O ponto conquistado nos mantém na liderança do campeonado, porém, a vantagem que era 3 pontos agora é 1.
Os méritos desse tropeço são novamente o futebol ruim que temos apresentado nas últimas rodadas e a boa atuação do Cruzeiro, como no primeiro turno.
Faltam 8 jogos para o título e precisamos reconhecer as falhas e corrigí-las já para a próxima rodada.
Jogo válido pela 30ª rodada do Brasileirão 2016.
Melhores momentos, jogo completo.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 0 X 0 CRUZEIRO
LOCAL: Arena Fonte Luminosa, Araraquara (SP)
DATA-HORA: 13/10/2016 – 19h30
ÁRBITRO: Jaílson Macedo Freitas (BA)
AUXILIARES: Alessandro Rocha Matos (BA) e Carlos Berkenbrock (BA)
PÚBLICO/RENDA: Não disponíveis
CARTÕES AMARELOS: Gabriel Jesus (PAL), Henrique, Rafinha, Ezequiel, Ábila (CRU)
PALMEIRAS: Jailson; Jean, Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos, Tchê Tchê e Moisés (Alecsandro, aos 31’/2ºT); Róger Guedes (Rafael Marques, aos 12’/2ºT), Dudu (Cleiton Xavier, aos 26’/2ºT) e Gabriel Jesus. Técnico: Cuca.
CRUZEIRO: Rafael; Ezequiel, Léo, Bruno Rodrigo e Bryan; Henrique, Lucas Romero, Rafinha e Robinho (Arrascaeta, aos 38’/2ºT); Rafael Sóbis (Ariel Cabral, aos 32’/2ºT) e Ábila (Willian, aos 24’/2ºT). Técnico: Mano Menezes.
Palmeiras recebe Cruzeiro em Araraquara pela segunda vez na história
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
12/10/2016 – 20:00h
Líder do Campeonato Brasileiro com 60 pontos conquistados nas 29 primeiras rodadas, o Palmeiras volta a campo nesta quinta-feira (13), às 19h30, para encarar o Cruzeiro no estádio da Fonte Luminosa (Arena da Fonte), em Araraquara (SP).
Em 2012, também no mês de outubro, o Verdão recebeu os mineiros no mesmo município do interior paulista e venceu por 2 a 0. Naquela oportunidade, os comandados de Gilson Kleina deixaram o gramado vitoriosos com dois gols do argentino Barcos. A equipe alviverde jogou com Bruno; Artur, Mauricio Ramos, Henrique e Leandro; Márcio Araújo, Marcos Assunção e Patrick Vieira; Luan (Obina), Betinho (Wesley) e Barcos (Tiago Real).
Ao todo, o Verdão já disputou 56 partidas em Araraquara – 28 vitórias, 17 empates e 11 derrotas. Foram 107 gols marcados e 66 sofridos. O adversário mais frequente é a Ferroviária, time da casa, que recebeu o Palmeiras 44 vezes.
O primeiro jogo da história do Alviverde em Araraquara aconteceu em abril de 1940, quando a equipe da capital paulista encarou o São Paulo de Araraquara e venceu por 4 a 0 – gols marcados por Sandro, Canhoto, Echevarrieta e Armando (contra).
Já a partida mais recente foi disputada em maio de 2014, diante do Figueirense, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. O Palmeiras venceu por 1 a 0, com tento anotado pelo atacante Henrique.
Estádio Fonte Luminosa
O palco da partida desta quinta-feira (13) já recebeu o Palmeiras 51 vezes, sendo 23 vitórias palestrinas, 17 empates e apenas 11 derrotas. O triunfo mais expressivo do Verdão no local aconteceu em 1968, quando venceu a Ferroviária, time da casa, por 6 a 2 – gols de César Maluco (2), Tupãzinho (2), Copeu e Baiano (contra).
