Com o intuito de poupar jogadores para o jogo do meio de semana valendo a classificação para as oitavas da Libertadores, fomos a Chapecó com o time reserva e o resultado não foi uma surpresa.
A ideia de rodar o elenco e dar chances a quem pouco joga é interessante, porém, não o time todo ao mesmo tempo.
O desentrosamento falou alto, visto a quantidade de passes errados, e algumas atuações colocaram uma interrogação no banco forte que tanto se fala. Talvez algumas dispensas como Cleiton Xavier, Barrios, Allione, Alecsandro teriam feito a diferença.
Por outro lado, 2016 se repete novamente, quando fomos derrotados na 2ª rodada. Bola pra frente e recuperar os pontos perdidos nas próximas rodadas.
Jogo válido pela 2ª rodada do Brasileirão 2017.
FICHA TÉCNICA:
CHAPECOENSE 1 X 0 PALMEIRAS
Local: Arena Condá, em Chapecó-SC
Data: 20 de maio de 2017, sábado
Horário: 19 horas (de Brasília)
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO)
Assistentes: Bruno Pires e Leone Rocha (ambos de GO)
Público: 10.323 pessoas
Renda: R$ 430.750,00
Cartões amarelos: Andrei Girotto (CHAPE); Willian (PALMEIRAS)
GOL: CHAPECOENSE: Luiz Antonio, aos 27 minutos do segundo tempo
CHAPECOENSE: Jandrei; Apodi, Luiz Otávio, Victor Ramos e Reinaldo; Andrei Girotto, Luiz Antônio e Seijas (Nenén); Rossi (Osman), Wellington Paulista (Túlio de Melo) e Arthur. Técnico: Vagner Mancini
PALMEIRAS: Fernando Prass; Fabiano, Antônio Carlos, Juninho e Michel Bastos; Thiago Santos e Tchê Tchê; Roger Guedes, Raphael Veiga (Hyoran) e Keno (Iacovelli); Willian (Erik). Técnico: Cuca
PÓS-JOGO
Fonte: Verdazzo
Num jogo sonolento, o time alternativo do Palmeiras foi derrotado pela Chapecoense pela contagem mínima na Arena Condá, em Chapecó. Com a derrota, o Verdão deve ser ultrapassado por alguns times na classificação geral e precisará ganhar pontos não previstos no início do campeonato para compensar este prejuízo. A cada ponto perdido no Brasileirão por causa da Libertadores, a pressão para vencer a competição sul-americana aumenta.
PRIMEIRO TEMPO
Com oito reservas, o Verdão entrou em campo lutando contra o desentrosamento, a falta de ritmo de jogo, o campo pesado pela chuva e o time titular da Chapecoense – Vagner Mancini ignorou solenemente a importância do jogo que terá na próxima terça-feira e mandou a campo o que tinha de melhor.
A bola rolou e o encaixe dos times proporcionou um jogo muito travado. As defesas levaram larga vantagem sobre os ataques e era difícil imaginar que sairia uma boa jogada construída com consciência. O Palmeiras tinha a bola, mas não conseguia impor sua melhor condição técnica.
A bola parada, no entanto, poderia mudar esse panorama – para ambos os lados. Aos 12, Luiz Antônio cobrou falta da esquerda em nossa área e Andrei Girotto, livre, testou firme, por cima.
Aos poucos os jogadores foram encontrando seus espaços em campo e a bola nitidamente passou a ficar mais no pé do time da casa, com o Palmeiras se encolhendo para sair rápido no contra-ataque. Aos 31, o Verdão chegou no três contra dois; Keno tabelou com Willian Bigode, chegou na área em condições de bater mas preferiu novo passe, os dois se enrolaram enquanto Raphael Veiga estava livre na esquerda – Apodi chegou rápido e salvou para escanteio.
