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Santos 2 x 1 Palmeiras – 01/11/2015

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SANTOS, SP – 01.11.2015: SANTOS X PALMEIRAS – O jogador Thiago Santos, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador Marquinhos Gabriel, do Santos FC, durante partida válida pela trigésima terceira rodada do Campeonato Brasileiro, Série A, no Estádio da Vila Belmiro. (Foto: Cesar Greco / Fotoarena)

Já era. Com mais essa derrota praticamente abandonamos a briga pelo G4. Matematicamente é possível, mas diante do que o time tem apresentado sabemos que não dá.

Foco total na Copa do Brasil.

Jogo válido pela 33ª rodada do Brasileirão 2015.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 X 1 PALMEIRAS

LOCAL: Vila Belmiro, em São Paulo (SP)
DATA/HORA: 1/11/2015 – 17h
ÁRBITRO: Pericles Bassols Pegado Cortez (RJ)
AUXILIARES: Rodrigo Henrique Correa (RJ) e Luiz Claudio Regazone (RJ)

RENDA/PÚBLICO: R$ 491,655,00 / 11.767
CARTÕES AMARELOS: Gustavo Henrique e Zeca (Santos); Zé Roberto, Thiago Santos e Dudu (PAL)
CARTÕES VERMELHOS: Cristaldo (PAL)
GOLS: Thiago Maia, 27’/1ºT (1-0); Ricardo Oliveira, 3’/1ºT (2-0); Dudu, 29’/2ºT (2-1)

SANTOS: Vanderlei, Daniel Guedes, Gustavo Henrique, David Braz e Zeca; Thiago Maia, Renato e Lucas Lima (Serginho, 40’/2ºT); Gabriel (Geuvânio, 35’/2ºT), Marquinhos Gabriel (Alison, 43’/2ºT) e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior.

PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas (João Pedro, 39’/1ºT), Vitor Hugo, Jackson e Zé Roberto; Thiago Santos, Matheus Sales (Allione, 19’/2ºT) e Robinho; Dudu, Gabriel Jesus e Barrios (Cristaldo, 32’/2ºT). Técnico: Marcelo Oliveira.

Pós-Jogo

Fonte: Verdazzo

O Palmeiras foi derrotado pelo Santos na Vila Belmiro por 2 a 1 e se distanciou da quarta vaga para a Libertadores via Brasileiro. O SPFC ficou a cinco pontos de distância, a cinco rodadas do fim, embora a tabela deles esteja bem mais difícil. O problema é que também há Sport, Inter e Ponte no meio do caminho. Mas ainda dá, desde que façamos uma campanha próxima da perfeição.

PRIMEIRO TEMPO

Com o que tinham de melhor ao alcance, os dois treinadores tiveram outro problema com que se preocupar: a chuva que caiu durante toda a tarde sobre o gramado, e que continuou durante o jogo. Quem sentiu mais essa condição foram os jogadores do Palmeiras, menos acostumados ao terreno, escorregando muito e perdendo jogadas fáceis.

O panorama nos primeiros vinte minutos foi de cautela. O Palmeiras tentava as saídas rápidas pelas laterais, usando sobretudo Lucas pela direita. Lucas correu tanto que voltou a sentir um mal-estar que já vem o perseguindo em alguns jogos, sobretudo contra o Flamengo, quando culpou o sol e o horário. Nossa defesa estava bastante precavida com a velocidade do Santos e mantinha a aplicação na marcação, bem posicionada. O desenho das linhas defensivas era compacto, e o time da casa não achava os espaços que gosta tanto.

Assim, a primeira finalização só saiu aos 21, quando Gabriel conseguiu ligar com Ricardo Oliveira dentro da área; mas com pouco ângulo e marcado, bateu para fora, sem perigo. E parecia que o primeiro tempo permaneceria com esse panorama até o fim, a não ser que algo diferente acontecesse.

Enquanto Lucas ainda se recuperava de novo mal-estar, o Santos chegou ao gol, em bela jogada que usou toda a linha ofensiva: a linha de passes começou do lado direito, e os espaços estavam bem fechados. Zeca desceu pela esquerda, e Lucas Lima inverteu o jogo. Sem o combate mais próximo de Lucas, o cruzamento veio à meia-altura, aproveitando a chegada de Thiago Maia, que fuzilou Fernando Prass. O volante do Santos estava livre, não foi acompanhado por ninguém.

O Santos tomou conta do jogo, e a arbitragem começou a falhar seguidamente, se confundindo demais nas faltas – vamos acreditar que tenha sido devido ao campo molhado; numa delas, Robinho foi calçado a dois metros da área, e nada foi marcado. Enquanto isso, Lucas pedia finalmente para sair do jogo.

O Palmeiras foi mais à frente no fim do primeiro tempo, e depois de uma roubada de bola na esquerda, Dudu acionou Robinho, que percebeu o apoio de Matheus Sales; o menino foi lançado e conseguiu o arremate – a bola triscou em Gustavo Henrique e foi no travessão, saindo em escanteio.

