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Palmeiras 2 (4) x (1) 1 Fluminense – 28/10/2015

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SÃO PAULO, SP – 28.10.2015: PALMEIRAS X FLUMINENSE – O jogador Lucas Barrios, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do Fluminense FC, durante partida válida pelas semi-finais (volta) da Copa do Brasil, na Arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco / Fotoarena)

Em mais uma partida emocionante eliminamos o Tricolor Carioca nos pênaltis.

Abrimos 2 x 0 com Barrios (esse cara castiga o Fluminense) mas tomamos um na metade do 2º tempo que acabou desestabilizando totalmente o time. Tensão total até o fim.

Vamos à finalíssima contra o Santos. 2 jogos para mais um caneco na sala de troféus.

Jogo de volta válido pela semifinal da Copa do Brasil 2015.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 X 1 FLUMINENSE

LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATA/HORA: 28/10/2015 – 22h
ÁRBITRO: Anderson Daronco (RS)
AUXILIARES: Alessandro Rocha de Matos (BA) e Guilherme Dias Camilo (MG)

PÚBLICO: 38.562 pagantes
RENDA: R$ 2.760.200,00
CARTÕES AMARELOS: Jackson (PAL); Wellington Silva e Fred (FLU)
CARTÕES VERMELHOS:
GOLS: Lucas Barrios, 13’/1ºT (1-0); Lucas Barrios, 17’/1ºT (2-0); Fred, 25’/2ºT (2-1)
PÊNALTIS:
PALMEIRAS: 
Rafael Marques (Gol), Jackson (Gol), Cristaldo (Gol) e Allione (Gol)
FLUMINENSE: Jean (Gol), Gustavo Scarpa (Errou) e Gum (Errou)

PALMEIRAS: Fernando Prass, Lucas, Vitor Hugo, Jackson e Zé Roberto; Amaral, Matheus Sales e Robinho (Rafael Marques, 17’/2ºT); Dudu, Lucas Barrios (Cristaldo, 38’/2ºT) e Gabriel Jesus (Allione, 29’/2ºT). Técnico: Marcelo Oliveira

FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Wellington Silva, Gum, Marlon e Breno Lopes (Osvaldo, 16’/2ºT); Jean, Cícero, Vinícius (Magno Alves, 23’/2ºT) e Gustavo Scarpa; Marcos Junior (Gerson, intervalo) e Fred. Técnico: Eduardo Baptista

Verdão possui ampla vantagem sobre o Fluminense em jogos no Palestra; confira

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
27/10/2015 – 18:55h

Em busca de uma vaga na grande final da Copa do Brasil 2015, o Palmeiras recebe o Fluminense nesta quarta-feira (28), às 22h, no Allianz Parque, e precisa de uma vitória simples por 1 a 0 ou por mais de dois gols de diferença para encarar o vencedor de Santos e São Paulo na decisão do torneio nacional.

Um poderoso aliado do time do técnico Marcelo Oliveira será a arena palmeirense, que, contando os jogos do antigo Palestra Italia, já recebeu 26 duelos entre o Alviverde e o Fluminense. O Verdão venceu 21 vezes, aconteceram dois empates e apenas três reveses.

Os últimos cinco jogos entre as equipes na casa palestrina terminaram com resultados que, nesta quarta-feira (28), garantiriam o Verdão pelo menos na disputa de pênaltis por uma vaga final da Copa do Brasil – em quatro das vezes a classificação viria direto.

Em 2006, vitória por 3 a 0 (gols de Nen, Francis e Juninho Paulista); em 2007, triunfo por 1 a 0 (tento anotado por Rodrigão), em 2008, vantagem alviverde por 3 a 1 (gols feitos por Kleber e Maicosuel); 2009 teve nova vitória por 1 a 0 (Diego Souza balançou as redes) e, por fim, em 2015, no primeiro turno do Brasileirão, triunfo por 2 a 1 (gols de Rafael Marques e Cristaldo).

Histórico geral

No retrospecto geral do confronto, nova vantagem verde e branca: 102 encontros, com 53 triunfos palmeirenses, 16 igualdades e 33 derrotas – a equipe paulista marcou 177 gols, enquanto os cariocas balançaram as redes em 149 oportunidades.

