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São Paulo 2 x 0 Palmeiras – 27/05/2017

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Crédito: Fabio Menotti/Ag Palmeiras/Divulgação

Numa partida para esquecer fomos derrotados no clássico Choque-Rei e comprometemos o planejamento de pontos rumo ao Deca. A expectativa era estar com 7 na 3ª rodada. Estamos com 3.

O primeiro tempo foi de amplo domínio nosso. Parecia até que estávamos jogando em casa, porém, sem objetividade nenhuma.

No segundo o São Paulo voltou com mais vontade e em 2 jogadas falhas do nosso sistema defensivo, inclusive Prass, tomamos os gols. Ainda nos demos o luxo de perder um pênalti.

É preocupante o excesso de confiança do time. Transmitem a sensação de que ficam “cozinhando” o jogo e vão resolver a qualquer momento.

Jogo válido pela 3ª rodada do Brasileirão 2017.

Gols, melhores momentos.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 2 X 0 PALMEIRAS

LOCAL: Morumbi, São Paulo (SP)
DATA-HORA: 27/5/2017 – 19h00
ÁRBITRO: Anderson Daronco (Fifa-RS)
AUXILIARES: Elio Nepomuceno de Andrade Júnior (RS) e Rafael da Silva Alves (RS)
PÚBLICO/RENDA: 33.288 pagantes/R$ 850.581,00
CARTÕES AMARELOS: Yerry Mina (PAL); Rodrigo Caio, Sidão, no banco, e Thomaz (SPFC)
GOLS: Lucas Pratto (17’/2ºT) (1-0) e Luiz Araújo (38’/2ºT) (2-0)

SÃO PAULO: Renan Ribeiro, Lucão, Maicon e Rodrigo Caio; Marcinho, Júnior Tavares, Jucilei e Cícero; Cueva (Thomaz, 23’/2ºT), Lucas Pratto (Élder Militão, 39’/2ºT) e Luiz Araújo (Andres Chavez, 42’/2ºT). TÉCNICO: Rogério Ceni.

PALMEIRAS: Fernando Prass; Mayke, Yerry Mina, Juninho e Michel Bastos; Felipe Melo (Borja, 30’/2ºT), Tchê Tchê e Jean; Guerra (Keno, 18’/2ºT), Dudu e Willian (35’/2ºT). TÉCNICO: Cuca.

PÓS-JOGO

Fonte: Verdazzo

Num jogo ruim, decidido nos detalhes, o Palmeiras acabou derrotado pelo SPFC no Morumbi e começou a complicar a defesa do título logo na saída. A partida foi marcada pelo baixo nível técnico dos dois lados e prevaleceu quem foi mais feliz nos lances decisivos. O Palmeiras agora volta a virar a chavinha para a Copa do Brasil – o time enfrenta o Inter no Beira-Rio, em busca de uma vaga nas quartas-de-finais.

PRIMEIRO TEMPO

Cuca escalou o Verdão num 3-6-1, com Felipe Melo como terceiro zagueiro e Willian como peça mais avançada; Mayke entrou na ala direita fazendo sua estreia, e Jean mais uma vez se posicionou no meio-campo. Rogério Ceni também escalou o time com três zagueiros, colocando Lucão na linha defensiva. Os dois técnicos mudaram seus esquemas e foi realmente curioso imaginar como os times se encaixariam em campo.

Nos primeiros movimentos, a impressão era que os dois times partiriam para o ataque. O SPFC teve sua primeira chance logo com um minuto, numa falha de Mina na saída de bola – Luiz Araújo roubou e tentou alcançar Cueva, mas Juninho se antecipou. O Verdão respondeu aos 3 minutos: Guerra rolou para Mayke, que apoiou bem e cruzou por baixo; a bola ia chegar em Michel Bastos limpa, mas Dudu acabou desviando e ela sobrou para Jean na meia-lua; o chute saiu rasteiro, mas à direita de Renan Ribeiro.

Aos 10, Luiz Araújo foi lançado em velocidade, ganhou de Mina e cruzou forte dentro da pequena área; Pratto não alcançou e Juninho escorou para trás, por cima, cedendo escanteio. O jogo estava muito veloz e as bolas chegavam nas áreas dos dois times sem muitos problemas. Seria por pouco tempo.

A empolgação inicial foi esfriando e os meiocampistas passaram a trabalhar melhor. Mais protegidas, as duas trincas de zagueiros passaram a prevalecer sobre os ataques, sem problemas. O Verdão parecia bem mais consciente, rodando a bola e buscando os espaços com paciência; o SPFC, sentindo a pressão da situação que enfrenta, tinha mais pressa e perdia lances bobos por pura precipitação. Jucilei fazia faltas à vontade sem ser advertido.

