A vitória pelo placar mínimo foi importante para garantir os 3 pontos logo na arrancada e também evitar qualquer pressão precoce. Além dos fatores já conhecidos, tem o fato de ser o time que mais contratou e o melhor elenco do país, sendo assim, qualquer deslize vira uma crise.
Com a bola rolando encontramos bastante dificuldade para furar o forte bloqueio do Botafogo. O time interiorano veio jogando por uma bola ou tentando conseguir um ponto.
Os bons toques de bolas e triangulações vistas nos amistosos não se repetiram. Mas é cedo e o importante é manter os pés no chão. Não existe jogo jogado.
Jogo válido pela 1ª rodada do Paulistão 2017.
Gol, melhores momentos, jogo completo.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 1 X 0 BOTAFOGO-SP
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Data/horário: 5 de fevereiro, às 17h
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza
Auxiliares: Danilo Ricardo Simon e Luiz Alberto Nogueira
Público/renda: 24.947 presentes/ R$ 1.472.194,47
Cartões amarelos: Tchê Tchê (PAL); Matheus Mancini, Samuel Santos, Diego Pituca, Rafael Bastos (BOT)
Gol: Tchê Tchê, aos 1’/2T (1-0)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Felipe Melo; Róger Guedes, Tchê Tchê (Thiago Santos, aos 29’/2T), Raphael Veiga (Michel Bastos, intervalo) e Dudu; Willian (Alecsandro, intervalo). Técnico: Eduardo Baptista.
BOTAFOGO-SP: Neneca; Samuel Santos, Gualberto, Matheus Mancini e Fernandinho; Marcão Silva, Bileu, Diego Pituca (Bernardo, aos 33’/2T) e Rafael Bastos (Vitinho, aos 42’/2T); Marcão e Serginho (Wesley, aos 20’/2T). Técnico: Moacir Júnior
Palmeiras já venceu Botafogo-SP 30 vezes no Palestra Italia; confira histórico
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
04/02/2017 – 12:18h
Adversário do Palmeiras na estreia do Campeonato Paulista neste domingo (05), o Botafogo-SP já foi superado pelo Palmeiras no Palestra Italia/Allianz Parque em 30 oportunidades. Foram, ao todo, 36 partidas no local – ainda aconteceram cinco empates e apenas uma derrota, em 1983.
O primeiro encontro entre as equipes no estádio alviverde aconteceu em 1928. Naquela oportunidade, o Verdão, dirigido por Amílcar Barbuy, aplicou sonora goleada por 5 a 0 sobre o time de Ribeirão Preto. Os gols foram marcados por Heitor (2), Ministrinho, Perillo e Miguel Feite.
Já a partida mais recente foi disputada em abril de 2015, pelas quartas de final do Campeonato Paulista. O atacante Leandro Pereira marcou o único gol da vitória palmeirense por 1 a 0 e garantiu a classificação da equipe para a semifinal do torneio estadual.
Retrospecto geral
Assim como nos jogos disputados no Palestra Italia / Allianz Parque, o retrospecto geral de confrontos entre Palmeiras e Botafogo-PB é favorável ao Verdão. Os times disputaram 106 jogos ao longo da história, sendo 63 vitórias palestrinas, 29 empates e 14 derrotas.
A maior goleada aplicada pelo Alviverde sobre o adversário do interior de São Paulo aconteceu em 1996, pelo Campeonato Paulista. O clube da capital paulista venceu por 8 a 0, com tentos anotados por Luizão (3), Djalminha (2), Cláudio, Alex Alves e Cafu.
PÓS-JOGO
Fonte: Verdazzo
O Palmeiras iniciou oficialmente a caminhada rumo aos títulos de 2017 com uma vitória magra contra o Botafogo, pela rodada de abertura do Paulistão. O time de Eduardo Baptista foi bem superior durante a maior parte do jogo – o que não quer necessariamente dizer que foi uma boa exibição.
Obviamente há uma série de explicações para o desempenho modesto do time em campo. O que importa realmente é observar a evolução dos atletas em campo e conferir quem está correspondendo às expectativas e se encaixando melhor nas propostas táticas do novo treinador.
PRIMEIRO TEMPO
O Verdão começou o jogo com a mesma escalação do domingo anterior, quando enfrentou a Ponte Preta em amistoso. Um início de entrosamento começou a ser visto logo a um minuto, num contra-ataque rápido após rebatida de Zé Roberto: Raphael Veiga enxergou Roger Guedes se projetando por trás da zaga e enfiou com categoria; o atacante chegou na frente de Neneca, que fechou bem o ângulo e evitou o primeiro gol.
No minuto seguinte, Rafael Bastos pegou uma bola rebatida por Jean, ganhou na velocidade de Felipe Melo e bateu firme, para boa defesa de Fernando Prass. Foi um lance fortuito; o volume do Palmeiras era muito alto e o time do interior estava sufocado em seu campo.
Aos 7, Edu Dracena conseguiu um bom cabeceio após centro de Dudu da esquerda – a bola saiu perto do poste esquerdo de Neneca. Aos 11, Willian Bigode saiu da área para fazer a parede e conseguiu um ótimo passe para Jean, em projeção pela direita; ele foi ao fundo e cruzou por baixo; Dudu se preparava para marcar mas Samuel Santos chegou antes e afastou, salvando gol certo.
