Foi por pouco. Depois do empate em 3 x 3 no jogo de ida (em casa) precisávamos de uma vitória para avançar na competição. Até conseguimos ficar a frente do placar, mas não conseguimos segurar o resultado.
Nosso primeiro tempo não foi bom. Não conseguimos criar oportunidades por outro lado, seguramos as iniciativas do Cruzeiro. No segundo tempo melhoramos um pouco, chegamos ao gol mas cedemos o empate.
É complicado ser eliminado, ainda mais quando o resultado escapa por entre os dedos. No entanto, o lamento não é tão grande em função do foco que é necessário ter nas 2 competições que ainda restam, principalmente Libertadores.
Jogo de volta válido pelas quartas de final da Copa do Brasil 2017
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 1 X 1 PALMEIRAS
LOCAL: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
DATA-HORA: 26/7/2017 – 21h45
ÁRBITRO: Wilton Pereira Sampaio (Fifa-GO)
AUXILIARES: Bruno Raphael Pires (Fifa-GO) e Cristhian Passos Sorence (GO)
PÚBLICO/RENDA: 41.660 pagantes /R$ 1.277.729,00
CARTÕES AMARELOS: Thiago Neves, Arrascaeta e Alisson (CRU), Edu Dracena, Egídio e Mina (PAL)
CARTÕES VERMELHOS: –
GOLS: Keno (25’/2ºT) (0-1), Diogo Barbosa (39’/2ºT) (1-1)
CRUZEIRO: Fábio; Lucas Romero, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Ariel Cabral e Henrique; Élber (Arrascaeta, aos 17’/2ºT), Thiago Neves e Alisson (Lucas Silva, aos 42’/2ºT); Rafael Sóbis (Raniel, aos 31’/2ºT). Técnico: Mano Menezes.
PALMEIRAS: Jailson; Jean, Mina, Edu Dracena e Egídio; Thiago Santos, Felipe Melo (Raphael Veiga, aos 12’/2ºT) e Guerra (Keno, no intervalo); Dudu (Tchê Tchê, aos 28’/2ºT), Róger Guedes e Borja. Técnico: Cuca.
Palmeiras pode bater Cruzeiro pela 8ª vez em fases eliminatórias; veja histórico
Departamento de Comunicação
26/07/2017 – 12h04
Palmeiras e Cruzeiro voltam a se enfrentar nesta quarta-feira (26), às 21h45, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte-MG, para decidir quem avançará para as semifinais da Copa do Brasil – com o empate em 3 a 3 no jogo de ida, realizado no Allianz Parque, o Verdão precisa de uma vitória simples para se classificar (um novo 3 a 3 em Minas levará a decisão para as penalidades máximas). Esta é a décima vez que os dois clubes medem forças em uma fase eliminatória, sendo que o Alviverde busca levar a melhor pela oitava oportunidade.
Em 1996, na grande final da Copa do Brasil, o Cruzeiro foi campeão após empatar a primeira partida, no Mineirão, em 1 a 1, e superar o Verdão no Palestra Italia, na semana seguinte, por 2 a 1. Dois anos depois, no entanto, o Alviverde deu o troco: venceu a decisão da Copa do Brasil contra o time celeste (derrota por 2 a 1, fora de casa, e triunfo por 2 a 0, no Morumbi) e conquistou a Mercosul também sobre o rival mineiro – em três jogos, com uma derrota no Mineirão na primeira partida (2 a 1) e duas vitórias no Palestra Italia (3 a 1 e 1 a 0). O Cruzeiro, por sua vez, levou a melhor nas quartas de final do Brasileirão, em mata-mata decidido em melhor de três (venceu a primeira por 2 a 1, em Minas Gerais, perdeu a segunda pelo mesmo placar e saiu vitorioso na terceira por 3 a 2 – ambas no Palestra Italia).
No ano seguinte, em 1999, novo duelo das equipes na Copa Mercosul. Os times se encontraram na primeira fase da competição – empate em 2 a 2, em casa, e derrota por 3 a 0, fora – e, depois, nas quartas de final da competição. Na etapa eliminatória, o Verdão não deu chance para o Cruzeiro. Logo na primeira partida, no Palestra Italia, o Verdão venceu por 7 a 3 – gols de Paulo Nunes (2), Evair (2), Euller (2) e Alex –, que ainda é a maior goleada da história do confronto. A grande diferença de gols permitiu que o Palmeiras perdesse o segundo jogo, em Minais Gerais, por 2 a 0 e saísse classificado.
