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Palmeiras 2 (4) x (3) 1 Santos – 02/12/2015

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SÃO PAULO, SP – 02.12.2015: PALMEIRAS X SANTOS – Os jogadores da SE Palmeiras, comemoram a conquista da Copa do Brasil após jogo contra a equipe do Santos FC, na Arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco / Fotoarena)

É CAMPEÃO!

Jogando um bom futebol ficamos a frente do marcador (com 2 gols de diferença) durante quase todo o jogo. Aos 41 do 2º o castigo: o gol que levou o jogo aos temerosos pênaltis.

Seria muito cruel, para os quase 40 mil presentes e os milhões de apaixonados ligados na espetacular atmosfera de festa, essa taça não ficar no Palestra.

Prass é o cara. Além de pegar pênaltis também converteu a última cobrança da série nos dando o título. Salve salve Fernando Prass. Quase São Prass!!!

Místicas meias brancas!

Jogo de volta pela final da Copa do Brasil 2015.

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SÃO PAULO, SP – 02.12.2015: PALMEIRAS X SANTOS – O goleiro Fernando Prass, da SE Palmeiras, comemora a conquista da Copa do Brasil após jogo contra a equipe do Santos FC, na Arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco / Fotoarena)
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SÃO PAULO, SP – 02.12.2015: PALMEIRAS X SANTOS – O time da SE Palmeiras, posa para foto em jogo contra a equipe do Santos FC, durante partida válida pela final (volta), da Copa do Brasil, na Arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco / Fotoarena)

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 (4) X (3) 1 SANTOS

LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATA/HORA: 2/12/2015 – 22h
ÁRBITRO: Heber Roberto Lopes (SC)
AUXILIARES: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP)
RENDA/PÚBLICO: R$ 5.336.631,25 / 39.660

CARTÕES AMARELOS: Matheus Sales e João Pedro (PAL); Gabriel (SAN)
CARTÕES VERMELHOS: –
GOLS: Dudu, 11’/1ºT (1-0); Dudu, 39’/2ºT (2-0); Ricardo Oliveira, 41’/2ºT (2-1)

PÊNALTIS:
PALMEIRAS: 
Fizeram: Zé Roberto, Jackson, Cristaldo e Fernando Prass; Errou: Rafael Marques
SANTOS: Fizeram: Geuvânio, Lucas Lima, Ricardo Oliveira; Erraram: Marquinhos Gabriel, Gustavo Henrique

PALMEIRAS: Fernando Prass; João Pedro (Lucas Taylor, 26’/2ºT), Vitor Hugo, Jackson e Zé Roberto; Matheus Sales, Arouca e Robinho; Gabriel Jesus (Rafael Marques, 40’/1ºT), Dudu e Lucas Barrios (Cristaldo, 26’/2ºT). TÉCNICO: Marcelo Oliveira

SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz (Werley, 28’/1ºT), Gustavo Henrique e Zeca; Renato, Thiago Maia (Paulo Ricardo, 35’/2ºT) e Lucas Lima; Gabriel (Geuvânio, 18’/2ºT), Marquinhos Gabriel e Ricardo Oliveira. TÉCNICO: Dorival Júnior

Com 100% de aproveitamento na arena, Palmeiras encara Santos em busca do tri

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
01/12/2015 – 19:00h

O clássico entre Palmeiras e Santos já foi disputado duas vezes no Allianz Parque – a reformada e moderna arena alviverde – e o Verdão venceu em todas as oportunidades. Como o estádio foi reinaugurado em novembro da última temporada, o espaço recebeu o embate apenas em 2015, sendo um triunfo palestrino na decisão do Campeonato Paulista e outro válido pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro. As duas partidas terminaram 1 a 0 a favor da equipe da capital paulista.

No antigo Palestra Italia, eterna casa alviverde, o clássico foi disputado 70 vezes (sem contar os jogos da arena). Foram 36 vitórias do Palmeiras, 20 empates e apenas 14 reveses. Enquanto isso, o retrospecto geral de confrontos é ainda mais favorável: 320 partidas, com 135 triunfos palestrinos, 83 igualdades e 102 derrotas.

