Jogo tenso e dramático. Apesar do adversário estar brigando na penúltima posição do campoenato, nos impôs muitas dificuldades e quase perdemos 2 pontos preciosos no Recife.
Saímos vencendo, tomamos o empate 2 vezes e conseguimos buscar a vantagem no final do jogo.
A vitória amplia nossa vantagem na liderança para 3 pontos, já que o Flamengo empatou.
Faltam 10 jogos para o título.
Jogo válido pela 28ª rodada do Brasileirão 2016.
Gols, melhores momentos, jogo completo.
FICHA TÉCNICA
Local: Estádio do Arruda, Recife-PE
Data: 03/10/2016, segunda-feira
Horário: 20h (de Brasília)
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (PA-Fifa)
Assistentes: Marcio Gleidson Correia Dias (PA) e Helcio Araújo Neves (PA)
Cartões amarelos: Derley, Neris, Danny Morais, Allan Vieira, Pisano e Grafite (SAN); Erik, Jailson e Gabriel Jesus (PAL)
Público: 7.189 pagantes
Renda: R$ 102.040,00
Gols: Santa Cruz: Arthur, aos 10, e Grafite, aos 24 minutos do segundo tempo
Palmeiras: Zé Roberto, aos 32 minutos do primeiro tempo, Leandro Pereira, aos 20, e Roger Guedes, aos 34 minutos do segundo tempo
Santa Cruz: Edson Kolln; Danilo Pires, Neris, Danny Morais e Allan Vieira (Jadson); Uillian Correia, Derley (Arthur) e João Paulo; Pisano (Vagner), Keno e Grafite
Técnico: Doriva
Palmeiras: Jailson; Jean, Edu Dracena, Vitor Hugo e Egídio (Cleiton Xavier); Tchê Tchê, Zé Roberto e Moisés; Roger Guedes (Thiago Santos), Gabriel Jesus e Erik (Leandro Pereira)
Técnico: Cuca
Verdão já encarou Santa Cruz 15 vezes no Recife; vantagem é palestrina
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
02/10/2016 – 15:00h
Adversário do Palmeiras nesta segunda-feira (03), o Santa Cruz já recebeu a equipe verde e branca no Recife em 15 oportunidades ao longo de toda história. O Verdão venceu sete jogos, empatou cinco duelos e foi derrotado apenas três vezes.
O primeiro encontro entre as equipes na cidade pernambucana aconteceu em junho de 1959, quando o Alviverde triunfou sobre o time tricolor por 4 a 2 – a partida, disputada em caráter amistoso na Ilha do Retiro, contou com gols de Américo Murollo (2), Ênio Andrade e Sidnei (contra).
Já a maior goleada foi registrada em outubro de 2000. Naquela oportunidade, o Palmeiras venceu o Santa Cruz por 5 a 1. Os gols palestrinos foram anotados por Tuta (2), Juliano (2) e Magrão. A partida foi disputada no Arruda, palco do jogo desta segunda-feira (03), e válida pelo Campeonato Brasileiro – Copa João Havelange.
Retrospecto geral
No retrospecto geral de confrontos, o Verdão já encarou o Santa Cruz 26 vezes, sendo 15 vitórias alviverdes, seis empates e cinco derrotas.
A última partida entre as equipes foi disputada no primeiro turno desta edição do Campeonato Brasileiro, no Allianz Parque, quando o Palmeiras venceu por 3 a 1 – gols marcados por Dudu, duas vezes, e Jean.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Num belo jogo, cheio de alternativas, o Verdão fechou a 28ª rodada do Brasileirão vencendo o Santa Cruz no Arruda por 3 a 2, abrindo vantagem para o Flamengo na classificação. A dez rodadas do fim, o Palmeiras tem uma rodada de margem para o vice-líder e a contagem regressiva para o fim do campeonato já começou. Sem Dudu, o Verdão teve enormes dificuldades na partida, cometeu erros, mas aproveitou a enorme fragilidade da defesa pernambucana para construir o resultado.