E foi assim, com a bola batendo nas duas paredes e voltando para o meio do campo que todo o primeiro tempo se desenrolou – só tivemos um lance mais agudo já perto do apito final, quando Anderson Daronco marcou erradamente um toque de mão de Mina (e lhe deu cartão amarelo) na lateral da área – na cobrança, quase sem ângulo, Cueva bateu fechado e exigiu atenção de Fernando Prass.

SEGUNDO TEMPO

Aos dois minutos, Dudu recebeu de Willian e ajeitou para Guerra, que suspendeu a bola na matada e emendou de voleio, mas pegou mal e mandou por cima. Aos seis, Michel Bastos aproveitou um espaço na intermediária, avançou e bateu de fora – à direita de Renan Ribeiro.

O que parecia um avanço do Palmeiras pra cima do time da casa não se confirmou. O jogo voltou a tomar a configuração do primeiro tempo, com os dois times errando muito e as defesas levando vantagem sobre ataques pouco ou nada inspirados.

Mas aos 16 um lance diferente mudou o jogo: Marcinho conseguiu uma ótima jogada pela direita, acertando um passe milimétrico entre Michel Bastos e Juninho – se ele tentar mais dez vezes, não vai acertar nenhuma. A bola chegou em Pratto, com pouco ângulo, e o argentino bateu rente à trave – dava para Prass defender, mas o atacante teve seus méritos. Precisaria bater mais umas cinco vezes pra acertar outro igual.

Detalhes também ganham jogo e o Palmeiras teve que se mexer para reverter o placar: Keno no Guerra foi a primeira tentativa de Cuca – errada, já que o venezuelano, mesmo não estando numa noite das mais inspiradas, ainda parecia ser o mais capaz de um lance surpreendente.

O Palmeiras mostrou que tinha forças para reagir e retomar o controle do jogo: aos 19, numa bola viva na área, a bola bateu na mão de Rodrigo Caio – Anderson Daronco mandou seguir. Mas aos 20 ele foi obrigado a apontar a marca da cal: Keno foi lançado na esquerda, fez boa jogada e tocou para o meio; Michel Bastos fez um belo corta-luz e a bola sobrou para Jean, como um centroavante – Jucilei segurou o camisa 2 impedindo a conclusão. O próprio Jean foi para a batida e jogou para fora.

Cueva resolveu cair no chão para ser substituído logo depois do pênalti – que já tinha demorado para ser batido. Quando o jogo recomeçou, tinham-se passado quatro minutos desde a marcação. A cobrança errada desmotivou completamente nosso time e a cera esfriou tudo de vez. O jogo poderia ter mudado, o SPFC poderia ficar nervoso com o empate e havia claramente uma tendência de virada. Mas o Palmeiras saiu completamente do jogo junto com a bola de Jean.

Aos 28, numa bola parada, quase o segundo do SPFC: Júnior Tavares levantou a bola em nossa área e Lucão tirou uma casquinha – desta vez Prass fez boa defesa. Dois minutos depois, Cuca mandou Borja para o jogo, no lugar de Felipe Melo, desmanchando a linha de três zagueiros e indo com tudo pra cima. Mas não havia ânimo – o próprio Borja parece ter entrado sem a devida motivação.

O colombiano teve sua chance quatro minutos depois: a bola rodou em nosso ataque até chegar em Michel Bastos, que bateu forte; a bola bateu em Rodrigo Caio e voltou para Borja, que emendou sem nenhum capricho, por cima, muito mal.

Burocraticamente, Cuca mandou Roger Guedes a campo no lugar de Willian, mas o castigo veio dois minutos depois, aos 38: Pratto acertou mais um belo toque, desta vez para Luiz Araújo, em velocidade; pressionado por Tchê Tchê, ele finalizou por baixo, sem muita força, uma bola totalmente defensável que Fernando Prass aceitou. Com 2 a 0 e o time completamente apático, só nos restou torcer para o jogo acabar logo para não piorar.

FIM DE JOGO

A impressão é que o time não está lidando bem com a necessidade de virar chavinha toda hora. Sabemos da capacidade desses jogadores e que eles podem fazer muito mais, mas a proximidade de um jogo eliminatório parece estar afetando a concentração do grupo.

É preciso que esses jogadores entendam que não há essa hipótese quando se trata de um clássico. Pragmatismo tem limite. Apostar as fichas em vencer os dois mata-matas e colocar o Brasileirão em segundo plano já seria questionável e esperamos que realmente não seja o caso. Mas se for, e realmente estiverem administrando o esforço sacrificando o Brasileiro, não pode ser num jogo desses, jamais. Contra eles, nesse estádio, tem que ser final de campeonato toda vez.

Que a chinela cante no vestiário. Com responsabilidade, claro. VAMOS PALMEIRAS!

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