Pela Copa do Brasil, os times voltaram a se enfrentar após 17 anos. O último confronto pela competição nacional havia sido em 1998, na semifinal, quando o Verdão encaminhou sua passagem para a grande decisão – e depois venceria o Cruzeiro – após dois empates: 1 a 1 em São Paulo e 2 a 2 em Santos.

Em 2015, as duas equipes também decidiram o Campeonato Paulista. Porém, antes da atual temporada, a última final havia sido em 1959, também válida pela competição estadual – naquela oportunidade, o Verdão superou o Santos liderado por Pelé e garantiu o 13º troféu do Paulistão.

A maior goleada da história do confronto aconteceu em dezembro de 1932, quando o Palmeiras emplacou um sonoro 8 a 0 sobre a equipe praiana. Além disso, a maior série invicta do embate pertence ao Verdão: 15 jogos, sendo 14 vitórias e um empate, entre julho de 1917 e junho de 1926.

Pós-Jogo

Fonte: Verdazzo

Ganhamos mais uma. Foi sofrido, muito mais do que poderíamos esperar. O roteiro teve aqueles requintes de crueldade – que no final machucaram apenas os santistas, que viram a vaca indo pro brejo por duas vezes, ganharam esperança extra em ambas, para depois serem finalmente vencidos.

A atmosfera no Allianz Parque, fora e dentro, foi algo extraordinário. Em quase 37 anos frequentando estádios, posso dizer com segurança que nunca vi nada parecido, nem em nossas grandes conquistas da década de 90. Nosso novo estádio teve seu batismo de gala nesta magnífica noite de 2 de dezembro, que atravessou para o dia 3. Pensando bem, dois dias eram necessários para caber tanta grandeza. O Allianz Parque teve sua alma definitivamente forjada no momento em que Zé Roberto levantou o troféu.

Depois de perder o jogo de ida, o Palmeiras voltou a mostrar o bom futebol que trouxe o time às finais. Quando precisou, o time respondeu; foi assim contra o Cruzeiro, contra o Inter e contra o Fluminense. Três dos quatro estados mais importantes do futebol já haviam se dobrado à superioridade do Palmeiras; faltava apenas o nosso próprio. E o Palmeiras, contra todos os prognósticos, inverteu a tendência.

Nos quinze jogos anteriores, haviam sido apenas três vitórias: justamente os confrontos contra Inter e Fluminense que decidiram nosso avanço, além de um jogo contra o Avaí, com os reservas. Exigido, em condições extremas, o time jogou bem. Incontestavelmente; e ainda sendo prejudicado pelas arbitragens.

Heber Roberto Lopes apitou muito bem. Aparentemente, não houve telefonema algum do Sergio Corrêa; no máximo, um “boa sorte”. E ele mostrou que juízes como ele, do primeiro quadro, quando querem apitar direito, sabem como fazer isso.

PRIMEIRO TEMPO

Com a bola rolando, o Palmeiras dominou o Santos. Não chegou a ser uma partida brilhante, um baile de bola, mas foi suficiente para sobrepujar o badalado time santista, tido como “superior” por dez entre dez cronistas esportivos.

O jogo começou com Gabriel Jesus aproveitando um corte de Arouca que foi desviado por Barrios; em velocidade, bateu na saída de Vanderlei que desviou pelo rabo a escanteio. Tudo isso com alucinantes dez segundos de jogo.

O Santos respondeu aos sete minutos: Zeca fez grande jogada pela esquerda e a bola ficou com Marquinhos Gabriel, que cortou Jackson e bateu com pouco ângulo; Prass defendeu parcialmente e a bola sobrou para Vitor Ferraz no lado oposto; ele ajeitou o corpo e bateu na trave esquerda, do lado interno, de Fernando Prass, que já estava recomposto para o lance e fechou bem o ângulo. Um sustaço.