Aos 41 tivemos a única jogada consciente de todo o primeiro tempo: triangulação entre Apodi, Rossi e Luiz Antônio envolveu o lado esquerdo de nossa defesa e o cruzamento veio por baixo; Antônio Carlos deu o carrinho e evitou que Wellington Paulista fizesse o gol; no rebote, Apodi tentou rolar para o meio da pequena área mas Antônio Carlos, ainda caído, fez um malabarismo e tirou novamente, de cabeça.
O Palmeiras anda teve uma boa chance numa falta batida pelo lado esquerdo com Fabiano, mas a bola, que tinha o endereço, explodiu na barreira que não guardou a distância correta – o juiz não fez nada. Foram 45 minutos de um futebol mirrado.
SEGUNDO TEMPO
Parecia que o jogo ia ser diferente no segundo tempo – mais uma vez o Palmeiras iniciou o período colocando muita pressão e quase chegou ao gol logo a um minuto – Juninho fez lançamento longo para Roger Guedes, que dominou e bateu; a bola para foi travada por Reinaldo e sobrou para Willian Bigode, que bateu bem, buscando o canto direito de Jandrei, que se esticou e fez a defesa.
O Palmeiras ainda tentou manter a Chape sob pressão por mais alguns minutos, mas o time da casa conseguiu sair do sufoco, colocou a bola no chão e voltou para o jogo. Aos 8, após escanteio da esquerda batido por Seijas, Arthur cabeceou e Fernando Prass fez uma enorme defesa, em dois tempos – quando já tinha a bola sob controle foi atingido por Rossi, mas felizmente não se machucou.
O jogo voltou então para sua configuração do primeiro tempo: lento, sem criatividade, modorrento – vez ou outra acontecia algo para levantar os 10.313 torcedores que foram ao estádio. Aos 17, a Chape conseguiu uma boa jogada de velocidade em cima de Fabiano: Arthur foi ao fundo e cruzou para Rossi, livre, fuzilar Fernando Prass com a cabeça; nosso goleiro explodiu e defendeu com o joelho; no rebote Wellington Paulista tentou o voleio e a bola saiu por pouco.
Cuca tentou mexer no time para dar mais dinâmica: mandou Hyoran no Raphael Veiga, que decepcionou, e Erik no Willian Bigode – em princípio, como centroavante. Mas não deu tempo de verificar o efeito das mexidas: aos 27, a Chape conseguiu mais um bom ataque pelo lado esquerdo; Rossi saiu livre na cara de Prass e tentou o canto, nosso goleiro fez uma grande defesa, mas no rebote Luiz Antônio apenas escorou para o gol vazio, abrindo o placar.
Sentindo que um dos grandes problemas do time era não ter um centroavante de ofício, Cuca mandou a campo Iacovelli, da base, no lugar de Keno – Erik foi para a esquerda. O menino se movimentou, mas obviamente não conseguiu achar o melhor posicionamento em campo e foi presa fácil para a dupla de zaga da Chape.
Aos 42, o time da casa ainda tentou ampliar, numa cobrança de lateral de Reinaldo na área, que achou a cabeça de Túlio de Mello, que mandou por cima do travessão. A Chape foi menos ruim e mereceu os três pontos com o placar magrinho.
FIM DE JOGO
Algumas lições precisam ser tiradas deste jogo, mesmo sabendo que se tratava do time alternativo: a primeira e mais evidente é que precisamos de um centroavante reserva urgente; Willian Bigode não é o Gabriel Jesus.
As bolas paradas estão sendo um ponto vulnerável em nossa defesa. Fabiano não está com velocidade suficiente para bater com um ponta veloz. Raphael Veiga precisa acordar. E talvez seja momento de repensar a ideia de trocar quase o time todo quando a prioridade for um jogo seguinte de maior importância nos mata-matas. É preciso rodar o elenco, nossos bons reservas podem encaixar bem no time titular, desde que o time não seja completamente desfigurado. VAMOS PALMEIRAS!