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Num jogo bastante complicado, o Cruzeiro repetiu a boa atuação que teve contra o Verdão no primeiro turno e arrancou um empate sem gols na Fonte Luminosa, em Araraquara. Na verdade, pelo desempenho em dois terços do jogo, quem tem que achar o empate bom é o Palmeiras, que assim vê a diferença para os perseguidores diminuir, a oito rodadas do fim.
PRIMEIRO TEMPO
Sem Mina, vetado no vestiário, o Verdão foi de Edu Dracena na defesa. Cuca posicionou Thiago Santos à frente da zaga e soltou todo o resto do time, com Moisés e Tchê Tchê chegando bastante à frente e pressionando o Cruzeiro desde o início. E logo com 3 minutos, a primeira finalização: Dudu roubou a bola no meio do campo, avançou sozinho pelo meio sem marcação e bateu forte, à direita de Rafael. Um minuto depois, uma ótima chance: Moisés achou Gabriel Jesus dentro da área, ele girou em cima do zagueiro, foi ao fundo e cruzou com bastante força; Dudu tentou escorar com a cabeça mas não teve tempo para saltar e a bola saiu por cima.
O Cruzeiro não veio com uma proposta defensiva e também tentava se aproximar do gol de Jailson. Aos seis, Bryan fez boa jogada pela esquerda, levou Thiago Santos e Edu Dracena e bateu forte – Jailson caiu esquisito mas conseguiu fazer a defesa, rebatendo perigosamente para a frente.
Com muita movimentação de todos os jogadores de frente, o Palmeiras envolvia a defesa do Cruzeiro sem muitas dificuldades. Aos 14, uma linda troca de passes, com bola de pé em pé: de Moisés para Thiago Santos, para Tchê Tchê, para Gabriel Jesus fazendo o facão por trás do lateral; ele invadiu a área livre e bateu forte, à esquerda de Rafael. Dois minutos depois, Moisés tabelou com Dudu e bateu colocado, para boa defesa do goleiro cruzeirense.
O Cruzeiro não aceitava a pressão passivamente e tentava sair de trás, usando a qualidade técnica de seus jogadores. Aos 20, Jean perdeu a disputa na corrida com Rafinha, afastou mal e o meia cruzeirense invadiu a área e bateu forte – a bola saiu perto da trave direita de Jailson. O Verdão respondeu aos 23, em ótima tabela entre Tchê Tchê e Gabriel Jesus – o camisa 32 foi ao fundo e cruzou; Roger Guedes emendou um lindo voleio, mas a bola saiu por cima.
O Cruzeiro conseguiu encaixar a marcação e o Palmeiras perdeu desempenho ofensivo; tornando o jogo mais equilibrado. O time mineiro tinha até mais presença ofensiva, mas não conseguia passar das linhas de marcação armadas por Cuca. A única chance de gol saiu aos 34: Robinho alçou a bola em direção a Ábila, marcado por Edu Dracena ele tentou emendar para o gol mas pegou mal na bola, que ficou fácil para Jailson.
Com chuva caindo sobre Araraquara, os dois times diminuíram o ritmo na parte final do primeiro tempo. O Verdão chegou perto do primeiro gol aos 46, numa falta da intermediária sofrida por Gabriel Jesus. Jean e Zé Roberto fizeram a ensaiadinha, Jean bateu forte, Rafael rebateu e Vitor Hugo emendou o rebote para fora – quase Edu Dracena ainda aproveita.
SEGUNDO TEMPO
Sem alterações, os times voltaram com a mesma disposição do primeiro tempo. A dois minutos, Dudu cobrou escanteio da direita, Edu Dracena subiu no terceiro andar e cabeceou no bico da pequena área; Thiago Santos fechou e colocou nas redes, mas estava impedido.