A pressão do Verdão acordou o Botinha, que tentou sair de trás e manter um pouco mais a bola nos pés. Com isso, o time de Ribeirão passou a rondar nossa área, mas era muito difícil de entrar – Felipe Melo e principalmente a dupla de zaga estavam muito ligados. Assim, o jeito foi arriscar de fora. Os atacantes do Botafogo queimaram alguns chutes de longe, mas estavam descalibrados e mandaram todos na arquibancada do gol sul.
Aos 21, Edu Dracena quase fez o seu: depois de escanteio da direita, a bola se ofereceu limpa a seus pés e ele escorou, mas com muita força, e a bola ganhou muita altura. A partida então perdeu intensidade, e se arrastou até os 30 minutos, quando houve a parada para a hidratação.
Na volta, mais uma vez Rafael Bastos ganhou de Felipe Melo após uma bola espirrada, e mais uma vez ele conseguiu um bom arremate. Fernando Prass parece ainda um pouco lento, fora de ritmo, mas conseguiu cair para o lado esquerdo e fazer a defesa porque é muito bom goleiro. A tática do Botafogo parecia ser enervar nossos jogadores tornando o jogo mais físico. Samuel Santos buscou pilhar especificamente o Felipe Melo, que aparentemente não caiu.
No final do primeiro tempo, o time do interior ensaiou uma pressão. Aos 45, a bola espirrou na esquerda para Fernandinho, quicando; o lateral emendou um bom chute, mas em cima de Prass, que rebateu a escanteio. Após a cobrança, Samuel Santos entrou driblando na área e finalizou, mas foi bloqueado por Roger Guedes. E assim acabou o primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
Eduardo Baptista mexeu duas vezes no intervalo: saíram Willian e Raphael Veiga, voltaram Alecsandro e Michel Bastos. Dudu jogou mais por dentro. Mas nem deu pra ver como o time reagiria às mudanças: logo a um minuto, Tchê Tchê aparou uma bola do lado direito, cortou para o meio e emendou um chute de canhota; parecia que Neneca defenderia, mas ele chegou tarde demais, colaborando com nosso camisa 32, e vendo a bola morrer em seu canto esquerdo. Fernando Prass passou por um lance parecido no primeiro tempo, mas defendeu. É a diferença entre um goleiro medíocre fora de forma e um goleiro excepcional fora de forma.
Com o gol, o adversário se abriu um pouco mais, e o jogo ficou mais agradável. E o Botafogo tentou o empate logo na saída: Serginho fez boa inversão para Samuel Santos, que entrou em diagonal e emendou mais um bom chute; a bola passou cruzada na frente do gol de Fernando Prass e saiu pela linha de fundo.
Aos oito, Marcão recebeu dentro da área, girou o corpo e bateu cruzado, buscando o ângulo de Prass, mas errou por muito. Aos 11, mais uma vez Rafael Bastos bateu de fora, Prass rebateu e Marcão colocou pra dentro, mas estava impedido no momento do primeiro arremate.
O Palmeiras não conseguia se impor como no primeiro tempo. As linhas ainda estão distantes, os jogadores ainda não têm a intensidade física necessária para jogar no nível desejado. Assim, coube a Felipe Melo fazer uma “jogada” para baixar a bola do time do interior: ao evitar um chapéu de Samuel Santos com um tranco, jogando-o ao chão, nosso camisa 30 vibrou de forma intensa, berrando em direção ao adversário caído. A torcida adorou, o estádio se acendeu e de fato o Botafogo diminuiu a marcha.
Com a entrada de Thiago Santos no lugar de Tchê Tchê, o time mudou para o 4-2-3-1, mostrando que não vai ficar engessado num esquema só. E o camisa 21 entrou muito bem, usando o vigor físico para também contribuir com o reequilíbrio do jogo. Assim, os dois times baixaram a rotação, e a única chance de gol dali até o final do jogo foi de Michel Bastos, que já nos descontos arrancou em velocidade e chutou cruzado, exigindo uma defesa esquisita de Neneca, que mandou a escanteio. E o jogo acabou.
FIM DE JOGO
Eduardo Baptista deve ter feito mais algumas anotações. Edu Dracena está numa fase magnífica e se seguir assim será injusto tirá-lo do time. Roger Guedes está muito afoito para mostrar serviço, enfeitando demais as jogadas em vez de usar a objetividade.
As linhas seguem distantes, e não fosse o fôlego infinito de Tchê Tchê, este começo de ano estaria sendo muito mais complicado. Com toda esta dificuldade, não há como crucificar nenhum dos três atacantes: nem Barrios, nem Alecsandro, nem Willian tiveram bolas suficientes chegando para poderem mostrar jogo. Algo que tende a vir com o tempo.
É por isso que o resultado foi importante. Em caso de tropeço, as cornetinhas soariam com muito mais força, enchendo o saco do treinador e do elenco. Os três pontos esticam um pouco o prazo da paciência com este período de recondicionamento. Seguimos invictos desde o fim de outubro. Que venha o próximo. VAMOS PALMEIRAS!