Com uma atuação bastante consistente e amplo domínio do jogo vencemos e avançamos para as oitavas da Libertadores.
Sem dúvidas nossa melhor partida na competição.
Mesmo jogando com certa facilidade, tomamos o empate numa das várias jogadas de bola aérea com perigo na nossa área. Isso tem sido um problema ultimamente e é necessário correção para ambicionar objetivos maiores na temporada.
Outro ponto que precisa ser ajustado é o disperdício de chances em arremates ou passes em momentos inoportunos. Tem partidas que as chances são reduzidas e disperdiçá-las pode segnificar derrota.
No confronto o Palmeiras utilizou uma estrela vermelha sobre o símbolo em memória ao título da Copa Rio 1951.
Jogo de volta válido pela 6ª rodada da fase de grupos da Libertadores 2017.
FICHA TÉCNICA
Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Data: 24/05/2017, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldan (COL)
Assistentes: Eduardo Diaz e John Alexander Leon (COL)
Público: 37.918 pagantes
Renda: R$ 2.759.876,31
Cartões amarelos: Thiago Santos (PAL); Evangelista, Aliendro e Canuto (TUC)
Cartão vermelho: Gonzalez (TUC, no banco)
Gols: Palmeiras: Yerry Mina, aos 14 minutos do primeiro tempo, Willian, aos 23 minutos do segundo tempo, e Zé Roberto, aos 45 minuntos do segundo tempo
Tucumán: Rodriguez, aos 10 minutos do segundo tempo
Palmeiras: Fernando Prass; Jean, Yerry Mina, Edu Dracena e Zé Roberto; Thiago Santos e Tchê Tchê; Roger Guedes (Fabiano), Guerra (Michel Bastos) e Dudu; Borja (Willian)
Técnico: Cuca
Atlético Tucumán: Lucchetti; Di Plácido, Bianchi, Canuto e Evangelista; Aliendro, Leyes, Álvarez (Cuello) e Barbona; González (Menendez) e Rodríguez.
Técnico: Pablo Lavallén
PÓS-JOGO
Fonte: Verdazzo
O Palmeiras venceu o Atlético Tucumán por 3 a 1 e fechou sua participação na fase de grupos na Libertadores com 13 pontos, garantindo o primeiro lugar. O time agora espera pelo sorteio da Conmebol que definirá a chave final, após o fechamento dos últimos grupos, que acontece nesta quinta-feira.
PRIMEIRO TEMPO
Borja era dúvida antes da partida, mas passou nos testes e foi pro jogo. Assim que o juiz autorizou a saída, o Palmeiras foi pra cima, como de costume, e prensou o Tucumán em sua área – mas não conseguiu nenhuma finalização.
O primeiro chute a gol foi do visitante: aos 6, Gonzalez foi lançado em contra-ataque, perseguido por Mina – teve que abrir a trajetória e ficou com pouco ângulo, batendo pra fora. O Verdão respondeu aos 9, com boa jogada individual de Roger Guedes pela direita; ele foi ao fundo e cruzou forte, por baixo, obrigando o goleiro Lucchetti a rebater para a área – a defesa aliviou o perigo.
Aos 13, linda triangulação entre Guerra, Tchê Tchê e Roger Guedes; o camisa 8 recebeu em boas condições e levantou para Guerra, que tentou emendar de voleio, mas a bola explodiu na zaga; na volta, Tchê Tchê emendou da meia-lua, mas a bola subiu.
Aos 15, saiu o gol do Verdão: em falta pelo lado esquerdo, linda jogada ensaiada: Dudu cobrou curto para Zé Roberto, que rolou para o meio a Guerra, que de primeira acionou Roger Guedes pela direita, por trás da zaga; ele cruzou para a pequena área onde três palmeirenses fechavam – Mina escorou para o gol vazio. Foi idêntico ao gol contra o Coritiba, no Brasileirão do ano passado.
O Tucumán foi para as cordas. Aos 17, Dudu puxou o contra-ataque mas se embolou com Borja; a bola ficou viva na área e ninguém conseguiu a finalização. Dois minutos depois, outra boa troca de passes pela direita entre Jean e Guerra; a bola chegou a Borja, ainda fora da área, e o colombiano tentou surpreender Lucchetti com um toque por cima – a bola saiu por pouco.
Aos 23 o Palmeiras teve escanteio e a cobrança veio por baixo; Roger Guedes fez belo corta-luz para Guerra, que engatilhou mas foi travado; o Tucumán encaixou um contragolpe terrível com Barbona, que passou por Zé Roberto como quis e chutou na trave direita de Fernando Prass.
Depois do susto o Verdão diminuiu o ritmo, talvez olhando para o regulamento e já pensando no clássico de sábado. A última tentativa foi aos 24, com Roger Guedes, que driblou três, invadiu a área mas nem cruzou, nem chutou, isolando a bola por cima.
O Tucumán percebeu a queda na temperatura do Palmeiras e, sem nada a perder, avançou suas linhas, passado a marcar nossa saída de bola. E numa dessas, aos 32, González aproveitou uma bola bandida e saiu na cara de Prass pela direita, batendo cruzado, buscando o cantinho; nosso goleiro rebateu e Rodriguez chegou livre, com o gol vazio, e escorou… PRA FORA!
