(Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
Até que enfim uma goleada, porém, ainda com problemas sérios na armação de jogadas e no controle do jogo.
Parece que esses caras não treinam.
Jogo válido pela 6ª rodada do Paulistão 2016.
FICHA TÉCNICA
XV DE PIRACICABA 1 X 4 PALMEIRAS
LOCAL: estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba (SP)
DATA-HORA: 25/2/2016 – 21h30 (horário de Brasília)
ÁRBITRO: Thiago Luís Scarascati
AUXILIARES: Marcelo Carvalho Van Gasse e Evandro de Melo Lima
PÚBLICO-RENDA: 10.836 pagantes / R$ 453.950,00
CARTÕES AMARELOS: Lucas, Jean (PAL)
GOLS: Vitor Hugo 41′ 1ºT (0-1), Gabriel Jesus 1′ 2ºT (0-2), Rivaldinho 6′ 2ºT (1-2), Alecsandro 16′ 2ºT (1-3), Gabriel Jesus 20′ 2ºT (1-4)
XV DE PIRACICABA: Bruno Brígido, Daniel, Fábio Sanches, Heitor e Julinho; Magal, Clayton, Gerson Magrão (Patrick 18′ 2ºT) e Gilsinho (Henrique Santos 7′ 2ºT); Fabinho e Rivaldinho (Aloísio 30′ 2ºT). TÉCNICO: Narciso
PALMEIRAS: Fernando Prass, Lucas (Arouca 15′ 2ºT), Roger Carvalho, Vitor Hugo e Egídio; Thiago Santos, Jean e Robinho; Dudu (Allione 28′ 2ºT), Gabriel Jesus e Alecsandro (Cristaldo 38′ 2ºT). TÉCNICO: Marcelo Oliveira
Título paulista sobre o XV completa 40 anos em 2016; confira retrospecto
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
24/02/2016 – 16:52h
O Palmeiras comemora em 2016 exatos 40 anos do título do Campeonato Paulista de 1976, conquistado justamente sobre o XV de Piracicaba, adversário desta quinta-feira (25). Além da óbvia importância histórica pela conquista do troféu estadual, o triunfo ficou marcado por ter sido o último campeonato vencido por Ademir da Guia, eterno número 10 do Verdão, com a camisa do clube.
Além da participação do Divino, o Paulistão daquele ano teve Dudu como técnico do Palmeiras – o meio-campista havia parado de jogar poucos meses antes, ainda com o manto palestrino. Outro fator histórico é o recorde de público do Palestra Italia que foi registrado no jogo decisivo entre Palmeiras e XV de Piracicaba – naquela oportunidade, 40.283 torcedores acompanharam a vitória por 1 a 0 do Alviverde. A marca não foi batida até hoje, mesmo após a reforma do estádio e a utilização do nome Allianz Parque.
No jogo do título, disputado no dia 18 de agosto, o Palmeiras foi a campo com Leão; Valdir, Samuel, Arouca e Ricardo; Pires, Ademir da Guia e Jorge Mendonça; Edu Bala, Toninho e Nei. O gol solitário foi anotado por Jorge Mendonça, aos 39 minutos da etapa inicial.
Retrospecto geral
Ao todo, Palmeiras e XV de Piracicaba já se enfrentaram 91 vezes, com 59 vitórias palestrinas, 23 igualdades e apenas nove reveses. O Verdão marcou 179 gols e foi vazado em 79 oportunidades. Considerando apenas partidas válidas pelo Paulistão, a vantagem segue verde e branca: 77 jogos, 52 triunfos, 16 empates e as mesmas nove derrotas.
Os atletas do Palmeiras que mais enfrentaram a equipe do interior de São Paulo são Ademir da Guia, com 20 jogos (sendo 17 vitórias, dois empates e uma derrota), Valdemar Carabina (19 partidas, 13 triunfos, 4 igualdades e 2 reveses) e Waldemar Fiúme (18 encontros, com 15 jogos vencidos e três empates).
No estádio Barão de Serra Negra, palco do duelo desta quinta-feira (25), as equipes já duelaram 48 vezes, com 26 vitórias palmeirenses, 14 empates e oito triunfos do time da casa.
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Pós-Jogo
Fonte: http://www.verdazzo.com.br/jogo/ficha/id/5855/xv-de-piracicaba-1-x-4-palmeiras
O Palmeiras mostrou evolução em relação aos jogos anteriores e construiu um belo placar em Piracicaba, vencendo o XV por 4 a 1 e tranquilizando a situação na tabela. O time chega a nove pontos e segue na liderança do grupo, que esteve muito ameaçada após a sequência sem vitórias. A próxima partida, que deve ter um time, no mínimo, misto, é contra a Ferroviária no Allianz Parque, mas a cabeça já está no Rosario Central, nosso adversário no meio de semana pela Libertadores.
PRIMEIRO TEMPO
Sem surpresas em relação à escalação esperada, o Palmeiras começou o jogo já mostrando uma cara nova, com um posicionamento diferente do usual. Robinho, Dudu, Gabriel Jesus e Alecsandro se posicionaram mais próximos uns dos outros, e as chegadas dos volantes e dos laterais permitiram mais trocas de passes e triangulações. Mas mesmo com essa nova disposição, o time ainda esbarrava na marcação do adversário e não conseguia chegar com perigo perto da área do XV. Ainda faltava aquele algo a mais – que viria ainda durante o jogo.
Na defesa, com Jean e Thiago Santos bem posicionados, a zaga pouco sofria. Alguns espaços apareciam nas costas de Egídio, provavelmente um risco calculado (quero crer nisso). O problema maior era nas bolas paradas, onde mais uma vez o sistema defensivo permitiu que os adversários cabeceassem com tranquilidade contra nossa meta – felizmente errando o alvo em todas.