Pós-Jogo

Fonte: Verdazzo

Meu amigo Roberval sempre diz que quando o Palmeiras joga com as “sagradas e infalíveis meias brancas”, o Palmeiras vence. De fato, grandes conquistas do Palmeiras vieram com a que considero a mais bela das combinações de nosso uniforme: camisa verde, calção branco e meias, sagradas e infalíveis, brancas. Esses meiões já deram chabu algumas vezes principalmente quando a combinação acabou sendo banalizada, mas quando a usamos com parcimônia, costuma dar certo. E nesta noite épica não foi diferente: nos pênaltis, eliminamos o time das mutretas, o pequeno príncipe das Laranjeiras, e fizemos a eliminação deles ser sofrida, lenta e dolorosa. Usando as sagradas e infalíveis. Que noite!

PRIMEIRO TEMPO

Com Matheus Sales ao lado de Amaral, e Zé Roberto na esquerda, Marcelo Oliveira barrou Egídio e Andrei Girotto – e só com isso já aumentou sensivelmente a qualidade técnica e a bola rolou com muita mais fluidez. Aproveitando o espaço deixado pela previsível subida da última linha de defesa do Fluminense, que temia nossas bolas aéreas, Gabriel Jesus, Dudu e até Robinho surgiam em diagonal e faziam o facão, algo pouco usado com Marcelo Oliveira até então. Aos sete, Robinho foi lançado por Dudu, invadiu a área pelo lado esquerdo e finalizou por baixo; Diego Cavalieri triscou a bola com a panturrilha e salvou.

O Fluminense respondeu na bola parada: Jackson deixou o braço em Fred e Anderson Daronco assinalou. Gustavo Scarpa levantou na área e Marlon testou, obrigando Fernando Prass a fazer boa defesa. Mas o Palmeiras continuava muito melhor em campo.

Aos 13, o primeiro gol: após falta perto da linha de fundo, Robinho cruzou; a defesa afastou e a bola sobrou para Lucas, que devolveu para Robinho. O camisa 27, que encaixou perfeitamente no time e deu muito mais qualidade na troca de passes, invadiu a área e serviu Barrios, que escorou dentro da pequena área para o gol, abrindo o placar.

Rapidamente o Verdão chegava a uma vantagem que dava a classificação, mas o time queria jogo, aproveitando que o Fluminense parecia sentir a pressão absurda do estádio, que viveu mais uma noite inflamada que em nada lembra o ambiente de teatro sugerido por alguns torcedores. Nossa casa vai ficando cada vez mais com cara de nossa casa. E dois minutos depois, nova enfiada em profundidade, desta vez para Gabriel Jesus, que ganhava na velocidade de Wellington Silva e já se preparava para entrar na área quando foi seguro pelo lateral. A falta terminou dentro da área, e o juiz acertadamente, sem a menor chance de contestação, marcou o pênalti. Zé Roberto bateu mal e Diego Cavalieri rebateu para o meio da área; a bola ficou viva, Marlon teve pane mental e Barrios aproveitou para fuzilar a meta carioca, aumentando a vantagem. O Fluminense precisava de um gol para forçar os penais.

O Palmeiras controlava o jogo após construir a vantagem e o Fluminense se apoiava na liderança de Fred para tentar chegar à frente. A defesa do Palmeiras estava bem postada, e restava aos visitantes levantar bolas em nossa área. Foi assim que teve duas boas chances: aos 28, Breno Lopes apoiou pela esquerda e cruzou; Gustavo Scarpa recebeu, girou e bateu forte à meia altura; Prass fez bela defesa e Vinicius emendou o rebote por cima. Aos 36, Vinicius bateu falta no segundo pau, Cícero ganhou fácil de Amaral mas testou para fora, com perigo.

As chegadas do Verdão eram mais perigosas. Aos 47, Matheus Sales tabelou com Dudu e bateu cruzado; Barrios chegava para fazer o terceiro mas foi calçado por trás por Breno Lopes, impedindo a conclusão. Pênalti e expulsão, ignorados por Daronco, que assim cometeu seu segundo erro grave nos prejudicando. E assim acabou o primeiro tempo.

SEGUNDO TEMPO

Com Gerson no lugar de Marcos Junior, o Fluminense ficou mais rápido. O time carioca assumiu a posse da bola, rodando por todos os cantos do gramado e tentando achar espaços para suas jogadas, mas esbarrou num Palmeiras com um sistema defensivo surpreendentemente perfeito. A aplicação tática do Verdão na formação das linhas de marcação nos primeiros 20 minutos do segundo tempo foi exemplar, algo para os jogadores verem o vídeo nos treinos e repetirem sempre que puderem.

