Jogo razoável. Abrimos o placar logo no começo mas 2 substituições por lesão ainda no primeiro tempo, além das ausências no ataque por suspensão, deixaram o time bastante descaracterizado e com dificuldades para ampliar o marcador.
Tomamos o empate num lance de pura sorte do adversário e o juizão ainda não deu um pênalti claro a nosso favor. Resultado final com certo gosto amargo, mas 1 ponto na conta que não é de todo ruim (nos mantém na liderança isolada).
Agora é recuperar esses 2 pontos perdidos contra o Inter, em Porto Alegre.
Jogo válido pela 14ª rodada do Brasileirão 2016.
PALMEIRAS 1 X 1 SANTOS
Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Data-Hora: 12/7/2016 – 20h30
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (FIFA-GO)
Auxiliares: Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (FIFA-SP) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP)
Público/renda: 40.035 pagantes/R$ 2.847.298,80
Cartões amarelos: Arouca, Moisés e Erik (PAL), Gabigol e Zeca (SAN)
Cartões vermelhos: –
Gols: Mina (6’/1ºT) (1-0) e Gabigol (10’/2ºT) (1-1)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Mina (Edu Dracena, aos 48’/1ºT), Vitor Hugo e Zé Roberto; Matheus Sales, Tchê Tchê e Moisés (Arouca, aos 12’/1ºT); Erik, Dudu e Lucas Barrios (Leandro Pereira, aos 12/2ºT). Técnico: Cuca.
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia, Renato, Vitor Bueno (Copete, aos 17/2ºT) e Lucas Lima; Gabigol (Yuri, aos 47’/2ºT) e Rodrigão (Joel, aos 48/2ºT). Técnico: Dorival Júnior.
Palmeiras e Santos já duelaram 75 vezes no Palestra Italia; confira retrospecto
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
12/07/2016 – 12:25h
O clássico entre Palmeiras e Santos desta terça-feira (12), às 20h30, no Allianz Parque, colocará frente a frente duas equipes com grande histórico de embates na casa palmeirense. Ao todo, os rivais já se enfrentaram 75 vezes no Palestra Italia, sendo 40 vitórias alviverdes, 21 empates e 14 triunfos do time do litoral de São Paulo.
Extremamente favorável ao Verdão, o retrospecto de confrontos do clássico no Palestra Italia teve seu primeiro capítulo em 1921, quando o Alviverde goleou o Santos por 6 a 1. Naquela oportunidade, a equipe da casa foi a campo com Primo; Bianco Gambini e Gasperini; Bertolini, Picagli e Ítalo; Forte, Zanella, Heitor, Imparato e Martinelli – os gols foram anotados por Imparato (3), Heitor, Forte e Bertolini.
A maior série de jogos invictos no clássico dentro do Palestra Italia aconteceu entre os anos de 1937 e 1955. Foram 18 anos sem perder para o Santos, totalizando 13 partidas, com nove vitórias e quatro empates.
Outra sequência de invencibilidade, esta a maior considerando apenas o período de tempo, aconteceu entre 1970 e 1993. O Palmeiras conquistou cinco vitórias e seis empates, totalizando onze partidas, ao longo de 23 anos.
Desde a reforma do estádio e a conclusão do Allianz Parque, os times se enfrentaram quatro vezes na casa alviverde, com direito a decisão de título da Copa do Brasil 2015. O Palmeiras venceu três jogos (incluindo a final do torneio nacional, com direito a disputa de pênaltis na sequência e tento histórico anotado por Fernando Prass) e empatou uma vez.
Retrospecto geral
Considerando todos os jogos da história entre Palmeiras e Santos, a vantagem também é palestrina. Foram 323 embates, com 136 vitórias do Verdão, 85 empates e 102 derrotas. O Alviverde marcou 548 gols e foi vazado em 462 oportunidades.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
O Palmeiras empatou com o Santos no fechamento da 14ª rodada do Brasileirão e continua na liderança isolada do campeonato, mas agora com apenas um ponto de vantagem para o vice-líder. O time sentiu bastante os desfalques de Gabriel Jesus e Roger Guedes, bem como a saída de Moisés logo com dez minutos, desmontando o plano de jogo. O time agora passa a pensar no Inter, adversário do próximo domingo em Porto Alegre, em jogo em que qualquer ponto é sempre lucro, mas precisa pensar mesmo é na vitória para impedir que outro time nos time a liderança.