Mas o Cruzeiro, a exemplo do que conseguiu com Paulo Bento no primeiro turno, encaixou muito bem a marcação e tomou conta do meio-campo, conseguindo manter a bola no campo defensivo do Verdão. Aos 5, Gabriel Jesus cometeu falta no lado direito de nossa defesa; Robinho bateu bem e Bruno Rodrigo ganhou de nossa zaga para cabecear livre, mas errou a direção. No minuto seguinte, o péssimo Jailson Macedo Freitas deixou de dar um pênalti de Léo em Gabriel Jesus – um abraço que levou nosso camisa 33 ao chão.
O Cruzeiro seguia com mais presença ofensiva, com Rafinha e Robinho fazendo ótimas partidas e envolvendo Thiago Santos, que se desdobrava. Moisés e Tchê Tchê já não conseguiam coordenar a formação da linha defensiva com rapidez e o time mineiro se aproveitava. Aos 12, Ábila deu uma caneta em Thiago Santos e se preparava para bater; Edu Dracena deu o bote preciso; Bryan emendou a sobra para fora.
Cuca tentou corrigir o time mandando Rafael Marques a campo no lugar de Roger Guedes – errou, pois precisava antes ter acertado a defesa para depois ver como o ataque reagiria. A alteração não teve efeito e o Cruzeiro seguia mandando no jogo. Aos 17, Robinho perdeu uma chance inacreditável: Bryan esticou para Sóbis, que deu um lindo toque de primeira para Robinho, livre; ele limpou Jailson e tocou para o gol – mas sem a força necessária, dando a chance para Zé Roberto, que surgiu como um raio para salvar a bola em cima da risca.
Com um apoio bastante discreto da torcida da região de Araraquara, o Palmeiras aos poucos foi saindo do sufoco. Os treinadores começaram a queimar substituições: Willian e Ariel Cabral entraram nos lugares de Ábila e Sóbis; Cleiton Xavier e Alecsandro substituíram Dudu e Moisés. Cuca conseguiu aliviar a pressão, mas ao tirar Dudu perdeu de uma vez a chance de impor a velocidade ao ataque. Gabriel Jesus estava visivelmente cansado, sem arranque; o time não demonstrava que poderia chegar ao gol em momento algum e o empate já era um bom resultado.
Mano Menezes ainda tentou dar o golpe final, com De Arrascaeta entrando no lugar de Robinho – não sem antes nosso meia, que está emprestado ao Cruzeiro, dar um belo passe para Henrique, que subiu livre à nossa área e bateu para fora.
Na base do abafa, o Palmeiras quase achou o gol aos 44: Jean conseguiu um belo cruzamento; a bola passou por Gabriel Jesus e se ofereceria limpa para Alecsandro no segundo pau, mas Ezequiel salvou em cima da hora, mandando a escanteio – uma bela chance. Depois da cobrança, a zaga do Cruzeiro armou o contra-ataque e Willian disparou pelo lado direito, entrou na área, mas com pouco ângulo disparou para defesa de Jailson – a bola ainda triscou no poste esquerdo antes de sair. O juiz Jailson Macedo Freitas, atrapalhado e confuso como sempre, encerrou o jogo e o Verdão pode se dar por satisfeito por não ter perdido o jogo.
FIM DE JOGO
Era necessário vencer, mas nem sempre é possível. Tropeços como o desta noite são normais; e estivemos diante de um time grande, de camisa, que soube encarar o líder do campeonato. Além dos méritos do adversário, Gabriel Jesus, nosso grande diferencial, estava visivelmente abaixo de seu potencial; Cuca já fez escolhas melhores em outros jogos; e o Allianz Parque fez muita falta – todos os agradecimentos à nossa parceira por isso.
Nenhum motivo para pânico. Seguimos na liderança e dependemos apenas de nossos esforços. Nossos perseguidores também tropeçarão. Quem lidar melhor com as oscilações vai chegar mais forte. Hora de mostrar a frieza de um time vencedor – e isso também vale para a torcida. Muita calma, respira fundo, e VAMOS PALMEIRAS!