Mesmo com o time reserva em campo, jogamos para o gasto e vencemos mais uma. Já é a sexta vitória consecutiva.
A próxima rodada será contra o Santos e toda essa boa fase (contra times menores) será posta a prova.
Jogo válido pela 8ª rodada do Paulistão 2015.
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 1 X 0 BRAGANTINO
LOCAL: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
DATA/HORA: 7/3/2015 – às 18h30 (de Brasília)
ÁRBITRO: Luiz Flavio de Oliveira (SP)
AUXILIARES: Eduardo Vequi Marciano (SP) e Fabio Rogerio Baesteiro (SP)
PÚBLICO/RENDA: 29.452 pagantes / R$ 2.223.055
CARTÕES AMARELOS: Thiago Martinelli (BRA)
GOLS: Rafael Marques, aos 32’/1ºT (1-0)
PALMEIRAS: Fernando Prass; João Pedro, Victor Ramos, Jackson e João Paulo; Amaral (Victor Luis, 6’/1ºT), Renato, Rafael Marques, Zé Roberto e Maikon Leite (Arouca, 12’/2ºT); Leandro Pereira (Gabriel Jesus, 26’/2ºT). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
BRAGANTINO: Lauro; Diego Macedo (Muralha, intervalo), Ferreira, Thiago Martinelli e Thiago Feltri; Adílson Goiano, Anderson Uchoa, Caio e Léo Gago; Diego Maurício (João Vitor, 38’/2ºT) e Erick Luís (Igor Sartori, 31’/2ºT). Técnico: Márcio Araújo
Palmeiras não perde do Bragantino desde 1997; confira histórico entre os times
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
06/03/2015 – 19:42h
Após cinco vitórias consecutivas – quatro pelo Campeonato Paulista e uma pela Copa do Brasil –, o Palmeiras volta a campo neste sábado (07), às 18h30, no Allianz Parque, para enfrentar o Bragantino em busca de mais três pontos na competição estadual. Ao todo, as equipes já mediram forças em 37 oportunidades – são 20 triunfos alviverdes, nove empates e apenas oito vitórias da equipe do interior paulista.
Nos últimos 18 anos, os dois times duelaram em 12 oportunidades e o Palmeiras não foi derrotado nenhuma vez – foram nove jogos vencidos e três igualdades. No encontro mais recente, válido pelas quartas de final do Paulistão 2013, a equipe do Palestra Italia venceu por 2 a 0 e avançou às semifinais do torneio.
Considerando apenas os jogos do Campeonato Paulista, os clubes se encontraram 25 vezes, com nova vantagem do Verdão: 13 vitórias palestrinas, oito empates e quatro jogos vencidos pelo time de Bragança Paulista.
Já como mandante pelo Paulistão, o Palmeiras recebeu o Bragantino em seus domínios 14 vezes e nunca perdeu. São nove triunfos alviverdes e cinco jogos que terminaram empatados. O Verdão balançou as redes 26 vezes e sofreu apenas quatro gols.
A melhor sequência de invencibilidade do confronto entre os times, em partidas do torneio estadual, pertence ao Alviverde. Desde 1995 até o último confronto, em 2014, são sete vitórias e três empates.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo.com.br
Mesmo com o time reserva, o Verdão venceu o Bragantino com relativa facilidade no Allianz Parque, aumentou a margem de liderança no próprio grupo e alcançou a liderança, ainda que provisória, da classificação geral do campeonato. O resultado, dadas as circunstâncias, foi excepcional. Já o futebol apresentado, nem tanto – e nem deveria.
Choveu a cântaros na Zona Oeste da capital paulista durante todo o sábado, a Turiaçu chegou a alagar, como sempre acontece em dias assim. Foi o primeiro grande teste para a drenagem do Allianz Parque, e podemos dizer que o futebol pobre apresentado pelo time não pode usar o estado do gramado como desculpa: o sistema foi plenamente aprovado.
Com o time reserva em campo, o Verdão iniciou o jogo tentando impor o mesmo padrão de jogo do time titular. Seria o primeiro grande teste para uma peça importante do elenco, o volante Amaral, reserva imediato de Gabriel, que são os dois únicos jogadores no elenco com características de marcação intensa no meio-campo. Mas infelizmente o volante acabou sentindo uma lesão no adutor da perna direita aos seis minutos. Aos quatro, ainda frio, ele havia dado um pique de cerca de 30 metros para evitar que uma bola invertida após passe mal dado por Renato saísse pela lateral. Vitor Luís entrou em seu lugar.
