Precisando muito de uma vitória para aliviar as 2 derrotas nas rodadas anteriores, fomos a campo para enfrentar um dos fortes candidatos ao título.
Com uma formação um pouco diferente da habitual, o jogo foi interessante e bem movimentado. Criamos boas chances, até um pênalti perdido por William, mas não conseguimos sair do zero.
Empatar em casa, mesmo contra uma equipe forte, nunca é um bom resultado. Precisávamos da vitória para recuperar os pontos perdidos. No entanto, ver o time evoluindo como um todo é um alento.
Jogo válido pela 4ª rodada do Brasileirão 2017
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 0 X 0 ATLÉTICO-MG
LOCAL: Allianz Parque, São Paulo (SP)}
DATA-HORA: 4 de junho de 2017 (sábado), às 16h
ÁRBITRO: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
AUXILIARES: Dibert Pedrosa Moisés e Michael Correia (ambos do RJ)
PÚBLICO/RENDA: 34.240/R$ 2.118.118,74
CARTÕES AMARELOS: Thiago Santos e Michel Bastos (PAL), Robinho, Victor e Yago (ATL)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Mayke, Mina, Edu Dracena e Egídio; Thiago Santos, Tchê Tchê e Guerra; Róger Guedes (Borja – Intervalo), Keno (Michel Bastos, aos 24/2ºT) e Willian (Erik, aos 32/2ºT). TÉCNICO: Cuca.
ATLÉTICO-MG: Victor; Alex Silva, Felipe Santana, Gabriel e Fábio Santos; Rafael Carioca, Yago, Cazares e Otero (Maicosuel, aos 27/2ºT); Robinho (Valdivia, aos 9/2ºT) e Fred (Rafael Moura, aos 12/2ºT). TÉCNICO: Roger Machado.
PÓS-JOGO
Fonte: Verdazzo
O Verdão empatou sem gols como Atlético Mineiro, chegou a 25 jogos sem derrota no Alianz Parque, mas também perdeu a chance de terminar com um tabu de 11 jogos sem vencer o time mineiro e ainda ficou mais para trás ainda na tabela de classificação do campeonato.
Apesar disso, foi um bom jogo, com lances empolgantes – o Palmeiras chegou a mostrar lampejos do time envolvente de 2016, mas ainda corre atrás de mais consistência e objetividade.
PRIMEIRO TEMPO
Além de sacar Jean e Felipe Melo do time, Cuca também deu mais uma chance para Egídio, deixando Zé Roberto no banco. Willian seguiu como atacante mais avançado, tentando emular Gabriel Jesus, sem o menor sucesso.
Diante do poderio ofensivo do adversário, a tática do Palmeiras foi manter a posse de bola pelo maior tempo possível. E deu relativo resultado; o Atlético tinha sérias dificuldades em sair para o ataque e o Palmeiras dominou as ações. Aos dois, Tchê Tchê fez grande jogada pela esquerda, driblou três marcadores e a bola ficou com Egidio, que cruzou; Victor tentou segurar mas falhou; a bola ficou viva na pequena área e a defesa colocou a escanteio – quase Willian toca para o gol vazio.
Aos sete, depois de escanteio pela esquerda, Victor socou para fora da área e Thiago Santos tentou o arremate de fora, mas mandou pra muito longe. Cinco minutos depois, um lance bem parecido para o Galo: após falta da direita, a bola foi rebatida e Fabio Santos pegou a sobra, batendo de primeira e levando muito perigo para o gol de Fernando Prass.
Aos 14, Thiago Santos apoiou e lançou na área; a zaga do Galo só assistiu e Willian escorou para Keno, que bateu bem, de curva – a bola venceu Victor e beijou o travessão, saindo por cima. O Verdão aumentou a pressão e aos 16 Egídio levantou na área, a bola ficou viva e Guerra bateu para o gol – a bola bateu na mão de Edu Dracena e foi afastada da área.
O Atlético tinha claros problemas com a saída de bola e a marcação do Palmeiras parecia muito bem encaixada. Mas o jogo permanecia equilibrado por causa da arbitragem problemática de Marcelo de Lima Henrique, que inventava uma série de faltas em favor dos visitantes, quebrando o ritmo do Verdão.
Aos 25, depois de linda jogada de Keno, a bola foi a escanteio pela esquerda. Na cobrança, que veio por baixo, Willian Bigode deu um toquinho na bola e Mina quase conseguiu tocar para o gol, mas Fabio Santos chegou antes e tirou a escanteio – o árbitro deu tiro de meta.
Quando o Galo conseguia desenvolver uma jogada com toques de pé em pé, levava perigo. Aos 28, Fred foi lançado pela esquerda por Cazares e cruzou por baixo; Yago estava livre para abrir o placar mas Egídio cortou para escanteio – por muito pouco não marcou contra.
Depois do susto, o Verdão voltou à carga: aos 35, depois de linda troca de passes de todo o ataque, Guerra bateu de fora, para defesa tranquila de Victor. O Galo respondeu aos 38: depois de escanteio, bate-rebate em nossa área e algum pé tentou empurrar a bola para o gol – ela passou muito perto, desviada pela defesa. Em nova cobrança, Fernando Prass agarrou firme e lançou Keno rapidamente com as mãos; ele driblou três marcadores e cruzou; a bola foi rechaçada e Roger Guedes, livre, de frente para o gol, finalizou de forma bisonha, por cima.