PRIMEIRO TEMPO
Cuca, mais uma vez, surpreendeu – o que, paradoxalmente, não é nenhuma surpresa. Zé Roberto foi escalado como meia para abastecer o rápido ataque com Roger Guedes e Erik dos lados e Gabriel Jesus por dentro. Egídio, claro, fez a esquerda.
E o Verdão começou o jogo como se estivesse em casa, apesar da irritante bandinha local. Pressionando a saída de bola do Santa, jogando inteiro no campo do adversário, tocando de pé em pé, só dava Palmeiras. A primeira chance veio aos seis: Zé Roberto fez linda jogada e enfiou para Roger Guedes em velocidade – a zaga o parou com falta. Na cobrança, a mesma ensaiadinha do primeiro turno no Allianz Parque: depois da ajeitada, Jean bateu por fora da barreira, mas desta vez a bola saiu por muito pouco, beijando a rede por fora.
O Palmeiras continuava dominando completamente as ações e o Santa Cruz só conseguia nos ameaçar quando lançava Keno em velocidade pela esquerda. Muito rápido e habilidoso, exigia que a marcação em cima dele fosse sempre dobrada, e nem sempre funcionava. Aos 18, ele escapou por trás da zaga numa bola enfiada e tocou na saída de Jailson, por baixo do goleiro; mas com pouco ângulo, errou o alvo.
Um minuto depois, o Verdão respondeu numa bela tabela de cabeça entre Gabriel Jesus e Roger Guedes; o camisa 23 saiu em boas condições na área e bateu cruzado, mas a bola foi desviada a escanteio. Na cobrança, pênalti claríssimo e indiscutível sobre Edu Dracena – Derley o empurrou pelas costas quando ele se preparava para cabecear para o gol. Na sequência da jogada, vários tiros a gol com a bola pererecando dentro da área, mas o Santa acabou se salvando.
Aos 24, Jean cobrou escanteio da direita, Allan Vieira desviou parcialmente e Roger Guedes emendou para o gol mas Edson Kölln fez um milagre, com muito reflexo, e defendeu. Só que aos 32 não teve jeito: Jean roubou a bola na direita e tocou para Gabriel Jesus, recuado; ele fez o pivô para Zé Roberto que avançou, tabelou com Erik, recebeu de volta dentro da área e tocou na saída de Edson Kölln, por cobertura, com imensa categoria. Mais um exemplar desse horrendo Cucabol que está acabando com a beleza do futebol.
O Verdão continuava dominando e aos 39 Roger Guedes entrou driblando; quando se preparava para entrar sozinho na área foi calçado por Néris. Na cobrança, Egídio bateu na barreira. O Santa Cruz ameaçou uma reação nos minutos finais do primeiro tempo, forçando algumas jogadas em cima de nossa defesa, que aceitou a pressão. Grafite caiu na área e o estádio inteiro pediu pênalti, mas o próprio atacante do Santa admitiu que o lance foi normal na saída para o intervalo.
SEGUNDO TEMPO
Doriva acertou o meio-campo de seu time colocando o meia Arthur no lugar de Derley, com Pisano voltando um pouco para ocupar o espaço. Com 1 a 0 no placar, e com o adversário abrindo o meio-campo, o Palmeiras tinha a configuração perfeita para seu ataque veloz aproveitar e abrir vantagem – mas Cuca, sem saber da mudança, estragou tudo ao tirar Erik, amarelado, e colocando Leandro Pereira. Não era jogo para o camisa 30 e nosso ataque ficou lento, previsível. O Santa aproveitou e tomou conta do jogo.
A primeira chance do segundo tempo ainda foi do Palmeiras: Roger Guedes insistiu numa bola perdida na direita e cruzou; Zé Roberto e Gabriel Jesus trombaram na tentativa de finalização, mas mesmo assim a bola sobrou para Leandro Pereira, que chutou sem muita força, facilitando para Kölln.
