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Palmeiras 3 x 0 São Paulo – 11/03/2017

O jogador Dudu, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do São Paulo FC, durante partida válida pela oitava rodada, do Campeonato Paulista, Série A1, na Arena Allianz Parque. Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Já está virando hábito fazer golaços por cobertura em Choque-Rei. Desta vez foi Dudu que, nos acréscimos do primeiro tempo, viu o goleiro do São Paulo adiantado e mandou pro fundo das redes. Obra prima. Golaço!

O segundo tempo foi um passeio, com boas jogadas e intensidade, assim como o torcedor espera. Domínio total e resultado mais que justo.

Jogo válido pela 8ª rodada do Paulistão 2017.

Gols, melhores momentos, jogo completo.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 X 0 SÃO PAULO

LOCAL: Allianz Parque, São Paulo (SP)
DATA-HORA: 11/3/2017 – 16h
ÁRBITRO: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza
AUXILIARES: Bruno Salgado Rizo e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa
PÚBLICO/RENDA: 36.090 pagantes/R$ 2.309.892,74
CARTÕES AMARELOS: Tchê Tchê, Vitor Hugo e Thiago Santos (PAL), Rodrigo Caio, Cícero e João Schmidt (SAO)
CARTÕES VERMELHOS: –
GOLS:
Dudu (45’/1ºT) (1-0), Tchê Tchê (10’/2ºT) (2-0), Guerra (25’/2ºT) (3-0)

PALMEIRAS: Fernando Prass; Fabiano (Jean, aos 32’/2ºT), Mina, Vitor Hugo e Egídio; Thiago Santos; Michel Bastos, Tchê Tchê, Guerra e Dudu (Keno, aos 28’/2ºT); Willian (Borja, aos 21’/2ºT). TÉCNICO: Eduardo Baptista.

SÃO PAULO: Denis, Buffarini, Douglas, Rodrigo Caio e Junior Tavares; Jucilei (Wellington Nem, no intervalo), João Schmidt (Lucas Fernandes, aos 17’/2ºT) e Cícero; Thiago Mendes, Luiz Araújo (Araruna, aos 28’/2ºT) e Pratto. TÉCNICO: Rogério Ceni.

Palmeiras tem o dobro de vitórias sobre o São Paulo no Palestra Italia

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
10/03/2017 – 19h22h

O clássico deste sábado entre Palmeiras e São Paulo, às 16h, válido pela 8ª rodada do Campeonato Paulista 2017, marcará a 42ª vez em que as equipes medirão forças no Palestra Italia / Allianz Parque. Nos 41 encontros anteriores, o Verdão construiu uma vantagem significa de vitórias: são 20 triunfos alviverdes contra 10 dos são-paulinos – ou seja, o dobro –, além de 11 empates.

Considerando apenas jogos no Allianz Parque – a arena alviverde foi inaugurada em novembro de 2014 –, a vantagem verde e branca é ainda maior. Foram três partidas e todas foram vencidas pelos donos da casa. Em 2015, o Verdão superou o São Paulo por 3 a 0, no Campeonato Paulista, e 4 a 0, no Brasileirão. No ano passado, a vitória foi por 2 a 1, também pelo Campeonato Brasileiro.

O primeiro Choque-Rei no Palestra Italia foi vencido pelo time do Morumbi por 3 a 2, em 1936, mas no mesmo ano, poucos meses depois, o Alviverde tratou de aplicar sonoro 3 a 0 sobre os rivais e iniciar o que seria uma série de 10 jogos de invencibilidade (nove vitórias e um empate).

A atual sequência invicta também é bastante significativa. Sem ser derrotado pelo São Paulo no Palestra Italia / Allianz Parque desde 2007, o Palmeiras venceu cinco dos últimos sete jogos neste período e empatou duas vezes.

Já a maior goleada registrada no Choque-Rei na casa alviverde foi justamente a de 2015, pelo Campeonato Brasileiro, quando Leandro Pereira, Victor Ramos, Rafael Marques (ainda no elenco e relacionado para o jogo deste sábado) e Cristaldo marcaram os gols e ajudaram o Alviverde a vencer por 4 a 0. Naquela oportunidade, ainda sob o comando do técnico Marcelo Oliveira, o Verdão foi a campo com Fernando Prass, Lucas, Victor Ramos, Vitor Hugo e Egídio; Gabriel, Arouca e Robinho (Cleiton Xavier); Rafael Marques, Dudu (Gabriel Jesus) e Leandro Pereira (Cristaldo).

