Close

Botafogo-SP 0 x 2 Palmeiras – 31/01/2016

24113766313_383290d35b_o

(Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

Vitória tranquila na estréia do Paulistão 2016.

Vamos ver se o time engrena e vamos em busca de taças nesse ano promissor.

Jogo válido pela 1ª rodada do Paulistão 2016.

FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO-SP 0 X 2 PALMEIRAS

DATA E HORÁRIO: 31 de janeiro de 2016, domingo
LOCAL: Santa Cruz, Riberão Preto (SP), 19h30
ÁRBITRO: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza (SP)
ASSISTENTES: Anderson José de Moraes Coelho e Daniel Paulo Ziolli
CARTÕES AMARELOS: Mirita e César Gaúcho (BOT); Alecsandro e Robinho (PAL)
GOLS: Alecsandro – 15’/2ºT (0-1); Dudu – 41’/2ºT (0-2)
RENDA/PÚBLICO: R$ 897.130,00 /18.635 pagantes

BOTAFOGO-SP: Neneca; Daniel Borges, Caio Ruan, Mirita e Augusto Ramos; César Gaúcho, Rodrigo Thiesen, Danilo Bueno (Paulinho 32’/2ºT) e Vitinho; Diego Pituca (Serginho 21’/2ºT) e Nunes. TÉCNICO: Marcelo Veiga

PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Leandro Almeida, Vitor Hugo e Zé Roberto (Egídio 23’/2ºT) Thiago Santos (Roger Carvalho 32’/2ºT) e Arouca; Robinho, Dudu e Gabriel Jesus (Erik 28’/2ºT); Alecsandro. TÉCNICO: Marcelo Oliveira

Há 20 anos, Verdão aplicou a maior goleada da história sobre o Botafogo-SP

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
30/01/2016 – 15:00h

A partida de estreia do Palmeiras no Campeonato Paulista acontecerá neste domingo (31), em Ribeirão Preto, contra o Botafogo-SP, e o torcedor alviverde poderá relembrar um outro jogo, perante o mesmo adversário, realizado há 20 anos. Em 1996, o Verdão emplacou sonora goleada por 8 a 0 sobre o time do interior paulista – a maior da história do confronto –, com gols de Luizão (3), Djalminha (2), Cláudio, Alex Alves e Cafú.

Curiosamente, este resultado foi um dos seis únicos jogos na história palestrina que terminaram 8 a 0. Os outros foram contra o Combinado Americano/Brasil de Santos (1919), Santos (1932), Corinthians (1933), São Paulo de Araraquara (1942) e Sergipe (também em 1996).

No retrospecto geral de confrontos ante o Botafogo-SP, o Palmeiras também leva larga vantagem. Foram 104 partidas, 62 vitórias, 28 empates e apenas 14 derrotas. No estádio Santa Cruz, palco do duelo deste domingo (31), o Verdão venceu 14 das 34 disputas, empatou 13 vezes e foi derrotado em sete oportunidades.

Nos últimos 30 encontros – desde 1985 – entre as duas equipes, o Alviverde foi superado apenas duas vezes pelo time de Ribeirão Preto – uma em 2014 e uma em 1992. O restante dos jogos foi vencido pelo Verdão (19 vezes) ou terminou empatado (oito vezes).

O jogo mais recente aconteceu em 2015, válido pelas quartas de final do Campeonato Paulista, e o Verdão assegurou a vaga nas semifinais do torneio após superar o time interiorano por 1 a 0, no Allianz Parque, gol do atacante Leandro Pereira.

—————————————————————————————————

 

Fonte: http://www.verdazzo.com.br/jogo/ficha/id/5850/botafogo-sp-0-x-2-palmeiras

O Palmeiras venceu o Botafogo em Ribeirão por 2 a 0, e só precisou jogar o segundo tempo para fazer o resultado. Melhor que os três pontos foram as pistas deixadas por Marcelo Oliveira do trabalho que pretende fazer, com alterações interessantes no sistema de jogo e até na filosofia de trabalho – algo ainda a ser conferido na sequência da temporada, pois podem ter sido apenas impressões erradas.

A vitória, além dos três pontos e a liderança do grupo, traz aprovação da torcida e mais tranquilidade para que o treinador continuar fazendo suas observações, experiências e implementações. Seguimos observando.

PRIMEIRO TEMPO

A primeira grande surpresa foi a escalação de Thiago Santos no lugar de Matheus Sales. Contra uma equipe alta e forte fisicamente, nosso treinador optou por um volante com mais pegada e mais eficiente no jogo aéreo. Isto mostra que Marcelo pode aproveitar bem o vasto e qualificado elenco que tem nas mãos, com 18, 20 titulares; escalando o time de acordo com as características do adversário – uma mudança significativa em sua filosofia de jogo, algo que nunca fez antes em sua carreira.

E funcionou muito bem. Thiago Santos é cascudo e não deu mole para os catimbeiros jogadores do Botafogo, sobretudo o insolente Nunes, que se preocupou mais em tentar desestabilizar nossos atletas do que em jogar bola – afinal, nisso ele é bem fraco.

