(Foto: Ricardo Duarte/Internacional)
Bom resultado analisando o gol qualificado, contudo, se considerar que dominamos o jogo e perdemos um pênalti, é de lamentar.
O Inter é o tipo de adversário que não dá pra perder esse tipo de oportunidade. Bola pra frente.
Faltam 5 jogos complicadíssimos para o título.
Jogo de ida válido pelas quartas de final da Copa do Brasil 2015.
FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL 1 X 1 PALMEIRAS
DATA/HORÁRIO: 22/09/2015 – 19h30
LOCAL: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
ÁRBITRO: Sandro Meira Ricci (SC)
ASSISTENTES: Kleber Lucio Gil (SC) e Carlos Berkenbrock (SC)
RENDA/PÚBLICO: R$ 763.776,00 / 30.740 pagantes
CARTÕES AMARELOS: Vitinho, Wellington, Silva (Internacional)
GOLS: Alex, 8’/2ºT (1-0); Rafael Marques, 27’/2ºT (1-1)
INTERNACIONAL: Alisson; William, Paulão, Réver e Ernando (Artur – 17’/2ºT); Rodrigo Dourado (Silva – 20’/2ºT), Nilton e Wellington (Bruno Baio – 29’/2ºT); Alex; Valdivia e Vitinho. TÉCNICO:Argel Fucks.
PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Egídio; Amaral e Arouca (Rafael Marques – 25’/2ºT); Robinho, Dudu e Gabriel Jesus (Allione – 38’/2ºT); Lucas Barrios (Cristaldo – 25’/2ºT). TÉCNICO: Marcelo Oliveira.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
O estádio, como já cansamos de dizer, é maldito mesmo. Numa partida em que dominamos amplamente, como há mais de 20 anos não se via no Beira-Rio, poderíamos ter conseguido a vitória e dado um passo gigantesco em direção à classificação. Perdemos pênalti, mandamos bola na trave, e ficamos no empate. Pelo menos a igualdade foi com gols, o que obriga o Inter a sair para marcar no mínimo, um gol no Allianz Parque na semana que vem. O resultado foi bom, mas podia ter sido muito melhor.
PRIMEIRO TEMPO
O Inter, como esperado, começou impondo pressão e abusou das bolas aéreas, um de seus pontos fortes. Levamos um sufoco danado nos primeiros três a quatro minutos, na base do barulho da torcida, e ninguém de nosso time teve a experiência de cair no chão pra esfriar o caldeirão.
Felizmente nossa defesa conseguiu resistir e o Palmeiras daí pra frente impôs seu jogo, dominando as ações. Conforme o esperado, o meio-campo do Inter, com três volantes e apenas Alex na armação não oferecia resistência a nosso toque de bola rápido e técnico. A marcação na saída de bola deles também foi muito importante para esse domínio.
Aos cinco, Robinho bateu falta na área e Gabriel Jesus testou para fora. Aos seis, Dudu foi lançado por Egídio pela esquerda, tinha Barrios pelo meio mas preferiu bater para o gol – fraco, fácil para Alisson. Mas os lances já mostraram como seria o panorama do primeiro tempo.
O Inter não conseguia articular jogadas e apelava apenas para os chutes de fora: Aos oito, Vitinho conseguiu driblar Amaral e Robinho e bateu forte, para firme defesa de Fernando Prass, no canto. Mas o domínio do Verdão continuava; aos onze, veio a terceira chance: Egídio cruzou na pequena área, Barrios podia ter tentado testar para o gol mas preferiu ajeitar de peito para Robinho, dando chance para Wellington se recuperar.
Aos 16, uma bobeira de Amaral: Alex driblou Lucas, o camisa 15 deveria acompanhar fazendo a cobertura mas apenas olhou, e Alex ficou de frente com Fernando Prass, mas armado na perna direita. O chute saiu mesmo assim, e Fernando Prass caiu a tempo de raspar o braço na bola; ela bateu com força no chão e encobriu o travessão.
O jogo seguia animado, e aos 26 Dudu roubou de Rodrigo Dourado no meio do campo; tabelou com Barrios, devolveu para o paraguaio deixando-o na cara do gol; ele bateu e Alisson fez excelente defesa. A bola ficou viva no campo do Inter, que não conseguia despachar para o ataque; Dudu ia pegando uma sobra e levou uma bicuda por trás de Ernando, dentro da área. Sandro Ricci não queria marcar, demorou, correu estranho, mas viu que não tinha jeito e apontou a cal. Barrios cobrou muito mal e Alisson defendeu.
Por alguns minutos o beira-Rio se animou com esse lance, e aos 29 Nilton apareceu de surpresa pelo lado direito, fintou Vitor Hugo e bateu de chapa, visando o ângulo direito de nossa meta, mas errou o alvo. Aos 33, o juizão inventou uma falta na esquerda do ataque do Inter – a bola bateu no ombro de Robinho, mas ele deu mão. Na cobrança, Vitinho bateu direto e Prass mandou a escanteio.
