Após a dolorida eliminação da Libertadores na última quarta-feira, o Palestra voltou a campo para reabrir o 2º turno do Brasileirão.
O discurso pós-eliminação foi de dedicação total para se garantir entre os primeiros e, se der, buscar o título.
Em campo, no entanto, mais uma comprovação do motivo das eliminações.
Jogo feio por conta da falta de criatividade, objetividade, entrosamento, vontade. Aos 30′ do segundo tempo saiu o gol, mas bastou o Vasco fazer uma leve pressão para empatar.
Se o Corinthians vencer o Verdão ficará a impensáveis 17 pontos do líder.
Jogo válido pela 20ª rodada do Brasileirão 2017.
FICHA TÉCNICA
ESTÁDIO: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ)
DATA/HORA: 13/8/2017 – 16h (de Brasília)
ÁRBITRO: Paulo Roberto Alves Junior (PR)
AUXILIARES: Bruno Boschilia (PR) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR)
RENDA/PÚBLICO: R$ 129.885,00/4.306 pagantes
CARTÕES AMARELOS: Nenê (VAS) e Raphael Veiga, Jean (PAL)
GOLS: Guerra 32’/2ºT (0-1) e Manga 41’/2ºT (1-1)
VASCO: Martin Silva, Gilberto, Rafael Marques, Breno e Ramon; Jean e Wellington (Manga 37’/2ºT); Wagner (Nenê 9’/2ºT), Paulinho (Paulo Vitor 18’/2ºT) e Mateus Vital; Luis Fabiano. TÉCNICO: Milton Mendes.
PALMEIRAS: Fernando Prass, Jean, Edu Dracena, Luan e Michel Bastos; Tchê Tchê (Borja 46’/2ºT), Thiago Santos e Bruno Henrique (Keno intervalo); Guerra (Zé Roberto 36’/2ºT), Rogér Guedes e Deyverson. TÉCNICO: Cuca.
PÓS-JOGO
Fonte: Verdazzo
Num dos piores jogos do ano, o Verdão ficou no empate contra o Vasco em Volta Redonda e manteve o quarto lugar no campeonato. O time chegou a ficar em vantagem, mas sofreu o gol do empate a três minutos do fim numa jogada de bola parada. Tão ruim quanto perder dois pontos no finalzinho foi verificar a apatia de nossos jogadores – uma reação razoavelmente compreensível diante da decepção do meio da semana.
###PRIMEIRO TEMPO
A escalação de Michel Bastos na esquerda não chegou a ser nenhuma surpresa. O que realmente ninguém esperava é que o meio-campo aparecesse com outra formação, com a presença de Tchê Tchê na meia, pela direita, com Roger Guedes na esquerda.
E essa posição nova de Roger Guedes já rendeu uma grande chance aos 4: Thiago Santos fez o lançamento por elevação, Roger Guedes chegou a dominar mas foi desarmado por Ramon quando se preparava para fuzilar Martín Silva.
O Vasco só tinha uma jogada: bola no Luís Fabiano. E aos 10, quase funcionou: Rafael Marques lançou, Paulinho tirou uma casquinha e esticou a jogada; Luís Fabiano tomou a frente de Luan e bateu forte, mas errou o alvo, mandando à esquerda de Fernando Prass.
Aos 17, Luís Fabiano conseguiu chegar às redes após jogada de escanteio, mas a bola havia sido puxada por Paulinho após ter cruzado a linha de fundo – gol corretamente anulado. O Verdão respondeu aos 19, em jogada pela direita puxada por Tchê Tchê: ele achou Bruno Henrique livre pelo meio e rolou; o camisa 19 ajeitou e bateu forte, de longa distância, mas a bola subiu demais.
As duas equipes mostravam receosas de se lançar à frente e erravam muitos passes – o péssimo estado do gramado do Raulino de Oliveira colaborava para isso. Assim, o jogo ficava entre uma intermediária e outra, com os ataques pouco ou nada produzindo.
