(Foto: Ale Vianna/Agência Eleven/Gazeta Press)
Entramos em campo totalmente desacreditados, visto o péssimo início no Brasileiro e um empate ridículo pela Copa do Brasil. A expectativa era a pior possível, no entanto, não se concretizou.
Exercemos um domínio total do jogo e, como num passe de mágica, o time voltou a jogar bem. Fizemos o placar no primeiro tempo e durante o segundo somente administramos.
Pela segunda vez no ano saímos do estádio do rival felizes e cantando. Que seja a primeira de muitas vitórias até o título.
Jogo válido pela 4ª rodada do Brasileirão 2015.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 0 X 2 PALMEIRAS
LOCAL: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
DATA/HORA: 31 de maio de 2015, às 16h (de Brasília)
JUIZ: Vinicius Gonçalves Dias Araújo (SP)
ASSISTENTES: Rogério Pablos Zanardo e Daniel Paulo Ziolli (ambos de SP)
PÚBLICO/RENDA: 29.479 pagantes / R$ 1.784.531,76
CARTÕES AMARELOS: Ralf, Renato Augusto, Gil, Edílson e Danilo (COR); Arouca, Egídio, Lucas, Valdivia e Kelvin (PAL)
GOLS: Rafael Marques, 24’/1ºT (0-1) e Zé Roberto, 46’/1ºT (0-2).
CORINTHIANS: Cássio; Fagner (Edílson, 25’/2ºT), Edu Dracena, Gil e Fábio Santos; Ralf (Mendoza, intervalo), Petros (Danilo, 20’/2ºT), Bruno Henrique, Jadson e Renato Augusto; Romero. TÉCNICO: Tite
PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas (Ayrton, 30’/2ºT), Jackson, Vitor Hugo e Egídio; Gabriel, Arouca (Amaral, 36’/2ºT), Zé Roberto, Valdivia e Kelvin (Leandro, 42’/2ºT); Rafael Marques.TÉCNICO: Oswaldo de Oliveira
Palmeiras volta ao estádio onde eliminou rival do Paulistão; veja histórico
Departamento de Comunicação
31/05/2015 – 13:03h
O clássico entre Palmeiras e Corinthians neste domingo (31) marcará a volta dos comandados do técnico Oswaldo de Oliveira ao Itaquerão, estádio do rival, onde o time verde e branco eliminou os alvinegros, nos pênaltis, na semifinal do Campeonato Paulista 2015. Naquela oportunidade, o jogo terminou 2 a 2 e a decisão ficou para a marca da cal.
No retrospecto total de confrontos, a vantagem é do Verdão. A equipe do Palestra Italia soma 125 vitórias em 356 jogos disputados, além de 109 empates e 122 reveses – foram 509 gols marcados pelo Palmeiras e 469 sofridos.
Em Campeonatos Brasileiros, como é o caso da partida deste domingo (31), os dois times já se encontraram 50 vezes. Foram 17 vitórias palmeirenses, 19 empates e apenas 14 jogos vencidos pelo Corinthians.
Na última partida entre as equipes, no Itaquerão, válida pela semifinal do Campeonato Paulista, o Palmeiras foi a campo com Fernando Prass; Lucas (Cleiton Xavier), Victor Ramos, Jackson e Wellington (Kelvin); Gabriel e Arouca; Rafael Marques, Robinho e Dudu; Valdivia.
Critérios
O número de confrontos e vitórias para cada time é diferente na visão dos departamentos de história de Palmeiras e Corinthians. Enquanto os dados do Verdão englobam jogos do Torneio Início e da Taça Henrique Mundel – partidas com menos de 90 minutos de duração –, os corintianos não consideram as partidas (mesmo que nem sempre na história do Paulistão as partidas tenham tido a mesma duração dos embates atuais).
Recentemente, um grupo de historiadores do Palmeiras também tirou da lista um W.O. Com material histórico mais detalhado, os palmeirenses determinaram que a partida não foi, de fato, um W.O – com árbitro, um dos times presentes, público aguardando a presença da equipe e um tempo regulamentar – e, portanto, não pode ser considerado.
De acordo com documentos da época, o Palestra Italia enviou um ofício à APEA informando a entrega dos pontos do jogo, o que foi aceito pela Federação. Dois dias antes da partida já estava acertado que o jogo não aconteceria. O Corinthians também não considera a partida em seus números.
Pós-Jogo
Fonte: http://www.verdazzo.com.br/jogo/ficha/id/5800/sccp-0-x-2-palmeiras.palmeiras
De um lado, um time pressionado pelos maus resultados, mas blindado e comprometido com todo o projeto do ano. De outro, um time que vinha de bons placares mesmo jogando mal, em pleno processo de desmanche, com pagamentos em atraso e apenas dois atacantes em condição de jogo. Junte tudo e acrescente as camisas de Palmeiras e SCCP, e o resultado foi este delicioso Derby em Itaquera, o segundo seguido que saímos da casa deles cantando, felizes. O resultado ameniza nosso mau início de campeonato, que tem quatro times improváveis ocupando o G4. Mantendo a pegada deste jogo na sequência, e rapidamente estaremos disputando a ponta, diante de tantos times ruins que vemos em campo.
O Palmeiras ‘mandou na partida’, já diriam alguns. Com uma proposta tática diferente, Oswaldo reagiu à intensa pressão recebida durante a semana depois das péssimas apresentações frente a Goiás e ASA. Num 4-3-3 em que nenhum dos 3 atacantes ficava fixo na frente esperando a bola como referência, a proposta do treinador foi tomar o meio-campo à força, marcando a saída de bola do adversário com duas linhas muito intensas. Funcionou bem nas circunstâncias deste jogo, e dá para dizer que 2 a 0 ficou barato.