O jogo não fluía, os reservas não conseguiam a compactação que os titulares já estão conseguindo mostrar. Zé Roberto não ficou à vontade como meia centralizado, sobretudo porque tinha a seu lado Maikon Leite e Rafael Marques, que estão bem abaixo tecnicamente dos companheiros. Leandro Pereira sofria de forma parecida: jogando de costas para o gol, sempre que recebia tinha dificuldades em encontrar alguém fazer o pivô. Além do mais, a transição era deficiente, pois Vitor Luís e Renato, nem de longe, têm a mesma capacidade de fazer a saída de bola que Arouca e Gabriel.
Vimos um jogo extremamente sonolento. O Bragantino mostrou por que é o vice-lanterna do campeonato, vindo de seis derrotas seguidas. Sem nenhuma criatividade ou talento, o time de Bragança Paulista só ameaçou o gol de Fernando Prass uma vez no primeiro tempo, em falta cobrada por Leo Gago – sua especialidade. Fernando Prass pediu apenas três homens na barreira e teve que se virar para espalmar o chute forte, rasteiro.
Nosso gol saiu de uma cobrança de lateral de João Pedro – e o autor intelectual foi Leandro Pereira, que deu um lindo e inesperado toque de calcanhar iludindo toda a defesa; Renato percebeu Rafael Marques fechando pela esquerda e completou o passe; o camisa 19 invadiu a área livre e tocou na saída de Lauro. Antes de chegar ao gol, que aconteceu aos 32 minutos, o Verdão só teve uma jogada de perigo: aos 25, Maikon Leite foi ao fundo e cruzou no segundo pau; Rafael Marques fechou pela esquerda e quase conseguiu cabecear para gol certo, mas a zaga se antecipou e mandou a escanteio. E depois do gol, apesar de manter o Bragantino prensado em seu campo de defesa, não criou mais nada. Muito pouco.
No segundo tempo o time conseguiu um pouco mais de espaço e também tirou vantagem do melhor preparo físico. Aos 4, Victor Luís desceu ao ataque e se preparava para bater em gol quando foi calçado por trás. Ele mesmo cobrou a falta, mas a bola saiu ao lado do ângulo direito, com muito perigo. Aos 12, Maikon Leite esgotou a paciência de todos e foi sacado para a entrada de Arouca, que jogou mais avançado que de costume.
Ao perceber que não corria risco de ser goleado, Márcio Araújo abriu um pouco seu time buscando o empate. Muralha entrou no meio-campo e o time do interior conseguiu se sentir um pouco mais à vontade, criando duas chances seguidas: Aos 13, Diego Mauricio teve a chance de cabecear para o gol após cruzamento de Thiago Feltri; e aos 15 o mesmo lateral invadiu a área e bateu cruzado, para fora. O Palmeiras respondeu graças a um erro do zagueiro Ferreira, que perdeu a bola para Zé Roberto; o veterano invadiu a área e ia servindo Leandro Pereira, mas a defesa se recuperou e mandou a bola a escanteio. Aos 25, mais uma tentativa da dupla, e desta vez Leandro conseguiu o arremate, mas a testada saiu por cima.
Aos poucos, os mais de 29 mil palmeirenses começaram a pedir por Gabriel Jesus, e Oswaldo atendeu o pedido aos 27 minutos, mandando o menino a campo no lugar de Leandro Pereira. O camisa 33 se movimentou bem, voltando para buscar jogo, buscando as tabelas e os toques rápidos. Também buscou lances de efeito, sua marca registrada, deu uma assistência para Victor Ramos com um lindo passe de trivela – mas o zagueiro zagueirou na finalização – e conseguiu uma boa finalização após troca de passes de todo o ataque e jogada de pivô de Rafael Marques. Boa estreia.
As atenções dos 20 minutos finais ficaram todas voltadas para a estreia do menino Borel. O Bragantino, atrás no placar, seguiu sendo apenas coadjuvante. Uma de nossas maiores esperanças de craque feito em casa dos últimos 100 anos finalmente foi a campo, e não decepcionou. Ao final do jogo, deu sua primeira entrevista, muito sem jeito, e mostrou que ainda tem um longo caminho pela frente. Mas o primeiro passo foi bem dado.
O time agora pensa no clássico na casa de praia, razão pela qual Oswaldo decidiu poupar os titulares neste jogo. Gabriel Jesus não deve figurar nem entre os relacionados, sua entrada deve continuar sendo gradual, apenas em jogos de baixo risco. O Verdão vai a campo em Santos pensando só na vitória, como sempre deve ser; empate não é um bom resultado. Com essa mentalidade é que se chega às conquistas. VAMOS PALMEIRAS!