoje [quinta-feira], infelizmente, e precisamos aceitar a derrota. Só que isso serve de alerta para a nossa equipe na seqüência da Libertadores. Precisamos ter mais atenção para não sermos surpreendidos de novo”, advertiu o meia-atacante Marcinho, autor dos dois gols alviverdes diante do Cerro.

Vice-líder da chave, o Palmeiras derrubou duas estatísticas positivas nesta quinta-feira. A primeira é o histórico favorável no confronto com o Cerro Porteño. Nas sete partidas anteriores contra a equipe paraguaia, o time alviverde havia acumulado três triunfos e quatro empates.

Além disso, o Cerro Porteño derrubou longa invencibilidade do Palmeiras no Parque Antarctica. A última derrota do time brasileiro como mandante na Copa Libertadores, em duelos contra times estrangeiros, aconteceu no dia 13 de março de 1979, quando o Universitário do Peru fez 2 a 1.

Nesta quinta-feira, o êxito do Cerro Porteño foi marcado por confusão generalizada entre os jogadores antes do início do segundo tempo. O árbitro boliviano René Ortubé expulsou Baéz e Douglas em virtude de um desentendimento na etapa inicial e acirrou os ânimos entre os atletas, que trocaram agressões no gramado do Parque Antarctica.

 

Passada a confusão e controlados os ânimos, o Cerro Porteño foi superior na bola. Contudo, o time paraguaio chegou a oito pontos, ficou com a terceira colocação do Grupo 7 e não conseguiu avançar às oitavas-de-final da Libertadores.Antes de pensar nas oitavas-de-final da Copa Libertadores, contudo, o Palmeiras volta suas atenções para a primeira rodada do Campeonato Brasileiro. O time alviverde vai estrear no próximo domingo, contra a Ponte Preta, no Parque Antarctica.

O jogo
Com a classificação para as oitavas-de-final da Libertadores assegurada na rodada anterior, o Palmeiras começou o confronto com o Cerro Porteño mais preocupado em manter a posse de bola do que atacar os visitantes no Parque Antarctica.

A única exceção no setor ofensivo do time brasileiro foi o camisa 11 Marcinho. Inspirado, o meia-atacante criou as melhores oportunidades dos donos da casa para abrir o placar ainda no primeiro tempo. Foi assim logo aos 2min, quando Correa cobrou falta rasteira da direita e o jogador bateu de pé direito, dentro da área, para mandar por cima.

Enquanto o Palmeiras apostava no individualismo de Marcinho, o Cerro Porteño respondia com jogadas às costas do lateral-esquerdo Lúcio. Perdido na marcação, o camisa 6 ofereceu muito espaço para os visitantes criarem. Foi assim aos 10min, quando Grana invadiu a área e foi travado por Daniel. Na sobra, González ficou cara a cara com Sérgio e chutou em cima do goleiro da equipe mandante.

Ainda no primeiro tempo, o Cerro Porteño usou novamente a fraca marcação de Lúcio para criar. Salcedo conduziu a bola pela direita e chutou rasteiro, muito perto da trave esquerda de Sérgio.

Após um primeiro tempo pobre de emoções, Palmeiras e Cerro Porteño movimentaram bastante o intervalo. Infelizmente, não pelo futebol. Washington discutiu com Baéz após o apito final do árbitro boliviano René Ortubé e jogadores das duas equipes discutiram no centro do gramado. A confusão provocou as expulsões de Baéz e Douglas antes do início da etapa complementar, quando as duas equipes já haviam voltado ao gramado.

 

EFE
Leonardo Silva tenta roubar a bola; jogo foi marcado por pancadaria durante o intervalo

Expulso, Douglas foi empurrado por Baéz. Isso funcionou como estopim para grande confusão entre os jogadores das duas equipes, que trocaram agressões antes do início do segundo tempo e transformaram o gramado do Parque Antarctica em verdadeiro palco de guerra.

Quando o jogo recomeçou (sem nenhum jogador expulso pela confusão do segundo tempo), o Palmeiras voltou mais disposto a criar. Logo aos 4min, Correa cobrou escanteio da direita e Barreto afastou de soco. No rebote, Ricardinho dominou na entrada da área e concluiu de bicicleta, na trave direita do goleiro do Cerro.

Só que o gol perdido por Ricardinho foi apenas um falso presságio para a torcida palmeirense. A partir daí, o time da casa parou de criar e ofereceu campo para o Cerro tocar a bola. Com isso, foi castigado aos 10min. Salcedo dominou na meia esquerda, carregou com tranqüilidade e chutou de fora da área, no ângulo direito do goleiro Sérgio.

A situação do Palmeiras, que já era complicada, ficou ainda pior aos 17min. Cristaldo cobrou falta da esquerda para a grande área. Ávalos subiu sozinho, livre de marcação, e cabeceou no canto direito de Sérgio para ampliar a vantagem dos visitantes.

Em desvantagem, o Palmeiras tinha Marcinho. O camisa 11 apareceu aos 36min, recebeu lançamento de Marcinho Guerreiro dentro da área e tocou na saída do goleiro Barreto para descontar e dar novo ânimo para os donos da casa.

A reação alviverde foi contida aos 39min, no entanto. Ávalos disputou a bola com Alceu dentro da área e cometeu falta no volante palmeirense. O árbitro ignorou, deixou o lance seguir e o camisa 9 tocou por cima de Sérgio para marcar.

A partida parecia decidida. Contudo, Enílton invadiu a área pela direita aos 43min e foi derrubado por Cristaldo. Marcinho cobrou no canto direito de Barreto, que defendeu. No rebote, o mesmo Marcinho completou de cabeça e deu números finais à derrota alviverde.

PALMEIRAS
Sérgio; Paulo Baier, Daniel (Leonardo Silva), Douglas e Lúcio; Marcinho Guerreiro, Correa, Ricardinho (Enílton) e Marcinho; Edmundo (Alceu) e Washington
Técnico: Emerson Leão

CERRO PORTEÑO
Barreto; Cardozo, Baez, Devaca e Pérez; Grana, González (Ramirez), Salcedo e Cristaldo; Gimenez (Achucarro) e Ávalos (Cabrera)
Técnico: Gustavo Costas

Local: estádio do Parque Antarctica, em São Paulo (SP)
Árbitro: René Ortubé (Bolívia)
Auxiliares: Hébert Aguilera e Juan Carlos Arroyo (ambos da Bolívia)
Público: 10.948 pagantes
Renda: R$ 176.805,00
Cartões amarelos: Pérez (C), Daniel (P), Correa (P), Salcedo (C), Baéz (C), González (C), Paulo Baier (P)
Cartões vermelhos: Baéz (C), Douglas (P)
Gols: Salcedo, aos 10min, Ávalos, aos 17min e aos 39min, Marcinho, aos 36min e aos 43min do segundo tempo

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