Controlando o jogo sem a bola, o Palmeiras esperava pelos erros do Fluminense para matar o confronto. Eduardo Baptista fez a segunda alteração, arriscada: mandou Osvaldo no lugar de Breno Lopes, talvez sentindo a má partida de Lucas, e desguarnecendo o setor – Gustavo Scarpa fazia a lateral esquerda sem nenhuma efetividade e deixava uma enorme brecha que o Palmeiras não explorava como poderia. Isso se deu talvez porque Robinho cansou e precisou dar lugar a Rafael Marques – o nível de nosso jogo caiu sensivelmente.

O Fluminense assumiu o controle do jogo em definitivo quando Vinicius deu lugar a Magno Alves. Com três atacantes, explorando a velocidade, o time carioca conseguiu envolver nosso sistema defensivo que já não tinha Robinho dando o primeiro combate na frente. Com Osvaldo jogando em cima de Lucas, o perigo era cada vez maior. E aos 25, Dudu tentou puxar um ataque esticando uma bola na esquerda; Gum cortou e ligou o contra-ataque com Magno Alves, que abriu rápido para Gerson na direita; ele dominou e suspendeu na área, no segundo pau. No três contra três, quem ficou com Fred foi Lucas; dormindo (ou exausto), ele foi facilmente vencido e o centroavante do adversário não perdoou, diminuindo o placar e levando o jogo para os penais.

Mas ainda haveria sofrimento. O Palmeiras se perdeu emocionalmente, e o Fluminense sentiu que poderia chegar ao empate. Aos 37, Gerson bateu de fora, e Fernando Prass fez grande defesa. O estádio sentia a impotência do time e também não tinha forças para apoiar; a angústia era latente. Mas aos 45, em falta cobrada por Allione da direita, Rafael Marques desviou e Dudu completou para o gol no segundo pau, mas o auxiliar anotou impedimento, corretamente. Uma agonia dilacerante no Allianz Parque.

E ela se tornou insuportável aos 47, quando Osvaldo foi ao fundo e cruzou por baixo. A bola passou por todo mundo e se ofereceu limpa para Fred, o líder, o artilheiro, o matador. Prass escolheu o canto direito e rezou; Fred bateu em seu contrapé. Num segundo que pareceu durar horas, não houve palmeirense no mundo que não tenha tido, no mínimo, um mini-AVC e não tenha dito, verbal ou mentalmente: FODEU!

Pois Fernando Prass conseguiu se recuperar, esticando o braço esquerdo e praticando uma defesa milagrosa, mantendo o sonho do Verdão vivo. A defesa encheu o time de moral, e o estádio acordou de novo. Daronco colocou um ponto final no jogo e a agonia se estendeu por mais quinze minutos, para a cobrança dos tiros livres.

PÊNALTIS

Nossas cobranças foram perfeitas. A de Rafael Marques, sobretudo, foi soberba, o modelo de um pênalti bem batido. Gustavo Scarpa, na segunda batida, olhou para Fernando Prass. Como num duelo de faroeste, Prass ameaçou sacar sua arma – apontou para o canto esquerdo. Scarpa achou que era um blefe, e bateu lá mesmo; Prass voou e espalmou mitologicamente. Na cobrança seguinte, Gum se aproximou da bola todo torto. Era muito fácil ler na expressão corporal que ele erraria, e que seria por cima. Não deu outra. Bastou Allione fazer o seu e o Palmeiras estava na final.

FIM DE JOGO

Sofram, Fluminenses. Sofram pelas Séries b não pagas. Sofram pelas viradas de mesa. Sofram pelo gol do Obina. Sofram pela garrafa de champanhe que comemorou a virada de mesa. Sofram pela mãozada na Portuguesa sob as falas do Pequeno Príncipe. A agonia do tricolor das Laranjeiras foi prolongada ao máximo, como a nossa – mas a explosão de alívio e os risos e lágrimas de alegria ficaram do nosso lado. Aos tapetenses, o amargor de uma eliminação e uma lição: nesta “espelunca”, quem manda é o Palmeiras.

O time agora tem quatro jogos pelo Brasileirão antes de enfrentar o Santos na primeira final – e no domingo já tem jogo justamente contra eles, na casa de praia. Marcelo ainda terá uma daquelas pausas para a Eliminatória para acertar o time. Esperamos que, com as voltas de Robinho e Arouca, o acerto desta vez efetivamente aconteça. Temos que focar no Brasileiro, e esquecer um pouco do mata-mata. Força total neste funil, e VAMOS PALMEIRAS!

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