PRIMEIRO TEMPO
Cuca escondeu até o fim que Moisés e Tchê Tchê estavam liberados clinicamente e os mandou para o jogo. Moisés alinhou ao lado de Matheus Sales, formando a dupla de volantes, enquanto que Barrios ficou incumbido de fazer o comando do ataque, municiado por Dudu, Tchê Tchê e Erik. O time se postou de forma mais recuada que o habitual, dando espaço e a posse de bola ao Santos, apostando no jogo de velocidade.
O Santos entrou em campo muito nervoso, contaminado talvez pela atmosfera que antecedeu ao jogo. As bolas chegavam nos avantes santistas e morriam: em Gabriel, porque estava pilhadinho, em Lucas Lima, por causa do efeito-bolso, e em Rodrigão, porque é muito ruim de bola. Assim, o jogo se desenhou muito travado desde o início.
Mas aos seis minutos o Verdão chegou ao gol, em jogada de escanteio pela direita, após jogada de Jean. Dudu bateu no primeiro pau, Mina fez o deslocamento básico, a defesa do Santos vacilou e o colombiano teve até que se curvar no ar para cabecear tranquilamente no canto direito de Vanderlei, que não teve o que fazer.
O Santos quase respondeu aos dez minutos, após cobrança de falta rápida do lado esquerdo; nossa defesa ficou esperando o apito do juiz, Lucas Lima rolou rápido para Vitor Bueno, que chutou forte da entrada da área, sem marcação – a bola passou lambendo a trave esquerda de Fernando Prass.
O jogo seguia travado e os times chegavam com perigo somente quando as defesas cometiam erros. Aos 19, Zeca foi pressionado por Dudu e recuou mal para Vanderlei; Barrios chegou antes e tentou fazer o gol – sem ângulo, mandou para fora. Seguiu-se então um longo perde-e-ganha no meio do campo. O chute a gol seguinte aconteceu apenas aos 30 minutos, quando Matheus Sales aproveitou um raro espaço na intermediária e foi avançando; sem ter com quem tocar, bateu de fora, de perna esquerda. Claro que não levou perigo algum; o lance foi um retrato perfeito do que foi o jogo no primeiro tempo.
Mas o Palmeiras seguia tentando. Aos 34, Tchê Tchê recebeu de Jean pela direita, cortou pelo meio e bateu de fora, buscando o ângulo esquerdo de Vanderlei, mas errou o alvo. O Verdão não tinha coordenação ofensiva e apostava apenas na velocidade na troca de passes, mas se ressentia de um atacante com mais mobilidade.
Aos 40, Gabriel bateu uma falta da direita; Fernando Prass saiu mal e não pegou nada, Rodrigão fechou no segundo pau mas não alcançou a bola, para nossa sorte. Já nos acréscimos, Mina disputou uma bola na intermediária e sentiu uma contusão muscular – precisou dar lugar a Edu Dracena e saiu consternado do gramado. No único lance após a substituição, Gabriel mais uma vez cruzou para nossa área e Lucas Lima se antecipou a Edu Dracena, ainda frio, e quase empatou.
SEGUNDO TEMPO
Com duas alterações forçadas por lesão, Cuca voltou sem mexer no time para o segundo tempo – Cleiton Xavier seria uma ótima alternativa para mudar o panorama do jogo. Mas a primeira impressão do segundo tempo é que o time voltaria diferente: Dudu enfiou ótima bola para Erik, que entrou na área e tentou bater, mas foi pressionado por Gustavo Henrique e, desequilibrado, bateu fraco em cima de Vanderlei – a bola saiu a escanteio. Na cobrança, Edu Dracena cabeceou bem, mas Vanderlei defendeu mais uma vez.