Aos 42, depois de falta sofrida na esquerda por Willian, Egídio suspendeu e Fred empurrou Edu Dracena por trás – pênalti claro assinalado pelo juiz. Depois de muita discussão e dois cartões, um para Robinho por reclamação, e outro para Victor, que esburacou a marca do pênalti durante as discussões – Willian percebeu a tramoia e afastou o goleiro da marca. Talvez desconcentrado pelo buraco, Willian bateu muito mal e Victor defendeu com o joelho, já depois da marca dos 45.
SEGUNDO TEMPO
Cuca trocou Roger Guedes, em tarde muito ruim, por Borja, abrindo Willian pela direita. O Verdão voltou no modo Porco Doido e logo a um minuto Mina arrancou do campo de defesa; como um panzer, foi arrastando tudo o que tinha pela frente até sofrer falta de Yago. Na cobrança ensaiada, Borja tentou meter por fora da barreira e a bola foi rebatida; na sobra Tchê Tchê finalizou da meia-lua e Victor fez uma grande defesa.
Aos cinco, Egídio fez grande jogada: roubou a bola no campo de defesa num ataque promissor do Galo e puxou o contra-ataque, tocando para Keno na esquerda; ele driblou Alex Silva e cruzou pra trás, Borja finalizou bem mas foi travado. O lance levantou a torcida no Allianz Parque.
O Palmeiras emendou uma pressão enorme. Aos oito, Borja recebeu no círculo central, deu dois passos com a bola e soltou um míssil de fora, de muito longe; a bola entraria na gaveta mas Victor se esticou e fez grande defesa. Percebendo o momento do estádio, o experiente goleiro tratou de ficar no chão para esfriar nosso time. A estratégia deu resultado e o Galo conseguiu segurar nossa pressão quando a bola voltou a rolar.
Aos 19, Guerra foi lançado no mano a mano com Gabriel, que perdeu o tempo da bola e deixou o corpo cair na frente do venezuelano, que acabou sendo derrubado. Pênalti claro, que o juiz não marcou. Mas o Palmeiras já não tinha a mesma presença no campo de ataque.
A entrada de Michel Bastos deu um novo fôlego ao time: aos 26, ele insistiu na jogada pela direita, entrou na área e rolou para trás – quase Willian chega para conferir, mas Yago afastou o perigo da área. Dois minutos depois, Michel Bastos e Mayke tocaram a bola pela direita e Michel cruzou; Willian se atirou na bola no segundo pau mas não alcançou. Um minuto depois, foi Guerra quem tentou alcançar Willian; ele dominou dentro da área mas não conseguiu levar vantagem sobre Felipe Santana, que afastou o perigo.
O Atlético estava claramente satisfeito com o empate e jogava como pequeno; procurando uma bola vadia. Aos 29, quase ela veio: Egídio falhou na marcação; Cazares dominou e aproveitou a bola pingando pra soltar um foguete de fora – Fernando Prass espalmou a escanteio. Na cobrança, a bola foi afastada e Fabio Santos lançou de novo na área, de muito longe – Prass borboletou e Rafael Moura ficou com o gol aberto, mas ajeitou com o braço. O juiz apitou tão rápido que jamais saberemos se ele marcou perigo de gol ou se realmente viu a irregularidade.
Aos 32, Cuca tentou uma substituição mística: mandou Erik a campo, no lugar de Willian. É verdade que o camisa 29 não fazia um bom jogo, mas ao menos estava sempre dentro da área incomodando a defesa mineira. Erik entrou com muita vontade, mas tudo o que fez foi meter correria, desconectado do resto do time. O que deveria ser uma pressão violenta do Palmeiras no final virou um jogo morno – e quem chegou mais perto do gol foram os visitantes.
Aos 34, Maicossuel puxou contra-ataque, abriu para Otero que cruzou – a bola desviou em Edu Dracena e quase matou Fernando Prass. Nosso goleiro nos salvou de novo aos 42, depois de ótima tabela entre Valdivia e Maicossuel, que bateu cruzado e obrigou Prass a dar um tapa de gato na bola, mandando a escanteio.
A última chance do jogo foi aos 43, numa tabela entre Guerra e Borja na frente da área; o colombiano viu Tchê Tchê chegando de trás e rolou para a batida, que saiu fraca, à direita de Victor, o grande responsável pelo zero a zero no placar.
FIM DE JOGO
Apesar da falta de gols, vimos um bom jogo no Allianz Parque. O Atlético respeitou demais o Palmeiras; mesmo sem nenhuma vitória no campeonato, considerou o empate um bom resultado o tempo todo e conseguiu o resultado com catimba e experiência. O Verdão melhorou um pouco em relação às partidas anteriores e teve momentos muito interessantes na partida, mas ainda falta manter o ritmo com consistência até chegar ao gol. Cuca estava indo bem até a última mexida, quando praticamente inutilizou nossos últimos minutos e matou a pressão deveria ser mais forte ainda.
Alguns atletas aproveitaram a chance que receberam; outros, nem tanto. O Brasileirão vai ficando um objetivo cada vez mais difícil de ser conquistado se o time não engatar uma sequência realmente boa nas próximas partidas. De qualquer forma, a torcida tem que se manter junto ao time e dar apoio, porque estamos fortes nas copas e o Brasileiro não pode se tornar um fator de pressão. VAMOS PALMEIRAS!