Jogando muito mal e contra um adversário bem organizado e com uma marcação implacável, conhecemos a primeira derrota do ano.
No primeiro tempo tivemos um pouco mais de posse de bola, mas totalmente sem objetividade. O segundo foi um filme de terror.
Eduardo Baptista precisa corrigir o setor de criatividade. Jogaremos muitas partidas contra adversários fechadinhos esperando uma oportunidade. Como o elenco mais forte do país e candidato ao título em todas as competições, espera-se pelo menos maior volume de jogo e ofencividade.
Jogo válido pela 2ª rodada do Paulistão 2017.
Gol, melhores momentos, jogo completo.
FICHA TÉCNICA
ITUANO 1 X 0 PALMEIRAS
LOCAL: Novelli Júnior, em Itu (SP)
DATA/HORA: 12 de fevereiro de 2017 (domingo), às 19h30
ÁRBITRO: Raphael Claus
AUXILIARES: Emerson Augusto de Carvalho e Bruno Salgado Rizo
PÚBLICO/RENDA: 11.962 pagantes/R$ 545.970,00
CARTÕES AMARELOS: Ronaldo, Naylhor (Ituano), Felipe Melo (Palmeiras)
GOLS: Guly, aos 6/2ºT (1-0)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Fabiano (Thiago Santos, aos 9/1ºT), Edu Dracena (Alecsandro, aos 24/2ºT), Vitor Hugo e Zé Roberto; Felipe Melo; Róger Guedes (Keno, aos 10/2ºT), Jean, Guerra e Dudu; Willian. Técnico: Eduardo Baptista
ITUANO: Fábio; Arnaldo, Naylhor, Lima e Peri; Wellington Simião (Walfrido, aos 37/2ºT), Guly e Guilherme (Romarinho, aos 16/2ºT); Claudinho, Ronaldo (Nena, aos 34/2ºT) e Morato. Técnico: Tarcísio Pugliese.
Palmeiras venceu Ituano 15 vezes em 27 jogos; confira o retrospecto
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
11/02/2017 – 15:00h
O Palmeiras encara o Ituano neste domingo (12), no estádio Novelli Júnior, em Itu. Contra a equipe do interior de São Paulo, em duelo válido pela segunda rodada do Campeonato Paulista 2017, o Verdão lutará pela 16ª vitória na história – até hoje, os times se encontraram 27 vezes, sendo 15 triunfos alviverdes, 5 empates e sete derrotas.
A primeira partida entre os clubes aconteceu em setembro de 1958 e terminou com grande vitória alviverde: 7 a 1, que até hoje é a maior goleada da história do confronto. Em 1994, o Verdão chegou perto de igualar o feito – aplicou sonoro 6 a 1 no Campeonato Paulista daquela temporada.
Em 2016, o Ituano foi sorteado para o grupo B, o mesmo do Palmeiras. Pelo regulamento da competição, como a equipe do interior não se classificou às quartas de final, os dois times não se enfrentaram. Em 2015, no encontro mais recente, o jogo terminou empatado em 2 a 2. Os gols palmeirenses foram anotados pelo atacante Rafael Marques e pelo lateral-direito João Pedro.
PÓS-JOGO
Fonte: Verdazzo
O Palmeiras conheceu sua primeira derrota na temporada ao perder pela contagem mínima para o Ituano, esta noite no Novelli Júnior. Confuso, errando muitos passes e inconsistente taticamente, o Verdão dependeu demais das performances individuais, mas com atuações abaixo da crítica de quase todo o time, foi impotente diante de um Ituano apenas aplicado.
Guerra estreou e fez um bom primeiro tempo, mostrando habilidade e visão de jogo, mas caiu muito no segundo tempo junto com todo o time, que não teve a movimentação necessária para lhe proporcionar opções de jogadas. Entre mortos e feridos, foi um dos poucos que se salvou.
PRIMEIRO TEMPO
Eduardo Baptista montou o time de forma diferente a seu 4-1-4-1: escalou Fabiano na direita, puxando Jean para o meio-campo, aparentemente ocupando o lado direito, ao lado de Felipe Melo. Outra mudança foi a inversão de Dudu com Roger Guedes – nosso capitão jogou do lado direito. E Guerra ficou com o miolo, contando com a aproximação de Willian Bigode, que se movimentava bastante e puxava a zaga, abrindo espaço para a projeção dos pontas.
Enquanto o time ainda se acomodava em campo, o Ituano mostrava bastante vontade, dividindo todas, avançando a marcação e tentando mostrar serviço no jogo contra o campeão brasileiro. E não teve medo de partir pra cima: aos 3, Moratto ganhou de Felipe Melo e enfiou para Claudinho, que penetrou na área e tocou na sáida de Prass, que fechou bem o ângulo e defendeu.
Aos seis, Fabiano sentiu uma lesão muscular e foi substituído por Thiago Santos, empurrando Jean de volta para sua posição original. O Verdão criou uma boa chance aos dez, com participação de todo o ataque: após chutão de Prass, Roger Guedes raspou de cabeça e acionou Willian Bigode, que tocou para Guerra; o venezuelano deu seu primeiro cartão de visitas num lindo toque por trás da zaga, deixando Dudu só com o goleiro pela frente, mas a finalização não saiu boa.