O Santa estava decidido. Aos 5, após escanteio batido por Keno pela esquerda, Gabriel Jesus tirou mal e Grafite quase fez de calcanhar – Jailson estava atento e defendeu. Aos sete, Keno arriscou uma batida de fora, de curva, mas ela saiu à direita da meta, com perigo. Aos dez, veio o empate: após troca de bolas do lado esquerdo, Arthur ficou livre após cochilo de Moisés, dominou na entrada da área e bateu colocado, na gaveta, sem chances de defesa.
Cuca reagiu tirando Egídio, deslocando Zé Roberto para a lateral para a entrada de Cleiton Xavier. Aí começou a consertar a bobagem que fez. O toque de bola do time melhorou bastante. Aos 19, Cleiton brigou na esquerda e ganhou lateral; ele mesmo cobrou rápido para Gabriel Jesus que entrou driblando na área; com pouco ângulo, tentou concluir a gol e Kölln fez a defesa – Roger Guedes fechava em boas condições pelo meio.
Aos 20, saiu o segundo: Cleiton Xavier articulou a jogada no meio-campo; Moisés recebeu e esticou na área; Néris rebateu quando Edson Kölln saía da meta e deixou o gol livre; Leandro Pereira foi esperto, percebeu o descompasso e tocou de primeira, com força, para o gol aberto. 2 a 1 Verdão.
Não deu tempo de aproveitar a vantagem e o espaço que o Santa Cruz fatalmente cederia: aos 23, numa bola alta na lateral da área, Jean fez um pênalti bobo em cima de Arthur. Dewson Freitas marcou; Grafite bateu bem e empatou novamente.
Precisando da vitória, o Verdão lançou-se à frente e voltou a comandar o jogo, ainda mais depois que Doriva, num acesso de loucura, colocou Wagner no lugar de Pisano, desarrumando todo o meio-campo que estava acertadinho. O Verdão aproveitou e chegou ao gol da vitória: aos 32, Jean roubou a bola no meio-campo, perto da lateral, e abriu para Cleiton Xavier; com muita visão, percebeu Roger Guedes se infiltrando no meio de três defensores e tocou por baixo, de curva, na marca do pênalti; Roger Guedes deu o tapa no contrapé de Kölln e fez o terceiro. Golaço.
O Santa Cruz reagiu e tentou o empate com todas as forças. O Palmeiras não conseguia ficar com a bola no pé e passamos quinze minutos de muita apreensão. Aos 38, Grafite aproveitou um estouro do goleiro, colocou na frente, ganhou de Vitor Hugo e entrou na área; pressionado por Jean bateu forte, mas Jailson fez uma defesa espetacular e salvou o Verdão do empate. Mesmo com Thiago Santos no lugar de Roger Guedes, o Palmeiras tomava sufoco. Aos 48, Dewson Freitas inventou uma falta de Gabriel Jesus perto da área e ainda lhe aplicou cartão amarelo. Na cobrança, quatro jogadores do Santa estavam impedidos; o bandeira não marcou nada e Arthur cabeceou livre, para fora. Que sufoco! Aí o jogo acabou.
FIM DE JOGO
A defesa do Santa Cruz, por baixo, é uma mãe; não é à toa que está na vice-lanterna do campeonato. O Palmeiras não tem nada com isso e buscou os três pontos, cumprindo sua obrigação. Não temos mais que nos preocupar em convencer ninguém, e sim em buscar o resultado, o que interessa é fazer mais gols que o adversário. Tomou dois? Faz três e tá tudo certo. É assim que o time vai sustentando a liderança e minando a confiança dos adversários, que correm, correm, correm, mas não nos alcançam. O time agora vai a Londrina enfrentar o América “fora de casa” e conta com a volta de Dudu. Faltam dez jogos. Cabeça fria, humildade, pensando jogo a jogo, e VAMOS PALMEIRAS!