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Palestra Italia 5 x 1 Internacional/SP – 21/04/1917

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1º jogo disputado no estádio que viria a ser a casa Palestrina.

Jogo válido pela 1ª rodada do Paulistão 1917 (APSA).

FICHA TÉCNICA

Data: 21/04/1917
Local: Parque Antártica, São Paulo (SP)
Público/renda: Não disponíveis
Gols do Palestra Italia: Caetano e Heitor (4)
Gol do Internacional: Cruz

Palestra Italia: Flosi, Bianco, Grimaldi, Picagli, Bertolini, Arturo Fabbi, Caetano, Ministro, Heitor, Orlando e Martinelli. Técnico: Ludovicco Bacchiani.

Internacional-SP: Barreto, Felix, Zeca, Alimare, Joaquim, Gustavo, Almeida, Rodrigues, Cruz, Janeiro e Idoeta. Técnico: Não disponível.

História

Fonte: Palmeiras

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A história do Parque Antártica começa a ser contada muito antes da própria fundação do Verdão, em 1914. Considerado um grande centro de convenções paulistano, o espaço era aberto ao público desde o final do Século XIX, época em que pertencia à Companhia Antárctica Paulista e era utilizado como ponto de encontro para piqueniques e atividades campestres, além de contar com uma cervejaria, parque infantil, pista de patinação, espaço para bailes e de ser o local de pouso e de decolagem dos raríssimos aviões. Vale destacar que o campo de futebol presente no local era apenas um dos atrativos.

Anfitrião do primeiro jogo da história do Campeonato Paulista, um duelo entre Germânia e Mackenzie em 1902, o Parque Antártica pode ser apontado como o campo que recebeu o primeiro jogo oficial de futebol do Brasil, já que o Paulistão fora o primeiro torneio a ser disputado dentre todos os estaduais do país.

Os dirigentes do Palestra Italia viram no Parque Antártica “a casa dos sonhos” para o futuro do clube. Incialmente cedido ao Germânia (atual Pinheiros), o estádio não demorou a mudar de arrendatário. Isso devido às consequências da crise financeira do clube de raízes alemãs, causada pela Primeira Guerra Mundial. O América da Capital, à época ainda em formação, passou então a ser o locatário do campo. O clube, no entanto, não podia arcar com as despesas de aluguel sozinho, e o Palestra, que já levava grande público a seus jogos, interessou-se pelo local.

Em 1917, por intermédio do América, foi feito o contrato de aluguel do campo por 500 mil réis por mês para as duas equipes. E foi assim que o Palestra Italia se instalou no tradicional local. O América, à beira da falência, não demorou a desaparecer, e o contrato, a partir daí, passou a ser direto entre o Palestra e a Antártica.

Como arrendatário, o Palestra mandou os seus jogos no Parque Antártica até abril de 1920. Isso a partir de 1919, pois entre 1917 e 1918 o time alviverde havia sido um mero visitante, já que os mandos de jogos pertenciam à APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), atual FPF (Federação Paulista de Futebol).

Finalmente, em 27/04/1920 – três anos após jogar pela primeira vez no estádio –, a diretoria do Palestra Italia chancelou a compra do Parque Antártica: e não só o campo que fazia parte do complexo, mas, sim, todo o território que compreendia o “Parque dos Sonhos”. Devido ao alto investimento para os padrões do período, o episódio da compra do terreno ficou conhecido como “A Loucura do Século” – ainda mais em se tratando de um clube com apenas cinco anos de existência e que ainda tinha o seu futuro visto como uma incógnita no meio desportivo.

Os números comprovam a superioridade da equipe palestrina no Parque Antártica mesmo antes de se tornar o proprietário: entre abril de 1917 – quando jogou pela primeira vez no campo – e abril de 1920, quando se tornou proprietário, foram 22 partidas (14 vitórias, quatro empates e quatro derrotas), 56 gols marcados e 29 sofridos.

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