Já na 5ª rodada acumulamos a metade de derrotas do campeonato inteiro do ano passado. Será difícil brigarmos pelo título, a não ser que aconteça uma reviravolta.
Com um time misto em campo voltamos a apresentar problemas defensivos e a velha falta de criatividade.
O time até que tem posse de bola e troca passes, mas é totalmente improdutivo.
Corremos um sério risco, se não mudar a postura, de passar a temporada em branco.
Jogo válido pela 5ª rodada do Brasileirão 2017.
FICHA TÉCNICA
CORITIBA 1 X 0 PALMEIRAS
LOCAL: Couto Pereira, Curitiba (PR)
DATA-HORA: 7 de junho de 2017 (quarta-feira), às 19h30
ÁRBITRO: Braulio da Silva Machado – SC (CBF)
AUXILIARES: Kleber Lucio Gil e Neuza Ines Back (ambos de SC/FIFA)
PÚBLICO/RENDA: 17.784/R$569.410,00
CARTÕES AMARELOS: Thiago Santos, Felipe Melo e Antônio Carlos (PAL); Marcio, William Matheus, Matheus Galdezani e Rildo (COR)
CORITIBA: Wilson, Dodô, Marcio, Werley, William Matheus, Alan Santos, Matheus Galdezani (Jonas), Tiago Real, Rildo (Walisson Maia), Henrique Almeida (Iago) e Kleber. TÉCNICO: Pachequinho.
PALMEIRAS: Fernando Prass, Mayke (Róger Guedes, 38’2ºT), Antônio Carlos, Juninho, Egídio (Hyoran, 18’ do 2ºT), Thiago Santos (Raphael Veiga, 9’ do 2ºT), Felipe Melo, Tchê Tchê, Michel Bastos, Keno e Willan. TÉCNICO: Cuca.
PÓS-JOGO
Fonte: Verdazzo
Em um jogo muito ruim, com o time bastante remendado e sem nenhum entrosamento, o Verdão foi derrotado pelo Coritiba por 1 a 0 e segue na rotina de maus resultados neste início de Brasileiro. Além dos problemas para escalar o time e de entrosamento, desta vez o Palmeiras sofreu com a qualidade técnica dos jogadores, muito abaixo do que sabemos que podem fazer, errando passes fáceis e maltratando a bola.
PRIMEIRO TEMPO
Cuca armou o time no 4-4-2 – Felipe Melo e Thiago Santos na proteção; Tchê Tchê e Michel Bastos na armação e Keno e Willian Bigode mais à frente – e assim nosso treinador segue fazendo suas tentativas, já que tem tão pouco tempo para treinos táticos entre uma partida e outra. O Verdão começou em cima do time da casa, marcando forte e saindo rápido para o ataque, aproveitando os largos espaços que o time da casa proporcionava – a marcação do Coxa era alta, mas mal armada, deixando a defesa muito exposta.
Aos dois minutos, Keno aproveitou esse espaço e arrancou pela esquerda, driblou Dodô e bateu – Wilson cedeu o primeiro de 359 escanteios que o Palmeiras teria no primeiro tempo. Um minuto depois, a bola ficou viva na intermediária do Coxa, Juninho escorou de cabeça e Felipe Melo, como um centroavante, emendou de primeira – Wilson defendeu bem, cedendo escanteio.
Aos seis, Keno disparou mais uma vez pela esquerda, tirou Dodô pra dançar e tocou por dentro para Michel Bastos, que ajeitou e bateu forte –por cima do gol de Wilson. E depois de rondar o gol do Coritiba por mais algum tempo o Palmeiras passou a ter dificuldades, a partir do momento que a marcação do time da casa encaixou. Seguiu-se um longo período de disputa intensa no meio do campo, com a bola chegando pouco às áreas.
Aos 30, boa triangulação entre Felipe Melo, Mayke e Keno – o camisa 27 recebeu dentro da área, cortou para dentro e bateu para o gol, mas a bola desviou em Márcio e foi a escanteio. Aos 32, Felipe Melo virou o jogo da direita para a esquerda, encontrando Michel Bastos, que ajeitou e bateu forte – Wilson fez uma ótima defesa e cedeu mais um escanteio.
Aos 37, depois de indecisão entre Antônio Carlos e Juninho, Galdezani ganhou a jogada e cavou falta, frontal; Tiago Real foi para a cobrança e bateu bem, exigindo ótima defesa de Fernando Prass – foi a primeira finalização do Coxa em todo o jogo. Depois de uma rápida pressão do time da casa, a última chance do primeiro tempo veio em legítimo Cucabol: Mayke jogou lateral na área; William escorou e Michel Bastos emendou mais um chute de fora – à esquerda de Wilson.
SEGUNDO TEMPO
Sem mudanças, os times voltaram cautelosos no segundo tempo e o jogo estava morno. Mas aos cinco minutos, Márcio lançou do campo de defesa, o volante Galdezani apareceu do nada, surpreendendo todo nosso sistema defensivo e, com a bola pingando na área, aproveitou a indecisão de Prass que ficou no meio do caminho e só deu um tapa na bola, com a parte externa do pé, abrindo o placar.
Cuca então abriu o time, tirando Thiago Santos, amarelado, e colocando Raphael Veiga, armando o 4-2-3-1 que ele tanto gosta – mas o time teve problemas para se articular e só foi ameaçar o gol de Wilson aos 16, em bom chute de fora de Raphael Veiga que saiu por cima.
Egídio, em mais uma partida lamentável, acabou sendo substituído por Hyoran – Michel Bastos foi para a lateral. E o Verdão voltou a finalizar em escanteio batido pela esquerda por Michel Bastos – Felipe Melo conseguiu a testada, por cima. E na bola parada, mais uma chance veio aos 23: Michel Bastos bateu falta e Veiga cabeceou, à direita do gol.
Aos 35, com nossa defesa completamente aberta, Tiago Real fez a jogada pela esquerda e cruzou na pequena área para a chegada de Iago, livre, mas ele errou de forma bisonha, recolocando o Verdão no jogo – ao menos em teoria. Cuca então mandou Roger Guedes a campo no lugar de Mayke – Tchê Tchê foi para a lateral e nosso time foi para o 4-3-3- clássico, com um volante, dois meias e dois pontas – mas com um centroavante baixinho.
Sem treino, o esquema obviamente não funcionou. Com jogadores de qualidade em campo, numa formação bastante ofensiva, o time só conseguiu chutar a gol aos 45, numa jogada fortuita em que Roger Guedes cruzou por baixo na área e Hyoran emendou de primeira, para grande defesa de Wilson. O Coritiba controlou bem a bola nos minutos finais e garantiu a vitória sem maiores problemas.
FIM DE JOGO
Cuca tentou três esquemas diferentes, com jogadores que deve escalar pouco durante o ano. Nenhum funcionou a partir do momento em que o Coritiba encaixou a marcação – o Palmeiras teve a chance de abrir vantagem nos minutos iniciais, quando a defesa do time da casa estava totalmente perdida e o time todo errando muitos passes.
O Brasileiro parece realmente ser o laboratório do time para as duas copas – as atitudes da comissão técnica cada vez mais apontam nessa direção. Só não podem esquecer da classificação geral e ter que ganhar pontos desesperadamente na parte final do campeonato, que é exatamente quando precisaremos ter foco total nas decisões. Possivelmente ao final desta rodada entraremos na zona da confusão. A reação tem que vir imediatamente. VAMOS PALMEIRAS!