Aí o jogo diminuiu um pouco de intensidade – mas nossa torcida, de forma exemplar, não parava um minuto sequer; de maneira uniforme, o estádio todo em uníssono. Não tínhamos como perder.

O Palmeiras apresentava os mesmos defeitos ofensivos de todo o semestre, mas compensava com uma vontade dos jogadores dentro de campo. O Santos explorava as deficiências na marcação de João Pedro e tinha seus momentos.

Aos 19, após lateral, Dudu recebeu passe de Barrios de costas para o gol dentro da área, conseguiu girar em cima de Gustavo Henrique e teve a chance de concluir, mas pegou mal na bola. Aos 27, Prass saiu jogando rápido com Dudu no meio do campo, o toque foi de primeira para Robinho na direita; ele deu três passos e levantou para Barrios na área, muito rápido. O paraguaio esperou a bola bater no gramado e cabeceou com estilo, no ângulo, exigindo boa defesa de Vanderlei.

Aos 41, Gabriel Jesus não suportou as dores e foi substituído por Rafael Marques. O Palmeiras perdia assim a capacidade de fazer jogadas mais agressivas pela esquerda, mas o Santos não conseguia aproveitar esse espaço. O time de Dorival Junior foi anulado na ligação por dois monstros: Arouca e Matheus Sales, que não deveu em nada a Gabriel. Lucas Lima terá pesadelos com o menino. E depois de cinco minutos de descontos, devido à patética cera feita pelo time do Santos em todo o primeiro tempo, Heber finalizou o primeiro tempo. Santos, nada pode ser menor.

SEGUNDO TEMPO

Nos primeiros minutos, o panorama não se alterou: o Palmeiras dominava, ocupava o meio-campo, trocava passes tentando achar uma brecha, e eventualmente sofria quando o Santos descia pela esquerda. E o time visitante teve seu melhor momento no jogo entre 8 e 11 minutos, quando forçou vários ataques, a defesa palmeirense rebatia e a sobra ficava com o Santos em todas as vezes, sempre proporcionando uma nova descida.

E quando parecia que o panorama do jogo ia azedar, o Verdão conseguiu abrir o placar: linda descida de Robinho pela direita, veio a tabela precisa com Barrios que o colocou na frente de Vanderlei; ele percebeu Dudu livre fechando na esquerda e apenas rolou para o camisa sete abrir o placar. Foi o maior grito de gol que eu já vi na vida, comparável talvez apenas ao gol de Zinho na final de 93. A tensão de nossa torcida foi liberada num urro de alguns megatons de potência, magnificados pela fantástica acústica de nosso estádio – coisa impossível no Morumbi.

Com o gol, o Palmeiras zerava o placar e os dois times voltaram à igualdade – a diferença a nosso favor era, claro, o mando de jogo: com mais de meia hora ainda por jogar, tínhamos a situação amplamente favorável para fechar a conta a nosso favor.

Com Geuvânio no lugar do ridículo Gabriel, a coisa complicou para João Pedro. Ele acabou sendo amarelado por falta em Lucas Lima e pouco depois Marcelo colocou, de forma corajosa, Taylor em seu lugar, logo depois de trocar Barrios por Cristaldo. E o Santos tomou coragem e voltou a criar volume de jogo. As defesas seguiam levando a melhor sobre os ataques.

A partida entrou em seu ato final. Com dez minutos para o fim, quem fizesse o gol praticamente selava o destino da taça. E aos 39, Robinho cobrou falta da esquerda; Vitor Hugo surgiu do nada no segundo pau e escorou para o meio; a bola passou pela zaga do Santos e Dudu, quase em cima da risca de gol, escorou pra dentro; vibrou como se não houvesse amanhã e o título tinha ficado muito, mas muito perto. Que sensação alucinante!

Mas não podia, por algum motivo, ser simples assim. No primeiro ataque, o Santos quase diminuiu, numa bola que chegou a Marquinhos Gabriel pela esquerda; o meia bateu forte mas a bola desviou em Taylor, indo a escanteio. Na batida, Werley conseguiu um improvável desvio de calcanhar, encontrando Ricardo Oliveira com imperdoável liberdade; e aí ficou difícil pro nosso lado. O Santos chegava ao empate aos 41 minutos de forma inacreditável.