PÓS-JOGO

Fonte: Verdazzo

O Verdão deu uma aula de bola ao SPFC e mostrou que não está para brincadeira no primeiro clássico no Allianz Parque no ano. Com direito ao terceiro gol por cobertura, uma obra de arte de Dudu, o Verdão sapecou 3 a 0 nas meninas e parece que finalmente encaixou o time. O campeão brasileiro de 2016 adaptou-se ao novo cenário e trucidou o time do super-ataque, que estava há nove jogos sem perder.

Foi uma surra, que podia ter sido bem maior. Na verdade, o time de Rogério Ceni tem que se dar por muito satisfeito por ter saído só com 3 no lombo. Com mais esse show, o Verdão segue a rotina de maltratar o inimigo em casa: são quatro vitórias em quatro jogos, com 12 gols marcados e apenas um sofrido.

PRIMEIRO TEMPO

O Verdão veio no 4-1-4-1, com Tchê Tchê claramente alinhado com Michel, Guerra e Dudu. Thiago Santos ficou isolado entre as duas linhas, mas não sofreu, pois elas ficaram nitidamente mais próximas uma da outra. Com o time mais compactado, o SPFC não conseguiu chegar nem perto de nossa área e finalmente percebeu que uma coisa é jogar contra o Santo André ou o ABC de Natal, outra é pegar um time da Série A. Para complicar mais ainda para o lado delas, esse time tem sérias aspirações para vencer tudo este ano.

Com Mina comandando a saída de bola, o Palmeiras dominou completamente o jogo do início ao fim, com muita qualidade na posse de bola. Do lado de lá, nervosismo. Dá até pra dizer que foi medo mesmo. Só no primeiro tempo, foram cinco ou seis bolas roubadas no campo de defesa delas – inclusive a que fez a zona oeste da capital paulista tremer mais uma vez.

Logo a um minuto, Michel Bastos mostrou que estava a fim de jogo contra o ex-clube: ele fez jogada individual pela direita, bem aberto; puxou para dentro e bateu forte – a bola foi na rede, por fora, assustando Denis.

Pressionando a saída de bola, o Verdão obrigava o SPFC a forçar o passe, e recuperava a posse, seja mais à frente, seja no campo de defesa. Sem Cueva, que sentiu lesão muscular no meio da semana, o adversário dependia apenas de Cícero para articular o ataque, já que Thiago Mendes foi deslocado para a direita, como meia-atacante. Com tanta invenção do técnico modernão que tem auxiliar inglês, ficou fácil para o Palmeiras mandar no jogo.

Aos 15, em escanteio pela direita, Mina atraiu toda a atenção da zaga do SPFC; Vitor Hugo apareceu por trás e testou, sem direção, mas com perigo.

Aos 19, Thiago Mendes conseguiu uma jogada pela direita, aproveitando vacilo de Egídio no ataque: ele cruzou buscando Pratto isolado na área, no segundo pau; Fernando Prass se esticou e espalmou; o próprio argentino ficou com a bola e tentou bater por baixo, mas tinha pouco ângulo e Prass defendeu sem maiores problemas.

Aos 21, depois de triangulação com Tche Tchê e Fabiano, Michel Bastos ganhou de Júnior Tavares, foi ao fundo e cruzou por baixo – Willian Bigode chegou para a conclusão na área mas chutou prensado com Rodrigo Caio. Aos 25, a melhor chance do SPFC no primeiro tempo: após mais uma falta inventada pelo juiz Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, Thiago Mendes suspendeu na área, em direção ao segundo pau; ninguém conseguiu o arremate e a bola quase entrou direto, mas acabou saindo à esquerda de Prass.

O jogo caiu um pouco após os 30 minutos, com os dois times sentindo o ritmo e o calor. Menos Tchê Tchê: aos 39, ele roubou mais uma bola no meio do campo, partiu pelo miolo e driblou dois adversários; de frente para o gol, com Michel Bastos bem posicionado na direita, ele preferiu encobrir Denis, mas bateu por cima. Pois é, estava guardado…

Aos 46, Buffarini vacilou na troca de passes na lateral do campo, na intermediária defensiva, e perdeu para Egídio; Dudu pegou a sobra e, com muita rapidez e agilidade, ajeitou o corpo e mandou o foguete, cheio de efeito, por cima de Denis, fazendo um golaço histórico. Bem na frente de Rogério Ceni. A comemoração de nossos jogadores foi sensacional, na área técnica do banco deles. Uma humilhação completa. O primeiro tempo não poderia ter acabado melhor.