Aos 36, Roger Guedes foi lançado pela esquerda por Guerra, invadiu a área e tocou na saída de Martín Silva, que esticou a perna esquerda e conseguiu fazer uma excelente defesa – foi a melhor chance do primeiro tempo; Roger Guedes perdeu a chance quando fez o toque para ajeitar a bola, que correu demais e ficou difícil para que o camisa 23 equilibrasse o corpo para bater de pé direito, seu forte.
Aos 44, o Vasco armou um ótimo contra-ataque pela direita com Gilberto; Paulinho chegou na pequena área e não bateu de primeira, dando a chance de Jean chegar para bloquear a finalização. Chance clara de gol. Pouco após esse lance, o juiz, que tinha a crônica tendência de apitar todos os contatos a favor do Vasco, encerrou o fraquíssimo primeiro tempo em Volta Redonda.
SEGUNDO TEMPO
Cuca voltou para o segundo tempo com Keno no lugar de Bruno Henrique. Com isso, Tchê Tchê voltou para a volância; Roger Guedes caiu pela direita e Keno ocupou seu lugar natural, do lado esquerdo.
Com um minuto de jogo, em falta da direita, Luís Fabiano estava impedido antes de finalizar de cabeça – Fernando Prass fez ótima defesa e Wagner tocou para o gol, mas a jogada já estava parada. O jogo seguia travado, com a mesma configuração do primeiro tempo, apesar da mexida de Cuca. Milton Mendes então tentou mudar seu time, colocando Nenê no lugar de Wagner.
O Palmeiras começou a forçar mais o jogo pelos flancos e voltou a mandar no jogo. Milton Mendes mandou Paulo Vitor no lugar de Paulinho para tentar segurar as descidas de Michel Bastos, mas o Verdão continuava com mais volume de jogo, embora não conseguisse as finalizações. O jogo se arrastou por muito tempo.
Aos 28, a partida pegou ritmo de novo: Matheus Vital conseguiu um lindo passe para Nenê por trás da zaga; livre, ele tocou na saída de Fernando Prass mas Luan chegou em cima da risca e afastou de cabeça, salvando o Verdão. Um minuto depois, Roger Guedes foi ao fundo pela direita e cruzou; a bola cruzou a pequena área, passou por Martín Silva mas ninguém chegou para escorar para o gol vazio.
Aos 31, saiu o gol do Verdão: Jean apoiou, tabelou com Roger Guedes e suspendeu na área; Guerra aproveitou o espaço sem marcação e testou firme, no canto direito de Martín Silva. Hyoran já estava à beira do campo para entrar em campo, mas com o gol, Cuca mudou a substituição, mandando Zé Roberto no lugar de Guerra.
O Vasco se mandou com tudo à frente e o Verdão tinha espaço para aproveitar. Aos 38, Keno fez linda enfiada para Roger Guedes, que chegou bem na área mas acabou trombando com Rafael Marques – o juiz, claro, deu falta para a defesa. Mas o Verdão, aparentemente tinha a partida sob controle.
Mas aos 42, após escanteio da esquerda, Jean do Vasco disputou por cima com Deyverson; a bola espirrou em direção ao segundo pau e Manga Escobar, que tinha acabado de entrar, empurrou para as redes empatando a partida.
No desespero, Cuca mandou Borja a campo no lugar de Tchê Tchê. Ele nem pegou na bola e o jogo acabou. O empate não foi injusto – mas o correto seria que fosse em zero a zero.
FIM DE JOGO
Foi um jogo que não agradou a ninguém – assim como o resultado. O Vasco segue fazendo suas contas para escapar da zona da confusão, e o Palmeiras caminha melancolicamente para o fim do ano, somando seus pontinhos em busca de um G4 que parece bem encaminhado; mas sem empolgar ninguém.
O time precisa reagir em campo, urgentemente. Uma partida ruim, apática, após a eliminação traumática frente ao Barcelona, é até aceitável. Mas isso já não pode se repetir no jogo contra a Chapecoense, na frente de nossa torcida, no próximo domingo. Se essa depressão continuar a ser vista, as arquibancadas não vão perdoar. Mais uma vez, depositamos nossas esperanças na volta de Moisés, que deve se recuperar da pancada no joelho e ditar o ritmo dos próximos jogos. VAMOS PALMEIRAS!