O primeiro tempo, no entanto, foi muito pobre em produção ofensiva dos dois lados, apesar de um começo quente: logo a 1 minuto, Arouca desarmou o ataque do Botafogo e lançou para Gabriel Jesus; em disparada a partir do campo de defesa, ele chegou à área de frente para o gol mas chutou mal, em cima de Neneca.

O que deu para notar foi que o time segue determinado a corrigir a saída de bola, buscando o toque em vez dos chutões na transição entre defesa e ataque. Mas o Botafogo não “colaborou”, subindo bastante a marcação na maior parte do tempo. O chutão passou a ser uma saída razoável para fazer a ligação, diante de uma defesa menos povoada. Não foi um bom jogo para evoluir esta determinação. Mesmo assim, em algumas situações era possível tentar o toque e o vício do balão falou mais alto.

Nosso sistema defensivo parece bem mais guarnecido – chegamos ao terceiro jogo do ano sem tomar gols – algo que somado à ruindade do Nunes explica por que não sofremos quase nenhum susto; só aos 40, num chute de Vitinho da meia-lua, aproveitando uma jogada em que Leandro Almeida e Nunes se enrolaram e Vitor Hugo acabou não acompanhando a sequência – Prass se esticou e mandou a escanteio.

Mas não criamos nada. A articulação foi nula, sobretudo porque Robinho e Gabriel Jesus estavam em noites irregulares, sem muita movimentação. Alecsandro saiu de campo para o intervalo com declarações francas, constatando a deficiência do meio-campo e justificando em parte sua baixa produção – mas o fez de forma honesta, sem se eximir da responsabilidade e sem queimar os companheiros.

SEGUNDO TEMPO

A conversa no vestiário deve ter sido boa. O time voltou mais determinado, e a primeira chance apareceu aos 6, com Alecsandro saindo da área para fazer o pivô; ele enxergou Dudu em projeção e fez um passe de camisa 10; Dudu abriu demais a jogada e na hora de concluir ficou com pouco ângulo. Bateu para fora, mas levou perigo.

Depois de um susto, numa falta na lateral da área que Vitinho bateu direto para o gol e obrigou Prass a fazer uma boa defesa; o Verdão chegou ao gol aos 15: chutão de trás; a zaga rebateu de cabeça e Lucas aproveitou o rebote, cortando o zagueiro na matada e cruzando na área em busca de Alecsandro, que se deslocou e fez o movimento perfeito, testando para o chão em direção ao canto direito de Neneca; o goleiro conseguiu a defesa parcial, a bola bateu no travessão e voltou em seu punho, e voltando para dentro do gol. Merecidíssimo, pelo conjunto de atitudes de Alecsandro até o momento.

Aos 23, a primeira mexida: Egídio foi para o lugar de Zé Roberto. Em princípio, ninguém entendeu, já que outras peças estavam em noite ruim e podiam ser trocadas. Tudo fez sentido quando, aos 28, Marcelo tirou Gabriel Jesus e colocou Erik; e trocou Thiago Santos por Roger Carvalho. Foi montada uma linha de três zagueiros, e nosso meio-campo ficou extremamente dinâmico, com os laterais com liberdade total para descer. Arouca ficou fixo na proteção, Robinho ficou de sobreaviso e Dudu e Erik apoiavam os laterais e infernizaram pelos dois flancos – Egídio, solto, rende muito melhor. Dudu chegou a dar um drible antológico no pobre Caio Ruan, de letra, pelas canetas.

Contando também com o cansaço dos botafoguenses, o Palmeiras dominou amplamente o segundo tempo e chegou ao segundo gol num contra-ataque mortal: Erik roubou a bola no lado esquerdo da defesa (!), tocou para Robinho e saiu em disparada, atraindo os olhares da defesa; Dudu estava no meio do campo do lado direito e Robinho viu. O lançamento foi como um hail Mary de Aaron Rodgers, preciso, na medida para Dudu chegar à área e fuzilar Neneca, mandando a bola no canto esquerdo: dois a zero. E quase saiu o terceiro nos descontos; com o Botafogo nocauteado, Dudu aproveitou uma bola viva na área e tentou emendar um voleio, mas a bola saiu à direita. E o juiz encerrou a partida.

FIM DE JOGO

Será que Marcelo Oliveira pretende fazer mais variações na escalação conforme as características do adversário? Será que essa variação de esquema e de sistema será repetida? Será que Marcelo preparou mais variações? Será que a saída de bola continuará evoluindo?

São muitas questões que só o tempo responderá, mas a exibição de hoje nos permitiu sonhar com um time bem menos previsível que o do ano passado. Com um laboratório como o Campeonato Paulista, essas novidades poderão ser testadas sem maiores problemas, já que as vitórias devem vir de qualquer forma dado o baixíssimo nível técnico dos adversários.

E vamos combinar que o Botafogo é um dos times que parece ser dos menos ruins dentre os times do interior, tende a chegar no mata-mata e deve tirar pontos de gente grande. Melhor assim, esse já foi. Próximo!

VAMOS PALMEIRAS!

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.