O Palmeiras perdia as jogadas por falta de capricho. O Tucumán não era nenhum prodígio na marcação e deixava muitos espaços para nossos jogadores trocarem passes, mas nosso time cometia erros bobos e não aproveitava. Um bom exemplo disto aconteceu aos 44: bom contra-ataque puxado por Borja, que abriu para Roger Guedes; Dudu fechava pela esquerda – o cruzamento veio por baixo, ruim, e Canuto cortou. Com as equipes no vestiário, nada indicava que o time argentino poderia endurecer o jogo.
SEGUNDO TEMPO
Nada de pressão no início do segundo tempo; o Palmeiras claramente dosava as energias e considerava a parada encerrada, jogando para o gasto. Aos 5, Thiago Santos lançou Guerra pelo alto; ele tentou driblar o goleiro com um toque rápido mas a bola correu demais e saiu pela linha de fundo.
Aos 9, Rodriguez recebeu no meio de nossa zaga, avançou e bateu firme, no canto direito de Fernando Prass, mas estava impedido. O Tucumán mostrava que ainda tinha lenha para queimar, mas nosso time parecia não levar a sério. E aí levou o castigo: aos 11, Evangelista foi ao fundo pela esquerda e cruzou no segundo pau; Fernando Prass tentou tirar de mão trocada e falhou; o anão Rodriguez apenas cumprimentou de cabeça, empatando o jogo.
O Palmeiras tentou reagir rápido e quase desempatou logo depois da saída: Mina tocou para Tchê Tchê; daí a Guerra, que abriu para Jean que foi ao fundo; a bola veio para Borja dentro da área, ele tocou para Guerra, que bateu para o gol mas Bianchi salvou em cima da risca. No contra-ataque, Gonzalez mais uma vez arrancou, sendo perseguido por Mina, e conseguiu a finalização – bateu torto, pra fora. O jogo ficou muito perigoso e nosso time parecia perdido em campo.
Cuca, experiente, parou o jogo e mexeu duas vezes: mandou Willian Bigode no lugar de Borja e Fabiano no de Roger Guedes – Jean foi para o meio, Guerra abriu na direita e Tchê Tchê avançou. E funcionou rápido. Aos 15, no primeiro lance, boa trama do Verdão pelo miolo com apoio de Tchê Tchê; a bola chegou a Willian que bateu de primeira, exigindo boa defesa de Lucchetti.
Já com o jogo novamente sob controle, o Verdão desempatou aos 23: Tchê Tchê abriu para Guerra na direita, que cruzou no segundo pau, onde estava Jean; ele cruzou novamente, Willian brigou com Canuto, que foi ao chão; a bola sobrou para Mina que tocou de novo para Willian, desta vez sem marcação. Ele ajeitou e fuzilou Lucchetti, marcando o segundo.
O Tucumán não desistia: aos 27, nova bola na área; Mina desviou parcialmente e a bola voltou para Rodriguez, que emendou forte, mas por cima. Pouco depois, Guerra cansou e Cuca mandou Michel Bastos para o jogo, também aberto pela direita. O Palmeiras respondeu aos 31, com Jean recuperando uma bola na intermediária e arriscando forte de fora,para boa defesa de Lucchetti.
Aos 33, após escanteio da direita, Jean engrossou e quase marcou contra – a trave esquerda nos salvou; no rebote, Bianchi tentou o gol e Prass defendeu firme. Um minuto depois, Menendez foi ao fundo pela esquerda e cruzou; Aliendro fez falta em Edu Dracena e o juiz não deu, dando chance ao argentino de finalizar – Prass se recuperou da falha no gol e fez uma defesa gigantesca.
O Tucumán achou que dava, depois dessas duas chances, e deu todo o espaço do mundo para o Verdão, que agradeceu e aproveitou. Aos 36, Willian recebeu lindo passe de Michel Bastos, saiu livre na cara do goleiro e tocou na saída – pra fora. Aos 37, Fabiano foi ao fundo e cruzou na marca do pênalti; Michel Bastos subiu com estilo e testou com muita força, mas Lucchetti fez uma defesa espetacular.
Aos 43, Willian recebeu pelo meio, percebeu Lucchetti mal colocado e bateu de longe; o goleiro argentino se recuperou e fez linda defesa. Virou massacre, recompensado aos 46 minutos com um golaço: Michel Bastos abriu para Tchê Tchê, na direita, que cruzou para o meio da área, onde Zé Roberto, do alto de seus 42 anos, emendou de canhota com imensa categoria, sem a menor chance para o goleirão.
FIM DE JOGO
Parabéns para o Atlético Tucumán, que em sua primeira Libertadores fez um papel muito digno. Jogou com altivez no Allianz Parque com mais de 37 mil pagantes, chegou a dar um susto em nosso time e quase passou de fase – o Jorge Wilstermann, derrotado pelo Peñarol, se classificou no limite.
O Verdão achou que ganharia o jogo quando quisesse, e desta vez foi exatamente isso que aconteceu. Bastou pisar com um pouco mais de força no acelerador que a grande diferença técnica entre os times prevaleceu; o time aparentemente se poupou em vários momentos para o clássico de sábado pelo Brasileirão e a torcida saiu feliz.
Cuca tem mais elementos para trabalhar nesse processo de readaptação ao elenco e seu maior problema parece ser o comando do ataque. Eduardo Baptista não conseguiu fazer Borja jogar bem; Cuca, até agora, também não. O que acontece com o colombiano? VAMOS PALMEIRAS!