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Palmeiras 2 x 2 São Bento – 04/02/2016

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(Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

O gol aos 5 min deu a impressão de que seria uma partida fácil. Ledo engano.

Uma pixotada do zagueirão palestrino deu a virada ao adversário, porém os comandados de Marcelo Oliveira acharam um gol no fim e o empate saiu com gosto de vitória.

Jogo válido pela 2ª rodada do Paulistão 2016.

FICHA TÉCNICA

LOCAL: Pacaembu, São Paulo (SP)
DATA-HORA: 4/2/2016 – 21h (horário de Brasília)
ÁRBITRO: Flávio de Rodrigues de Souza
AUXILIARES: Danilo Ricardo Simon Manis e Vitor Carmona Metestaine
PÚBLICO/RENDA: 17.663 pagantes/R$ 496.340,00
CARTÕES AMARELOS: Leandro Almeida e Thiago Santos (PAL), Fernandinho, Rodriguinho, Éder (SBE)
CARTÕES VERMELHOS: –
GOLS: Gabriel Jesus (5’/1ºT) e João Paulo – contra (45’/2ºT) (PAL); Éder (33’/1ºT) e Morais (40’/1ºT) (SBE)

PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Leandro Almeida, Vitor Hugo e Egídio; Thiago Santos, Jean (Régis, aos 13’/2ºT) e Robinho; Dudu, Gabriel Jesus (Erik, aos 20’/2ºT) e Barrios (Alecsandro, aos 20’/2°T). Técnico: Marcelo Oliveira.

SÃO BENTO: Henal; Régis (Bebeto, aos 23’/2ºT), Pitty, João Paulo e Marcelo Cordeiro; Fábio Bahia, Eder, Morais e Clebson (Serginho Catarinense, aos 22’/2ºT); Rodriguinho e Rossi (Fernandinho, aos 27’/2ºT). Técnico: Paulo Roberto Santos.

Palmeiras já marcou 100 gols sobre o São Bento em Paulistas; veja retrospecto

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
03/02/2016 – 17:53h

Após iniciar o Campeonato Paulista vencendo o Botafogo-SP, fora de casa, por 2 a 0, o Palmeiras faz seu primeiro jogo como mandante nesta quinta-feira (04), contra o São Bento, no estádio do Pacaembu. O rival da cidade de Sorocaba já cruzou o caminho alviverde no torneio estadual em 57 oportunidades – foram 35 vitórias, 10 empates, 12 derrotas e cravados 100 gols marcados pelo Verdão.

O primeiro encontro entre as duas equipes na competição paulista aconteceu em 21 de julho de 1963, quando empataram em 2 a 2 – os gols do Verdão foram anotados por Paulo Leão e Tupãzinho. Já a última partida aconteceu em fevereiro de 2015, no estádio Walter Ribeiro, em Sorocaba, e foi vencida pelo Palmeiras: 1 a 0, gol do atacante Dudu.

Sem ser derrotado pelo São Bento desde 1990 – 1 a 0 a favor do time da casa, em partida disputada no interior de São Paulo –, a invencibilidade palestrina aumenta ainda mais se considerados apenas jogos na capital paulista. O último revés alviverde aconteceu em 1978, quando também foi superado por 1 a 0.

No estádio do Pacaembu, palco da partida desta quinta-feira (04), o Verdão nunca perdeu para o São Bento em Campeonatos Paulistas. Foram nove jogos, com sete vitórias e dois empates. A última vez que os clubes mediram forças no Municipal foi em agosto de 1985. Naquela oportunidade, o Alviverde venceu por 1 a 0, gol de Reinaldo Xavier.

Retrospecto geral

Ao todo, as equipes já se enfrentaram 65 vezes. Foram 38 vitórias palmeirenses, 12 empates e 15 derrotas. Os maiores artilheiros da história do confronto são César Maluco (13 gols), Servílio (9 gols), Ademir da Guia e Leivinha (8 gols) e Tupãzinho (6 gols).

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Fonte: http://www.verdazzo.com.br/jogo/ficha/id/5851/palmeiras-2-x-2-sao-bento

O Palmeiras apenas empatou com o São Bento no Pacaembu, mas diante das circunstâncias pode até comemorar o resultado. Depois de começar jogando muito bem e sair na frente no placar, tomou o empate numa bola parada e a virada num lance bizarro de Leandro Almeida, que deflagrou uma nhacageneralizada no estádio e desestabilizou a equipe. O resultado mantém o time invicto no campeonato, mas melhor do que isso, causou a saída do 44 dos titulares e talvez até do banco; não corremos o risco de mais entregadas na Libertadores. É o que tem pra hoje.

PRIMEIRO TEMPO

O início foi promissor. De forma corajosa, Paulo Roberto Santos tentou repetir a tática do Botafogo e subiu a marcação, para forçar nosso time a dar mais chutões. Não funcionou, porque a saída de bola foi buscada a qualquer custo – até quando não devia, como veremos mais à frente. E assim o Palmeiras envolveu o Azulão e chegou ao gol com facilidade logo aos cinco minutos: Thiago Santos, do meio do campo, esticou para Barrios, que ajeitou de cabeça para Robinho que vinha de trás; de frente para o lance, ele enfiou para Gabriel Jesus na área e o menino dominou e concluiu com força, pelo alto, vencendo Henal.

