Depois de 20 e tantas contratações, pra renovar completamente os ares, a expectativa era altíssima para a primeira apresentação oficial.
Mesmo desentrosado e sem muito ritmo deu pra perceber que esse ano não será um sufoco como no ano passado. Se os caras se entrosarem bem dá pra sonhar com títulos.
O adversário também não mostrou muito entrosamento então não dá pra concluir muita coisa sobre o que esperar.
Jogo amistoso de início de temporada.
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 3 X 1 SHANDONG LUNENG (CHN)
LOCAL: Allianz Parque, São Paulo (SP)
DATA/HORA: 17 de janeiro de 2015; 17h
ÁRBITRO: Luiz Flavio de Oliveira (SP)
PÚBLICO/ RENDA: 27.013 pessoas / 1.568.020,00
CARTÕES AMARELOS: Gabriel (PAL); Aloisio (SLU)
GOLS: Montillo, aos 13’/1°T (0-1); Leandro Pereira, aos 17’/1°T, (1-1); Lucas, aos 39’/1°T, (2-1) e Cristaldo, aos 30’/2ºT (3-1).
PALMEIRAS: Fernando Prass (Jailson – 37’/2ºT); Lucas (Ayrton – 22’/2ºT), Tobio (Wellington – 8’/2ºT), Vitor Hugo (Thiago Martins – 34’/2ºT) e Zé Roberto (João Paulo – intervalo); Amaral (Andrei – 31’/2ºT), Gabriel (Renato – 17’/2ºT), Allione (Victor Luis – 24’/2ºT) e Mendieta (Tiago Real – 11’/2ºT); Maikon Leite (Mouche – intervalo) (Vinicius – 16’/2ºT) e Leandro Pereira (Cristaldo – intervalo). TÉCNICO: Oswaldo de Oliveira.
SHANDONG LUNENG: Yang Cheng; Zang Chi, Zhao Mingtian, Dai Line (Qiang – 32’/2ºT) e Zheng Zheng; Junior Urso, Li Wei, Montillo e Zhang Weizhao (Wang Yongpo – 21’/2ºT); Aloisio (Cui Wei – 32’/2ºT) e Vagner Love (Han Peng – 34’/2ºT). TÉCNICO: Cuca.
Palmeiras recebe estrangeiro pela 87ª vez em seu estádio; veja retrospecto
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
16/01/2015 – 18:57h
A partida deste sábado entre Palmeiras e Shandong Luneng, da China, marcará a 87ª visita de um clube estrangeiro ao estádio alviverde. Ao todo, o Verdão soma 59 triunfos ante clubes de fora do Brasil no Palestra Italia – são ainda 18 empates e apenas nove derrotas.
Um dos destaques do bom desempenho palestrino diante de equipes estrangeiras é o recorde de invencibilidade conquistado entre dezembro de 1969 (quando venceu a seleção de Gana por 3 a 1) e março de 2006 (quando empatou em 0 a 0 com o Rosário Central, da Argentina), com expressivos 55 jogos sem perder e quase 37 anos apenas com vitórias e empates.
A maior sequência de vitórias aconteceu recentemente e durante um dos períodos de melhores lembranças do torcedor palmeirense. Entre abril de 1999 e maio de 2000, tempo que corresponde ao título da Copa Libertadores 1999, o Alviverde alcançou 10 triunfos consecutivos e estabeleceu uma nova marca na história do clube.
O primeiro adversário estrangeiro cruzou o caminho do Verdão em novembro de 1923 – o Palestra Italia bateu o Universal, do Uruguai, por 3 a 1. A partida foi válida pela Copa Atílio Narancio.
Retrospecto contra equipes chinesas
O Palmeiras já encarou três equipes chinesas em toda história. Foram duas vitórias e um empate, todos em 1996 e em território chinês – os triunfos foram ante o Sichuan Quanxing (3 a 0) e o Dalian Wanda (3 a 0), enquanto o empate aconteceu diante do Shandong Jinan Taishan (1 a 1), mas o Verdão levou a melhor na disputa de pênaltis por 10 a 9.