Primeiro tempo
Logo a três minutos, depois de longa troca de passes, Arouca recebeu de Lucas e tocou para Kelvin na direita; ele cortou para o meio e bateu de chapa, visando o ângulo direito de Cássio, mas a bola saiu raspando. Um minuto depois, Renato Augusto aproveitou um vacilo de Gabriel, invadiu pela esquerda, mas com pouco ângulo bateu rasteiro, facilitando a defesa com os pés de Prass. Parecia que teríamos um jogo muito disputado. Só parecia.
Os minutos que se seguiram foram um pouco mais travados, como Palmeiras intensificando o domínio do meio-campo, mas sofrendo com a falta de referência. Era o tempo necessário para fazer a leitura dos espaços a serem aproveitados: as costas de Fabio Santos e as entradas em diagonal de Zé Roberto. Valdivia e Rafael Marques estavam em partidas inspiradas e contavam ainda com o apoio de Arouca, o que dava a nosso meio-campo uma solidez impressionante. O risco era Gabriel ficando sozinho com Renato Augusto – se esse risco foi calculado, foi uma bela aposta do nosso treinador.
Já com o domínio teritorial nas mãos, o Palmeiras abriu o placar aos 24: Valdivia fez boa jogada pela direita e abriu para Kelvin, que foi ao fundo, cortou para dentro para buscar o pé esquerdo e cruzou no segundo pau; Rafael Marques, fechando a seu estilo, cabeceou com extrema precisão entre a trave e Cássio, abrindo o placar. O artilheiro do time no ano tem estrela em clássicos.
O SCCP não esboçou reação. O Palmeiras sufocou o time da casa, calando o estádio. Bola de pé em pé, só sendo interrompida pelas faltas assinaladas pela boa arbitragem de Vinicius Gonçalves Dias Araújo. Interessante como na mesma semana em que estouram notícias de corrupção na Fifa e na CBF, o juiz apitou direitinho.
O primeiro tempo se encaminhava para o fim quando, aos 46, Zé Roberto pegou uma segunda bola e com muita consciência forçou o cabeceio achando Valdivia aberto pela direita; o chileno cruzou como um ponta e achou Zé Roberto em velocidade; ele ganhou de Edu Dracena e tocou na saída de Cássio, que rebateu, e Zé Pelé teve a tranquilidade para emendar o cabeceio para o gol vazio, fazendo o segundo gol.
Segundo tempo
Tite mandou Mendoza a campo no lugar de Ralf, amarelado, recuando um pouco Renato Augusto. Não adiantou nada: com muitos erros de passe, o SCCP não estava jogando Derby. Mendoza, ainda com o tanque cheio, tentou resolver sozinho e arriscou dois chutes de fora – o primeiro deles foi frontal, perigoso, e só foi possível numa jogada em que Arouca deu um bote errado no campo de ataque e deixou o buraco no meio que o colombiano aproveitou.
Aos 22, podia ter saído o terceiro: Valdivia deixou Zé Roberto na cara do gol, ele não dominou como queria e a bola escapou um pouco, e com isso a cavada para tirar de Cássio não saiu tão boa, permitindo ao goleiro fazer a defesa. Um minuto depois, Zé Roberto bateu falta da direita, tentando encobrir Cássio, que se esticou bastante para espalmar a escanteio. Era um vareio.
Tite apelou para o misticismo: mandou Danilo a campo. Só aos 30 Oswaldo mexeu – e foi por cãibras: Ayrton no Lucas. Aos 33, Kelvin puxou o contra-ataque e tocou de lado para Egídio, livre; era só bater cruzado no cantão aberto e correr para o abraço, mas Egídio não caprichou e deu nas mãos de Cássio. Pouco depois, mais cãibras causadas pelo gramado do Itaquerão (e pelo intenso esforço dos atletas): Amaral entrou no Arouca.
Com dois gols de frente e dez minutos para o fim, o Verdão tirou o pé do acelerador, enfim. O SCCP esboçou o mínimo de pressão que atletas sem receber salário são obrigados a fazer. Danilo fez a terceira jogada mais perigoa do time da casa ao se atirar ao chão dentro da área, mas o juiz lhe deu o merecido amarelo. Com exceção de dois ou três atletas com brios, o SCCP era um catadão andando em campo. A conta chegou.
Fim de jogo
Ficou barato. O Palmeiras fez o que tinha que fazer e ganhou o Derby com autoridade, sem a menor sombra de dúvidas. Mas há que se fazer as devidas ponderações para a sequência do campeonato: o adversário não jogou com afinco e não tinha ataque; jogar com Romero isolado na frente é passar o atestado de esterilidade. Ganhamos o meio-campo com a volta de um Arouca já readaptado e com ótimas apresentações de Rafael Marques, Zé Roberto e Valdivia. Mas esse esquema não vai funcionar contra um time com um ataque bem armado, como é o Inter, nosso próximo adversário. O Palmeiras precisa reaprender a vencer no Allianz Parque.
De qualquer forma, hoje é dia de alegria e comemoração. Mais uma vitória sobre nosso maior rival no estádio feito com o entulho do nosso. Nos sentimos em casa. Poupamos a asa na quarta e destroçamos a galinha inteira no domingo, com uma bela macarronada. Que venham as próximas rodadas e as próximas vitórias. VAMOS PALMEIRAS!