O jogo estava muito intenso e o Ituano respondeu rápido, logo na reposição de bola: Moratto fez boa jogada individual pelo meio, em cima de Zé Roberto, e bateu da entrada da área, exigindo boa defesa de Fernando Prass. Aos 13, Ronaldo fez boa jogada pela esquerda e cruzou por baixo, a bola atravessou a pequena área e Zé Roberto desta vez salvou; Moratto estava inteiro na jogada para abrir o placar.
O Palmeiras despertou depois dessas chances; a marcação no meio encaixou e finalmente nosso time passou a dominar as ações no meio-campo. Aos 19, Thiago Santos fez um lindo lançamento por elevação para Willian, nosso atacante dividiu com Fabio na entrada da área e a bola sobrou para Guerra, que com o gol vazio tentou tocar de longe por cobertura, mas a bola saiu por cima.
O Palmeiras ainda sentia a falta de entrosamento e mesmo com o domínio das ações tinha dificuldade em acertar o último passe. O time só conseguiu criar uma nova chance aos 34, numa bola longa de Dudu para Roger Guedes; o atacante invadiu a área mas não tem a perna esquerda; até dominar com a direita perdeu ângulo; Fabio saiu e Roger Guedes tocou por baixo, tirando do goleiro mas errando o alvo.
Aos 36, num contra-ataque rápido, a última chance do primeiro tempo: Guerra fez um lindo lançamento para Willian, de trivela, por trás da zaga; o atacante esperou a bola pingar e soltou a pancada de primeira, cruzado, mas ela saiu lambendo a trave direita de Fábio. Foi o último lance relevante do primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
O Ituano voltou do vestiário muito mais ligado, diante de um Palmeiras que parecia achar que venceria o jogo a qualquer momento. Numa jogada pela direita, Arnaldo conseguiu um escanteio em cima de Zé Roberto, que parecia estar sempre um décimo de segundo atrasado em todas as jogadas. Na cobrança, Guly contou com falha na marcação de Thiago Santos e cabeceou livre, à queima-roupa, mandando a bola para as redes sem chances para Fernando Prass.
Com o gol logo cedo, o Ituano seguiu a cartilha e se fechou atrás, picotando o jogo e fazendo o relógio andar. Contou com uma certa preguiça do Palmeiras e praticamente não correu riscos até o fim do jogo.
A primeira tentativa de Eduardo Baptista foi seis por meia dúzia: tirou Roger Guedes, que fazia seu melhor jogo na temporada, para colocar Keno. O camisa 27 entrou quente no jogo e parecia que ia mudar o jogo em sua primeira participação: cruzamento de Jean da direita, ele raspou de cabeça e a bola saiu muito perto da trave direita de Fabio.
Sem nenhuma alteração tática, o Palmeiras seguia estéril em campo e presa fácil para o sistema de marcação apenas correto e aplicado do Ituano. Eduardo então voltou ao 4-1-4-1, tirando Edu Dracena, puxando Thiago Santos para a zaga, abrindo Willian na esquerda e mandando Alecsandro para ser a referência no ataque.
Não adiantou nada. O time seguia distante, perdido e aparentemente desinteressado da partida. Nossos jogadores perdiam jogadas fáceis e erravam muitos passes. Assim, apenas duas jogadas em bola parada animaram o jogo, uma para cada lado: aos 25, Jean bateu na barreira uma falta na meia-lua, após toque com o braço de Naylhor. E aos 30, a bola bateu num buraco e enganou Vitor Hugo, batendo em seu braço; Nena bateu bem, com força, mas a bola saiu por cima, assustando Prass.
Seguiram-se 20 minutos de tortura. O Palmeiras perdendo o jogo e sem nenhuma força ofensiva, lento, disperso, errando passes. Nem sombra do time campeão brasileiro de 2016. O Ituano seguiu fazendo sua cerinha e Raphael Claus terminou o jogo depois de seis minutos de acréscimos.
FIM DE JOGO
Não deu pra entender. Não esperávamos nenhum espetáculo, um empate ou mesmo uma derrota seriam aceitáveis, se ao menos o time mostrasse interesse e evolução. Jogando desta maneira, a única forma de amenizar as críticas seria vencendo o jogo. Como o Ituano ganhou, não há lado positivo nenhum.
Eduardo Baptista parece confuso: após eleger o 4-1-4-1 como esquema básico, mandou o time num 4-2-3-1; em vez de aprimorar o esquema principal, tentou desenvolver uma variação e no final nada funciona bem. A apatia e desinteresse dos jogadores pode ter vindo da falta de confiança sobre o que fazer.
Não pelo resultado em si, mas pelo que se viu em campo, o jogo foi inaceitável. A pouco mais de três semanas da estreia na Libertadores, o time parece muito, mas muito longe de apresentar um jogo consistente – a ausência de Moisés e Tchê Tchê explica um pouco, mas não justifica tamanha apatia. A semana começa quente e haverá forte pressão por um jogo convincente frente ao São Bernardo, na quinta-feira. VAMOS PALMEIRAS!