O Palmeiras continuou dominando o jogo e a impressão é que uma grande goleada seria construída. A bola chegava na área do São Bento com muita tranquilidade; o time de Sorocaba parecia à mercê de nossos jogadores. Mas aos poucos a marcação foi encaixando, de repente a troca de passes entre Robinho, Dudu, Barrios e Gabriel Jesus deixou de fluir, e o visitante ganhou o meio-campo.

Com Morais se movimentando bastante e ganhando a maioria das jogadas em cima de Thiago Santos, o São Bento passou a incomodar, sobretudo com jogadas de Rossi pela direita, em cima de Egídio. Até que aos 30, após cobrança de falta pela direita, Marcelo Cordeiro levantou em nossa área; Éder conseguiu um leve desvio e colocou no cantinho de Fernando Prass; mas o bandeira anulou alegando impedimento. Nem com o replay congelado na linha da defesa é possível cravar se acertou ou não. Prevaleceu uma das leis mais antigas do futebol: lance duvidoso, na casa do grande, contra um pequeno, é sempre a favor do grande.

Mas o São Bento estava realmente melhor em campo e o mesmo Éder conseguiu o empate três minutos depois: após escanteio cobrado da esquerda, a defesa o deixou absolutamente livre no segundo pau (vejam a imagem); a bola foi cobrada na primeira trave, Barrios desviou exatamente onde Éder estava e ele teve tempo de dominar e fuzilar Prass.

 

O jogo esquentou, e o Palmeiras quase fez o segundo aos 35 com Jean, após mais uma boa jogada de pivô de Barrios. Um minuto depois, Rossi fez um carnaval pelo lado direito, invadiu a área e cruzou rasteiro para Morais, que escorou por cima, chance claríssima de gol. E o São Bento conseguiu a virada aos 40, numa pixotada monumental de Leandro Almeida. Talvez pressionado pela determinação do treinador de não sair dando chutão, nosso zagueiro, cercado por Morais dentro da área, tentou achar Lucas do lado direito com um passe por cima; mesmo baixinho, Morais cortou o passe e dominou junto à linha de fundo. Leandro Almeida foi seco pra tentar afastar e tomou um corte humilhante do jogador do São Bento, que ficou frente a frente com Fernando Prass e virou o jogo fazendo um golaço.

A torcida perdeu completamente a paciência, o time ficou nervoso e felizmente o primeiro tempo acabou rápido. O intervalo seria decisivo: se o treinador conseguisse recolocar o time no foco e pusessem em prática o que foi treinado, a virada viria. Mas essa missão era dificílima, sabemos.

SEGUNDO TEMPO

Sem alterações, o time até voltou com bastante disposição. Mas a nhaca no estádio era algo intransponível. Para não queimá-lo, Marcelo Oliveira manteve Leandro Almeida no campo, e a cada toque na bola era uma vaia Wesleyesca.

O Palmeiras cercava a área do São Bento e conseguia as finalizações, sobretudo nos quinze primeiros minutos. Aos 4, Dudu recebeu bom passe de Robinho, invadiu a área pela direita e soltou o canudo; Henal fez boa defesa. Aos 7, de novo Dudu: ele finalizou cruzado após boa trama pela direita entre Robinho e Lucas, mas o chute saiu torto.

Um minuto depois, pelo lado esquerdo, Dudu cobrou lateral rápido e achou Robinho dentro da área enquanto a defesa do São Bento dormia; Robinho buscou Barrios na risca da pequena área; a defesa rebateu e Jean cabeceou para o gol da marca do pênalti, mas errou. Dois minutos depois, Dudu fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro, Barrios tentou a finalização de letra mas Henal estava bem colocado e defendeu firme.

Aos 13, começaram as mexidas de Marcelo Oliveira, mas elas não funcionaram e a intensidade do time baixou bastante. Primeiro, Régis entrou no lugar de Jean, marcando a estreia de ambos. Depois, Alecsandro e Erik renderam Barrios e Gabriel Jesus. O São Bento fechou o meio, com o volante Serginho Catarinense no lugar do meia Clebson. Depois, trocou o atacante Rossi por Fernandinho, que entrou para ajudar a segurar as descidas de Erik e Egídio pela esquerda.

O time não se achava mais e sequer ameaçava Henal, apesar de ter o controle absoluto da bola. Até que aos 37, Leandro Almeida tentou afastar uma bola; a perna direita tirou a bola da esquerda e o estádio explodiu em cólera. Não havia mais nenhuma chance do Palmeiras fazer um gol.

O time até criou mais duas oportunidades, com Lucas e Dudu, mas o gol saiu da única forma que poderia sair: tocado pela defesa do São Bento – aos 46, Robinho bateu o escanteio da esquerda; Vitor Hugo atacou a bola com o joelho, mas que colocou para dentro foi o zagueiro João Paulo. Um castigo para o time sorocabano, que terminou o jogo atacando o Verdão buscando a vitória.

FIM DE JOGO

O Palmeiras mostrou um belo futebol até tomar o gol, mas acredito que se fosse o Barcelona com o Leandro Almeida no lugar do Piqué, jogando de verde no Pacaembu, não teria melhor sorte: a atmosfera após a virada ficou insuportável; nossa torcida, todos sabem, somos assim mesmo. Empatar no fim até que aliviou um pouco. Definida (em coletiva do treinador após o jogo) a saída do 44 do time, agora é tentar achar alguma coisa fora do emocional para corrigir, se é que isso é possível. Não haverá jogo no carnaval, então Marcelo Oliveira tem mais uma semana inteira para buscar mais evolução. Esse tipo de coisa não pode acontecer em hipótese nenhuma na Libertadores. VAMOS PALMEIRAS!

 

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