O primeiro tempo transcorreu sem grandes ameaças aos goleiros. O primeiro grande lance do Verdão aconteceu só aos 35 minutos, quando Dudu recebeu uma bola do lado esquerdo, partiu pra cima do zagueiro, cortou para o meio e bateu de chapa, cruzado, buscando o canto esquerdo de Bruno Brígido, mas errou o alvo.
Aos 39, Julinho conseguiu boa jogada pela esquerda e cruzou rasteiro; Gerson Magrão se preparava para bater quando percebeu Roger Carvalho dando o bote com os braços para o alto, tentando se equilibrar – aí bateu na bola de qualquer jeito para que batesse em nosso zagueiro e caracterizasse o pênalti, mas o juiz preferiu não marcar. Se tivesse marcado, ninguém poderia reclamar.
Um minuto depois, o Palmeiras chegou ao gol: após escanteio pela esquerda batido por Robinho; Vitor Hugo se antecipou à zaga e fez mais um belíssimo gol de cabeça, colocando a bola no canto esquerdo de Bruno Brígido e fazendo relativa justiça no placar: se alguém tivesse que ir para os vestiários na frente, seria o Palmeiras.
SEGUNDO TEMPO
Em contraste ao primeiro tempo, a segunda parte do jogo foi bem mais intensa no que diz respeito a chances de gol. Logo a dois minutos, Lucas iniciou a jogada ao se jogar na bola e impedir que ela saísse de campo; lançou para Dudu que ligou rápido com Alecsandro, que se projetou em diagonal pela direita; o centroavante percebeu a penetração de Gabriel Jesus na área e cruzou por baixo – Gabriel dividiu com o zagueiro e a bola morreu nas redes de Bruno Brígido. Um belo gol, numa ótima construção coletiva.
A partida parecia resolvida; o XV estava tão abatido quanto sua torcida e não dava sinais de reação. Mas um lance fortuito, aos seis minutos, mudou esse panorama: Rivaldinho, cercado por dois zagueiros, insistiu numa jogada quase morta, acreditou e disparou de longe, do jeito que deu; a bola desviou em Vitor Hugo e encobriu Fernando Prass, que não teve chances. Na comemoração, dedicou ao pai de uma maneira estranha, parecia haver alguma mágoa da família com o Palmeiras. É bom lembrar que Rivaldo, quando saiu do Uzbequistão, negociou com o Palmeiras mas foi rejeitado justamente por Felipão – Rivaldo acabou indo para o SPFC onde não teve uma passagem lá muito feliz.
O XV e a torcida local se animaram bastante com o gol e ensaiaram uma pressão, mas o Palmeiras respondia com jogadas velozes. Aos sete, Gabriel Jesus disparou pela esquerda, invadiu a área e rolou para Dudu, que chegava de frente para o gol; o camisa 7 tentou mais uma batida de chapa, com o gol inteiro à disposição, mas concluiu em cima do goleiro, que pegou firme.
Aos 8, Lucas demorou um pouco para bater um lateral e foi exageradamente advertido pelo juiz com um cartão amarelo. Quatro minutos depois, cometeu uma falta mais dura que, essa sim, mereceria um amarelo – mas o árbitro compensou deixando barato. Marcelo Oliveira rapidamente trocou Lucas por Arouca, deslocando Jean para a lateral.
Antes que o XV criasse uma pressão definitiva, o Palmeiras voltou a ampliar: saída de bola errada do XV; Thiago Santos cortou no meio do campo; a bola foi na direção de Fabio Sanches que errou o domínio. Robinho dividiu com o zagueiro quinzista e a bola sobrou para Alecsandro, sem marcação, na meia-lua. Mesmo com Dudu livre, ele seguiu seu instinto e bateu para o gol, forte, rasteiro; o goleirão podia ter feito a defesa, mas acabou colaborando e o Palmeiras abriu 3 a 1.
Aos 19, Gabriel Jesus foi escandalosamente empurrado na área por Heitor, mas o juiz aparentemente não viu. Aos 21, o Verdão fechou a tampa do caixão com um golaço de Gabriel Jesus: Robinho, do campo de defesa, fez um lançamento perfeito para o camisa 33, que percebeu o goleiro adiantado, dominou a bola e da intermediária colocou por cima de Bruno Brígido, com muita categoria. Gabriel chegou à artilharia do Palmeiras no ano com quatro gols.
E podia ter sido de mais não fosse de novo a arbitragem: Robinho bateu falta da direita; a defesa rechaçou e Egídio cruzou novamente, da esquerda; Gabriel Jesus, vindo de trás, dominou na frente do goleiro mas preferiu servir Dudu; na mesma linha da bola, ele escorou para o gol vazio mas o bandeirinha parou a jogada.
Daí pra frente, o jogo seguiu morno; Marcelo Oliveira mandou Cristaldo e Allione nos lugares de Alecsandro e Dudu, mas o jogo já tinha baixado muito a temperatura. Houve tempo para, nos descontos, Fernando Prass mostrar todo seu reflexo numa finalização à queima-roupa, da pequena área, de Patrick. E o jogo acabou.
FIM DE JOGO
A torcida ficou eufórica com o placar. Não foi para tanto, o time ainda mostrou defeitos na construção de jogadas, na cobertura dos laterais e no posicionamento das bolas paradas. Mas já exibiu uma disposição em evoluir, com os jogadores mais próximos entre si e se deslocando mais, buscando sair da marcação adversária – claro, era apenas a defesa do XV. Mas se queríamos uma evolução, um sinal, conseguimos. Fica a curiosidade para verificar se a tendência se repete no domingo, no difícil jogo contra a Ferroviária. VAMOS PALMEIRAS!