Em 2000, outros dois confrontos válidos pelas quartas de final. Um deles outra vez pela Copa Mercosul, após novamente se encontraram na primeira fase, que teve empate em 0 a 0 e derrota por 2 a 0. No mata-mata, novo triunfo palestrino: com duas vitórias, uma por 3 a 2, no Palestra Italia, e outra por 2 a 1, no Mineirão, o Verdão avançou às semifinais. O segundo encontro entre as equipes aconteceu na Copa dos Campeões, quando o Alviverde garantiu a vaga após vitória por 3 a 1 e empate em 1 a 1, em partidas disputadas em João Pessoa e Maceió, respectivamente.
Já em 2001, o confronto foi pela Copa Libertadores. Nas quartas de final, após dois empates – 3 a 3, em São Paulo, e 2 a 2, no Mineirão –, o Verdão venceu nos pênaltis e avançou para a semifinal da competição sul-americana.
Quatorze anos depois, em 2015, os times foram sorteados para se enfrentar nas oitavas de final da Copa do Brasil. Bicampeão, o Palmeiras superou o Cruzeiro e arrancou rumo ao tricampeonato da competição. No Allianz Parque, o Verdão venceu por 2 a 1, enquanto a partida no Mineirão terminou 3 a 2 para o grupo palestrino.
Retrospecto geral
Ao todo, Palmeiras e Cruzeiro já se encontraram 89 vezes. Foram 31 vitórias palmeirenses, 25 empates e 33 derrotas. O Verdão marcou 134 gols e foi vazado 129 vezes.
Confira a relação dos dez encontros entre Palmeiras e Cruzeiro em fases eliminatórias:
1996 – Copa do Brasil – Final: Cruzeiro
1998 – Copa do Brasil – Final: Palmeiras
1998 – Campeonato Brasileiro – Quartas de Final: Cruzeiro
1998 – Copa Mercosul – Final: Palmeiras
1999 – Copa Mercosul – Quartas de Final: Palmeiras
2000 – Copa dos Campeões – Quartas de Final: Palmeiras
2000 – Copa Mercosul – Quartas de Final: Palmeiras
2001 – Copa Libertadores – Quartas de Final: Palmeiras
2015 – Copa do Brasil – Oitavas de Final: Palmeiras
2017 – Copa do Brasil – Quartas de Final
PÓS-JOGO
Fonte: Verdazzo
O Verdão até conseguiu o placar que o classificava no segundo tempo, mas não suportou a pressão do Cruzeiro e cedeu o empate, sendo eliminado da Copa do Brasil. O time agora volta a focar no Brasileirão, e ganha como prêmio de consolação quatro semanas livres para treinar e arredondar o time para a conclusão da temporada – esperamos, coma disputa da Libertadores.
PRIMEIRO TEMPO
Cuca veio com a formação mais ofensiva, com Guerra de volta e Egídio e Jean prontos para o apoio – assim, Felipe Melo e Thiago Santos formaram a dupla de volantes, sobrando para Tchê Tchê um lugarzinho no banco.
Aos três minutos, Thiago Neves armou a jogada pela direita e alçou para Elber, que emendou de voleio – a bola raspou em Edu Dracena e saiu perigosamente em escanteio. Aos sete, o Palmeiras respondeu em jogada individual de Roger Guedes – ele tinha Jean aberto pela direita mas preferiu bater par o gol: errou, por cima, e irritou a todo o time.
Aos 17, Diogo Barbosa entrou em diagonal e enfiou para Thiago Neves; ele aparou a bola para bater mas Rafael Sobis chegou de trás também querendo o arremate – os dois acabaram “dividindo” a bola; Thiago Neves ainda conseguiu o chute, mas a bola saiu fraca e Jailson defendeu sem problemas.
O Cruzeiro aos poucos foi tomando conta do meio-campo e passou a dominar o jogo, mantendo a bola mais próxima de nossa área e cortando todas as tentativas do Palmeiras de armar o jogo. A torcida se inflamou e o momento em campo nos ficou muito desfavorável. Aos 25, Thiago Neves cobrou falta na área, a defesa rechaçou e Sobis emendou para o gol – a bola tinha o endereço mas bateu no muro de palmeirenses dentro da área e a defesa aliviou o perigo.