Já tínhamos passado dos 47 e parecia que nada mais aconteceria, quando Vitor Hugo dividiu no meio-campo e a bola foi em direção à área do Santos; Gabriel Jesus dominou e inverteu para o lado direito; Robinho se apresentou de frente para o gol, livre, era só fazer – mas pegou mal na bola, que saiu por cima do travessão. Logo na reposição, Gabriel foi lançado em velocidade, cortou em diagonal para a esquerda, tirou de Fernando Prass e tocou para o gol, mas Vitor Hugo, em recuperação espetacular, tirou; a bola ainda voltou para Gabriel que teve a segunda chance com gol aberto, mas pouco ângulo. Dava pra fazer, mas talvez preocupado com o tufo de cabelo amarrado no elástico, errou de forma bisonha. Nossa torcida agradece. E assim terminou o primeiro tempo.

SEGUNDO TEMPO

Logo com um minuto, Gabriel Jesus sofreu falta de Renato na intermediária; a batida foi na área e Vitor Hugo, sem marcação, teve a chance do empate, mas cabeceou mal, por cima.

Algo estava errado em nossa marcação, desde o início já não havia o posicionamento que dificultou tanto para o Santos no primeiro tempo. Na jogada seguinte, erro no posicionamento, Daniel Guedes apoiou pela direita e cruzou com perigo, mas a bola cruzou toda a área.

Mas aos três, não teve jeito: Novo erro de posicionamento, Zé Roberto deixou Gabriel livre, ele teve liberdade para levantar a cabeça e achar Ricardo Oliveira no segundo pau, junto à trave, e o artilheiro do campeonato apenas cumprimentou para dentro.

Aos 11, com a última linha cada vez mais adiantada, nossa defesa sofreu mais um lançamento – Marquinhos Gabriel receberia perigosamente com liberdade, mas Fernando Prass finalmente decidiu jogar adiantado e cortou com o peito, despachando. Aos 16, Lucas Lima fez boa jogada individual e saiu na cara de Fernando Prass; até com alguma displicência, preparou-se para bater para o gol, mas demorou tanto que Vitor Hugo fechou o caminho e roubou-lhe a bola.

Precisando do resultado, Marcelo Oliveira mandou Allione a campo no lugar de Matheus Sales, puxando Robinho para a volância. O argentino caiu para o meio, e Dudu foi para a ponta-direita. O poder de marcação de nosso meio diminuiu demais e o Palmeiras passou a pedir para ser goleado. Foram pelo menos quatro chances de encaixar contra-ataques mortais, desperdiçadas ou por impedimentos discretíssimos, ou por erros de passes grosseiros do ataque do Santos.

Enquanto o Santos desperdiçava suas chances, o Palmeiras corria atrás como podia, e aos 29 diminuiu o placar: Allione abriu para Dudu na direita e passou por fora, puxando um marcador; Dudu fez a jogada pelo meio, tabelou nas pernas de Gustavo Henrique, tabelou com Barrios que lhe devolveu de calcanhar, ajeitou de chaleira e bateu; a bola desviou na bunda de Daniel Guedes e foi para o gol de Vanderlei.

Aos 31, Prass fez um milagre com o pé esquerdo, ao defender mais uma finalização de moleque de Gabriel, definitivamente o jogador mais mala do futebol brasileiro. Com o placar ainda aberto, Marcelo mandou Cristaldo no lugar de Barrios, enquanto Dorival tirou Gabriel e colocou Geuvânio.

O Palmeiras melhorou muito e dominou os quinze minutos finais, fazendo a bola rondar a área do Santos. Aos 38, Dudu teve a chance do empate, mas escorregou quando se preparava para finalizar, dentro da área, após belo passe de Allione. Um minuto depois, Gabriel Jesus pressionou a saída de bola de Vanderlei e quase consegue bloquear a bola – na sequência, Cristaldo pegou a sobra mas cruzou mal. Aos 41, foi a vez de Allione receber de Dudu; ele ajeitou e bateu de direita – a bola bateu em Gustavo Henrique e foi a escanteio.

Escancarado na retaguarda, o Palmeiras ainda permitiu que Ricardo Oliveira saísse de novo frente a frente com Prass, e mais uma vez o atacante brincou, tentando fazer o gol de cavadinha – Prass defendeu. Ainda deu tempo de Cristaldo ser expulso, ao ser apanhado deixando o braço em Gustavo Henrique no meio do campo. O golpe nem pegou em cheio, mas era pra vermelho. E depois desta burrice de Churry, o jogo não teve mais nada que merecesse ser citado.

FIM DE JOGO

O Santos foi superior, mas também foi arrogante e o futebol não costuma perdoar esse tipo de atitude. O clima entre os jogadores durante o jogo foi pesado e o brio dos jogadores do Palmeiras não deve aceitar essa postura dos adversários. Com três semanas e meia para a primeira final, no mesmo estádio, essa atitude dos santistas pode render uma surpresa a eles. Com relação ao Brasileiro, ainda dá. Nossa tabela parece ser a menos cruel, e fazendo a simulação, vai chegar todo mundo embolado em busca dessa vaga final, que tem toda a pinta de ser definida na mala branca. VAMOS PALMEIRAS!

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