Esses lances deram a falsa ideia de que o Verdão voltaria no segundo tempo para decidir o jogo logo no início. Mas o time seguiu engessado, e a bola continuou no pé do time do Santos. E na mão também: aos cinco, Wilton Sampaio não marcou pênalti de Zeca, que bateu com o braço na bola após cobrança de falta da direita. No primeiro tempo, ele marcou infração muito semelhante de Barrios, na intermediária.
O lance foi decisivo, pois pouco depois, aos dez, o Santos chegou ao empate num lance de muita sorte: Gabriel pegou uma bola espirrada do lado direito, cortou para o meio e, sem espaço, bateu de qualquer jeito; a bola estava fácil para Fernando Prass, mas desviou em Vitor Hugo no meio do caminho e matou nosso goleiro, morrendo no canto direito de nossa meta.
Não se pode dizer que o empate era injusto pelo que os times estavam jogando. Mas o Santos, embora tivesse mais volume de jogo, não exigia uma grande atuação de Prass. De qualquer forma, o gol de empate pedia uma mudança na atitude do Palmeiras, que não aconteceu, mesmo com a tentativa de Cuca ao promover a reestreia de Leandro Pereira, que entrou no lugar de Barrios.
Aos 16, Matheus Sales puxou um bom contra-ataque, tentou a enfiada para Leandro Pereira que ainda contou com o erro na cobertura de Gustavo Henrique e conseguiu bater para o gol – por cima. O Santos respondeu seis minutos depois, em boa jogada de Zeca, que tocou para Lucas Lima no miolo; ele abriu a passada e bateu forte, mas a bola saiu por cima – passou perto.
Sentindo demais a ausência dos desfalques, o Palmeiras passava longe daquele time que controla a partida e troca passes com rapidez, atordoando o adversário. Assim, as chances que apareciam eram apenas frutos de lampejos individuais, como aos 24, em que Tchê Tchê rolou para Dudu dentro da área, absolutamente cercado; ele gingou para um lado, ameaçou, cortou para o outro e teve que bater, mas a bola ficou fácil para Vanderlei.
Aos 30, finalmente o juiz parou um lance de mão na bola do Santos, em falta frontal a três metros da linha da área. Depois de uma discussão entre os jogadores causada por mais uma babaquice de Gabriel, a jogada ensaiada não foi bem executada e parou na barreira. O Santos puxou o contra-ataque rápido e Vitor Ferraz conseguiu ótimo cruzamento da direita, por baixo; Gabriel tinha tudo para virar o jogo mas furou, a bola ficou viva na área e Thiago Maia bateu por cima.
Já perto dos 45, o Santos por fim deu-se por satisfeito com o empate, e assim deu mais espaço para o Palmeiras, que lembrou-se que estava jogando em casa e que precisava responder ao apoio maciço das arquibancadas, que viram público recorde no Allianz Parque. nessa última tentativa, Dudu enfiou boa bola na área; Erik fez o corta-luz e Leandro Pereira desviou para o gol, mas Vanderlei estava atento. E assim terminou o jogo.
FIM DE JOGO
O resultado poderia ter sido bem melhor, claro. Mais de 40 mil pessoas que pagaram caro pelo ingresso mereciam mais atitude do time. Mas é necessário compreender que o grupo em campo também sofreu com as baixas por suspensão e lesões e que é natural que o ritmo fosse quebrado, sobretudo porque o adversário não é um time da rabeira do campeonato. E mesmo assim o Santos não fez grandes ameaças a nossa meta; só fez um gol, e na sorte, e tem que agradecer ao árbitro pelo pênalti não marcado.
Ver a vantagem na tabela diminuir para apenas um ponto é ruim, mas tem seu lado positivo: mantém o time ligado, sem acomodação, e pode servir para que os atletas entrem mais dispostos a buscar a vitória no Beira-Rio, para não enfileirar duas partidas sem vencer, algo inédito o campeonato até agora. Ainda mais com a volta de Gabriel Jesus e de Roger Guedes, algo que aumenta nossas esperanças. VAMOS PALMEIRAS!