O Verdão reagiu e passou a avançar a marcação, invertendo a pressão colocada pelo time da casa e saindo das cordas. Aos 32, Jean tentou um chute de fora, mas bateu fraco, fácil para Fábio. Depois de dez minutos muito travados, Ariel Cabral arriscou também de fora da área, sem direção. Wilton Pereira Sampaio encerrou o primeiro tempo sem gols, em que os dois times mantiveram a postura cautelosa preservando as energias e os nervos para os 45 minutos finais.
SEGUNDO TEMPO
A estratégia de Cuca para acelerar o jogo foi sacar Guerra e centralizar Dudu, colocando Keno na esquerda. O Verdão tomou a iniciativa do jogo e deu espaços para o Cruzeiro contra-atacar, deixando a bola muito mais viva e o jogo aberto.
Aos 7, após escanteio da esquerda, Léo teve até que se abaixar para cabecear, livre, de frente para Jailson, mas escorou torto pela linha de fundo, desperdiçando boa chance. Aos 12, seguindo a corrida contra o relógio, Cuca mandou Raphael Veiga no lugar de Felipe Melo, aumentando a pressão.
Aos 15, Dudu conseguiu um bom lançamento para Roger Guedes na direita; ele cruzou e Borja emendou de primeira – a bola explodiu no rosto de Murilo. Mais cedo do que se esperava, o Verdão já era dono do jogo e Mano Menezes tentou sair da pressão colocando De Arrascaeta no lugar de Élber.
Aos 18, Raphael Veiga recebeu sem marcação no meio e de longe arriscou um ótimo chute, que saiu perto da forquilha direita de Fábio. Aí o Cruzeiro começou a fazer o que sabe fazer de melhor: catimba. O Palmeiras, com Dudu, Thiago Santos e até Cuquinha, caiu nas provocações e o relógio começou a correr como nunca sem que nosso time ameaçasse o gol de Fábio.
Quando voltou a jogar bola, o Verdão chegou ao gol: aos 30, Veiga bateu escanteio da direita; Fábio rebateu para a meia-lua e Keno pegou de primeira; a bola desviou em Lucas Romero e matou Fábio, indo para o fundo do gol. Cuca então remontou o meio-campo mais defensivo, com Tchê Tchê indo a campo no lugar de Dudu.
E o Cruzeiro começou a pressão final: aos 30, De Arrascaeta bateu da entrada da área – Jailson pegou firme. A bola raramente saía de nosso campo, mas aos 38 o Verdão teve um ótimo contra-ataque puxado por Borja – mas Egídio, pra variar, fez a escolha errada e tentou fazer um golaço por cobertura em vez de acionar Raphael Veiga, em ótimas condições.
O Palmeiras não matou o jogo e sofreu o castigo: no ataque desordenado, Alisson cruzou da esquerda e o lateral Diogo Barbosa, inacreditavelmente livre, testou firme no canto direito de Jailson, que ainda raspou na bola. O Verdão tinha cinco minutos para fazer o gol da classificação.
Nosso time então foi com tudo pra cima, como não podia deixar de ser, mas esbarrou nos próprios nervos e não conseguiu colocar a bola no chão. Aos 42 Raphael Veiga perdeu a bola na frente e De Arrascaeta armou o contra-ataque, levando até nossa área e concluindo a gol – Jailson fechou o ângulo e defendeu. O Cruzeiro seguiu segurando a bola no campo de ataque e garantiu o resultado sem ser ameaçado.
FIM DE JOGO
Chegamos perto, mas pelas circunstâncias, o gosto que fica é amargo. Se tivéssemos sido eliminados encurralando o Cruzeiro dentro de sua área em busca do gol salvador, ao menos sairíamos da competição de forma mais altiva. A incapacidade de reagir com nove minutos ainda por jogar é um alerta para que o time aprenda a recuperar o foco rápido e se imponha, mesmo em território hostil – isso pode ser muito importante na disputa da Libertadores.
Passar pelo Barcelona será vital para o sucesso ainda este ano, claro. Além de manter o time vivo, a classificação deixará o Palmeiras a três duelos do título, com um artigo de luxo que não teve até agora desde que Cuca chegou, em maio: semanas livres para treino, com todo o elenco à disposição. Se o jogo de daqui a duas semanas contra os equatorianos já era importante, agora virou o jogo da década. Cabe a todos – jogadores, comissão técnica e torcida – levantarmos a cabeça rápido e não perder a motivação. VAMOS PALMEIRAS!