Aos poucos, o Palmeiras retomou o controle do jogo, mas foi incapaz de criar novas oportunidades – talvez sentindo um pouco o cansaço. Houve apenas uma jogada polêmica, que não teve replay: Robinho tentou inverter a jogada dentro da área e a bola desviou em Ernando, aparentemente com a mão – mas seria impossível Sandro Ricci marcar o segundo pênalti se o lance não fosse escandaloso. E assim terminou o primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
O panorama do jogo não se alterou no início do segundo tempo. Logo aos dois minutos, Alex errou a saída de bola, Barrios roubou e enfiou para Gabriel Jesus, que ficaria na cara do gol, mas William cortou com precisão.
O Inter seguia dependendo das jogadas individuais de Valdivia e Vitinho, ou dos chutes de longe. Aos cinco, Vitinho fez boa jogada sobre Egídio e cruzou rasteiro, forte; Jackson raspou o pé na bola e atrapalhou Valdivia que estava na linha da pequena área e faria o gol – mas acabou batendo por cima.
E os tiros de longe acabaram dando certo para o Inter, quando o Palmeiras já tinha ocupado a intermediária colorada: aos oito, Alex dominou na intermediária marcado à distância por Lucas; ele deu dois passos e mandou a sapatada; a bola foi na gaveta de Fernando Prass, que saltou rápido e se esticou todo, mas o chute era de fato indefensável para um mortal. O Inter, jogando mal, abria o placar aproveitando uma brecha e enchia nosso peito de aflição.
Felizmente este time do Palmeiras não é de se deixar abater. Aos onze, Gabriel Jesus aproveitou lateral batido com rapidez por Egídio, girou dentro da área e, quase sem ângulo, soltou um foguete – Alisson desviou de leve e a bola foi no travessão, na trave oposta e voltou para a área, aí foi dominada pela defesa.
Depois desse lance, o Palmeiras dominou, cercou, tentou, mas não conseguiu finalizar a gol. Não havia muito o que fazer em termos de substituição, a não ser que quisesse correr riscos. E Marcelo Oliveira foi pro risco, sabendo da importância de se fazer um gol fora de casa na Copa do Brasil: aos 25, tirou Barrios e Arouca, para entrada de Cristaldo e Rafael Marques. E dois minutos depois da mexida, veio o gol.
Aos 27, Dudu coordenou a descida e abriu na esquerda para Gabriel Jesus, que cruzou errado; a bola atravessou a área e encontrou Lucas, que centrou de novo, encontrando Rafael Marques no comando do ataque, cercado por Réver e Paulão; a testada saiu perfeita, no ângulo direito de Alisson, que desta vez não conseguiu segurar: 1 a 1.
Aos 31, quase a virada, em lance polêmico: Lucas foi lançado por trás da zaga, cruzou no primeiro pau na direção de Dudu que apenas fez o corta-luz; a bola alcançou Gabriel Jesus no segundo pau, livre, mas em vez de finalizar de primeira preferiu dominar na frente de Alisson, que saiu muito bem do gol, fechando o ângulo; o camisa 33 então tentou cortar para o lado e houve o toque – Gabriel não perdeu o equilíbrio mas, sentindo o contato, desabou e Sandro Ricci, mais uma vez, não marcou por não ser um lance claríssimo. É o preço de já ter tido um pênalti marcado a favor num jogo fora: pra marcar o segundo, tem que ser assassinato.
Nos dez minutos finais, o Inter tentou ir pra cima sem muita organização, muito mais na pressão da torcida, que exigia o resultado, do que pela postura em campo. O Palmeiras não teve gás para aproveitar o espaço e limitou-se a suportar, sem maiores problemas, a pequena pressão. Não houve chance de armar nenhum bom contragolpe, e a partida ficou mesmo no 1 a 1.
FIM DE JOGO
Tá ruim, mas tá bom. Poderíamos ter saído do estádio com uma vitória por até dois gols, mas a grande atuação de Alisson e a maldição do Beira-Rio impediram. A partida bem abaixo da média de Barrios também. Mas no final das contas, o placar foi bem satisfatório, já que começamos o jogo na semana que vem com o placar a nosso favor; qualquer vitória nos classifica e em nosso estádio não temos nada a temer, basta jogar bola.
O time agora volta as atenções ao Brasileirão, em jogo que não se pode nem pensar em poupar ninguém, já que é clássico, contra o SPFC, no Morumbi. É mais um estádio onde não ganhamos há muito tempo, mas diferente do Beira-Rio, já foi palco de muitas alegrias – e tem tudo para, neste domingo, voltar a ser. VAMOS PALMEIRAS!