SEGUNDO TEMPO

Desesperado, Rogério Ceni mandou a campo Wellington Nem e tirou um volante, Jucilei. Com mais espaço ainda, nosso meio-campo amassou o SPFC sem dó. Os passes saíam com muita naturalidade e o visitante estava nocauteado em pé, ainda sentindo os efeitos de mais um gol por cobertura.

Aos 8, Fabiano pegou a sobra de um lateral batido por ele mesmo e cruzou; a bola foi no segundo pau e Bigode tentou; Denis rebateu e Dudu quase marcou na sobra, mas a bola saiu por cima.

Aos 10, não teve jeito: Tchê Tchê, o insaível, pegou uma bola pela direita, foi levando, levando, puxou para dentro e bateu de canhota, um canudaço que triscou na trave esquerda de Denis e estufou as redes do Gol Sul, fazendo justiça ao placar, que estava muito magrinho.

O time do SPFC não sabia mais nem em que estádio estava. Em mais uma saída errada, a bola sobrou limpa para Thiago Santos, mas o arremate de média distância não é a dele; a bola saiu à direita de Denis, sem perigo – mas o gol estava aberto e a chance foi real.

Aos 18, por excesso de confiança, Mina deu uma chance de ouro para o SPFC: ele tentou driblar e perdeu para Luiz Araújo, que acionou Pratto; o argentino tinha Wellington Nem livre na direita mas tentou fazer o gol – o chute saiu fraco e Fernando Prass defendeu bem.

Aos 21, Borja foi a campo, no lugar de Willian. Se a maquiagem já estava toda borrada, com o colombiano em campo foi outra coisa que borrou na defesa do SPFC. Michel Bastos recebeu uma bola invertida na direita, fez embaixadinha e tocou de calcanhar para Fabiano, que cruzou no segundo pau; Egídio surgiu de surpresa e cabeceou – Denis fez grande defesa.

Aos 24, Guerra e Borja reviveram a dupla campeã da Libertadores de 2016: passe açucarado para o colombiano por trás da zaga; Borja ajeitou o corpo e soltou a bomba; a bola saiu por cima do travessão, com muito perigo. Mas um minuto depois, não teve jeito: Thiago Santos rebateu chutão de Denis; Michel Bastos recolheu e lançou na medida para Borja, que ganhou no corpo de Douglas e deu um toquinho para tirar de Denis, que achou que seu zagueiro ganharia a disputa; a bola correu mansinha pela pequena área, sem goleiro, e Guerra chegou para finalizar para as redes, decretando a goleada.

Pouco depois, Keno entrou no Dudu, e Jean no Fabiano. O Allianz Parque aplaudia até anúncio de cartão amarelo. Ao som de “ooooolééé”, o Palmeiras diminuiu um pouco o ritmo, mas mesmo assim criou mais chances. Aos 38, Michel Bastos fez jogada de ponta direita e cruzou por baixo; Keno se esticou todo, depois de um pique extraordinário, mas não conseguiu alcançar a bola – o gol estava vazio.

Com poucos minutos de desconto, o juiz preferiu abreviar o sofrimento do SPFC. E olha que ele tentou dar uma força, marcando falta até em pensamento de nossos jogadores durante todo o jogo. Uma péssima arbitragem, totalmente tendenciosa para o visitante em pequenos detalhes, mas insuficiente para evitar a goleada.

FIM DE JOGO

Foi sensacional, mais uma vez. O Verdão precisava de uma partida com encaixe, convincente como essa, para dissipar as desconfianças. Aumentou o tabu contra as meninas em casa. Acabou com uma invencibilidade que sugeria uma força inexistente, tamanho o desequilíbrio entre ataque e defesa. Esfregou no nariz do arrogante técnico adversário e da BambiPress quem é o melhor time do estado. E tudo isso sem cinco titulares.

O Verdão fica a dois pontos de conquistar a vaga matematicamente, com quatro jogos pela frente. O foco agora se volta totalmente para o Jorge Wilstermann, em mais um jogo pela Libertadores, de novo em nosso estádio. Em clima de muita felicidade, depois de honrar nossos antepassados palestrinos: nunca nos esqueçamos que esse clube que foi mais uma vez humilhado é o mesmo que tentou nos roubar a casa, usando a Segunda Guerra Mundial como desculpa, poucos anos depois de termos ajudado a salvá-los da falência. Aqui, em nossa casa, mandamos nós. Na década de 40, saíram fugidos, no pau. Sete décadas depois, seguem sendo surrados, na bola. Com cobertura, por favor.

OBRIGADO PALMEIRAS!

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