Pós-Jogo
Fonte: www.verdazzo.com.br
Foi um começo na medida do esperado. Sem nenhum ritmo de jogo, sob um calor desumano, e em fase preliminar de entrosamento, o Verdão venceu por 3 a 1 um adversário que tinha todos esses problemas em doses maiores ainda. O Shandong Luneng foi o sparring perfeito para um começo de temporada tranquilo, sem sobressaltos; adequado para impulsionar o Palmeiras para o centro da pauta da imprensa e aquecer a torcida para o início do Paulistão.
O time titular nem de longe pode ser encarado como a base para o decorrer da temporada. O elenco ainda precisa ser diminuído em oito a nove atletas, e a partida serviu para mostra-los ao mercado – ou eventualmente para aumentar a dúvida na cabeça do treinador e do diretor de futebol. Alguns jogadores conseguiram passar muito boa impressão; outros mostraram que continuam os mesmos de sempre…
Entre os novatos, os destaques positivos foram Lucas, Amaral, Gabriel e Leandro Pereira. Entre os veteranos, Tobio foi muito seguro e Allione procurou se movimentar de forma bem diferente do que no ano passado, quando era proibido de pisar na grama verde – só podia correr sobre a linha lateral. Maikon Leite continua vivendo o velho caso de amor e ódio com a bola; teve participações interessantes – inclusive participando de um gol – mas matou ataques de forma bisonha, como já nos acostumamos a ver.
O time chinês abriu o placar com Montillo, numa jogada de bola parada mortal: alçada em direção ao canto oposto, com um atacante fechando pelo meio. O goleiro não tem como saber se marca o atacante ou a bola, e o tempo de reação é insuficiente. Tomamos vários gols assim – me vêm à mente um gol do Grêmio no Palestra e um do Fluminense no Maracanã.
Antes que a torcida pudesse esboçar as primeiras ranhetices, veio o empate: Lucas abriu para Maikon Leite que cruzou de primeira no segundo pau; o goleiro deu uma borboletada monstra e Leandro Pereira fechou para testar para o gol vazio, sem dificuldade, empatando o jogo. Se com 0 a 0 a torcida estava empolgada, com 1 a 1 o estádio se inflamou e o Palmeiras teve seus melhores momentos no jogo. Zé Roberto e Lucas apoiaram com frequência, bem cobertos pela firme dupla de volantes. Allione comandava a construção dos ataques bem apoiado por Mendieta e até por Leandro Pereira. E o time de 2015 mostrou assim seu primeiro cartão de visitas.
Com o domínio completo do jogo, o Verdão chegou à virada ainda no primeiro tempo: Gabriel iniciou a jogada e tocou para Allione, o argentino percebeu a entrada de Lucas na área e tocou na medida; o estreante bateu prensado com o marcador e conseguiu encobrir o goleiro, colocando o Palmeiras em vantagem no placar do Allianz Parque pela primeira vez na História. E logo depois acabou o primeiro tempo.
O segundo tempo foi repleto de substituições e virou um grande coletivo. Não há como fazer maiores observações nesse tipo de movimentação, talvez valha a pena mencionar a entrada interessante de Cristaldo, mostrando que jamais vai faltar empenho de sua parte. O avante argentino acabou sendo premiado com um belíssimo passe de Ayrton e concluiu com imensa felicidade, marcando o gol mais bonito da partida e fechando o placar.
Valeu pela movimentação e pela primeira festa da torcida no ano. O Allianz Parque, pela primeira vez, viveu uma jornada sem aquele ambiente de tensão que marcou o fim da última temporada, e o torcedor teve a chance de curtir uma tarde de Palmeiras com toda a alegria.
Que a evolução continue; que as novas peças deem a liga necessária, que os reforços que ainda faltam cheguem logo, e que venham logo os campeonatos. O tira-gosto chinês só serviu para aumentar o apetite. VAMOS PALMEIRAS!