Heber deu apenas um minuto de acréscimo e livrou sua cara o quanto antes. E assim fomos para os penais. Que agonia, senhoras e senhores!

PÊNALTIS

Nosso estádio foi demais; e nosso gramado também: o rodo em Marquinhos Gabriel bem na hora do primeiro chute foi espetacular. A bola encobriu o travessão e abrimos vantagem com o penal de Zé Roberto, que deu um medo danado.

Prass pegou a péssima cobrança de Gustavo Henrique, e parecia que tudo iria se definir rápido. Mas aí Rafael Marques bateu seu pênalti mal: forte, mas muito dentro da área de alcance de Vanderlei, que teve a sorte de acertar o canto. Hoje não, hoje não, hoje sim. Hoje sim?

Hoje não, pô. Caveirinha converteu a terceira para o Santos; Jackson recolocou o Verdão à frente com maestria. Lucas Lima bateu muito bem a quarta cobrança e empatou, mas Cristaldo também fez o seu eo Verdão ficava com 3 a 2 no placar. Veio o grande duelo: Ricardo Oliveira contra Fernando Prass; e a chance de encerrar a disputa. O atacante-falsiane estava nitidamente perturbado, tremendo. A batida foi horrível; no meio do gol, fraca; Prass pulou para o lado direito e por muito pouco não defendeu com os pés. O placar estava novamente igual, mas tínhamos nossa última cobrança, que ficou a cargo justamente de Fernando Prass, que havia treinado muito nas últimas semanas. Ele bateu forte e selou mais um título nacional para o Palmeiras, o décimo-segundo; decidindo quem é o maior de todos. Ninguém tem mais taças que o Verdão.

ACABOU!

Muita emoção no Allianz Parque. A loucura, a festa, a vibração da torcida alviverde. Gente sorrindo, gente chorando, gente desmaiando, gente cantando, torcida brasileira. Fiori Gigliotti, lá do céu, sorriu.

O Palmeiras, com as sagradas e infalíveis meias brancas, mais uma vez foi Palmeiras. De forma incompreensível, havia sido reduzido ao patinho feio da disputa, e mais uma vez provou que jamais pode ser relegado a essa condição. Os mais velhos, contemporâneos do seu Fiori, sabiam muito bem disso. Quem sabe, agora, esta geração de jornalistas aprenda.

A festa foi ensurdecedora, varreu as ruas da zona oeste e se estendeu por toda a capital paulista com um buzinaço que varou a madrugada, compondo uma deliciosa sinfonia junto com o foguetório. O título é nosso. E quem quisesse tentar dormir, melhor apelar pro remedinho que a noite era verde e branca, e longa.

Parabéns, palmeirenses. Nós merecemos. Passamos por poucas e boas nos últimos tempos, mas estamos de volta ao protagonismo. Em 2012, ameaçamos fazer isso, mas caímos na real poucos meses depois – e que real dolorida. Mas agora, tudo indica, o crescimento parece que foi muito bem sustentado e que as duas finais deste ano foram apenas o início de uma doce rotina que se avizinha.

OBRIGADO, PALMEIRAS!

Números

Fonte: Verdao.net

PG J V E D GP GC SG %
1   Palmeiras 27 13 8 3 2 25 14 11 69
NÚMEROS DO PALMEIRAS NO CAMPEONATO
Jogos Pontos ganhos Porcentagem
Casa: 06 16 em 18 88,88%
Fora: 07 11 em 21
52,38%
Total: 13 27 em 39
69,23%

QUEM MARCOU

Zé: 4 gols / Cristaldo, Gabriel Jesus, Dudu e Barrios: 3 gols / Rafael Marques e Vitor Hugo: 2 gols / Allione, Cleiton Xavier, Kelvin, Robinho e Girotto: 1 gol

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