Empate com gosto de derrota em função do gol tomado aos 45 min do 2º tempo.
De qualquer forma, não foi um resultado ruim, considerando que o Sport não tinha perdido nenhum ponto em seus domínios e a partida foi bastante equilibrada. Placar justo.
Agora é buscar mais uma sequência de vitórias para tentar alcançar a liderança.
Jogo válido pela 13ª rodada do Brasileirão 2015.
FICHA TÉCNICA
SPORT 2 X 2 PALMEIRAS
LOCAL: Arena Pernambuco, São Lourenço da Mata (PE)
DATA/HORA: 11/07/2015, domingo, às 18h30
JUIZ: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
AUXILIARES: Marcio Eustaquio Santiago e Guilherme Dias Camilo (ambos de MG)
PÚBLICO/RENDA: 35.163 pagantes / R$ 1.084.320,00
CARTÕES AMARELOS: Renê e Marlone (SPO); Jackson (PAL)
GOLS: Matheus Ferraz, aos 21’/1ºT (1-0); Leandro Pereira, aos 43’/1ºT (1-1); Leandro Pereira, aos 13’/2ºT (2-1); André, aos 44’/2ºT (2-2)
SPORT: Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê (Danilo, aos 31’/2ºT); Rodrigo Mancha, Wendel (Régis, aos 15’/2ºT), Neto Moura (Samuel, no intervalo), Diego Souza e Marlone; André. TÉCNICO: Eduardo Baptista
PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Jackson, Leandro Almeida e João Paulo (João Pedro, aos 30’/2ºT); Gabriel e Arouca; Rafael Marques, Zé Roberto (Andrei Girotto, aos 27’/2ºT) e Dudu (Kelvin, aos 11’/2ºT); Leandro Pereira. TÉCNICO: Marcelo Oliveira
Em busca do G-4, Palmeiras tem retrospecto favorável contra o Sport; confira
Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
11/07/2015 – 13:45h
O Palmeiras vista o Sport neste domingo (12), às 18h30, na Arena Pernambuco, em busca da quinta vitória consecutiva da equipe no Campeonato Brasileiro 2015. Com 21 pontos, enquanto os rivais rubro-negros somam 23, o Verdão, em caso de vitória, pode ultrapassar o grupo comandado pelo técnico Eduardo Baptista na tabela da competição nacional.
Em toda história, as duas equipes já se encontraram 54 vezes. Com 27 vitórias, 10 empates e apenas 17 derrotas, o Palmeiras leva vantagem no retrospecto geral, além de ter marcado 76 gols e sofrido 60 tentos.
Considerando apenas jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro, como é o caso da partida deste domingo (12), os números caem para 30 registros, mas, ainda assim, com ampla superioridade palestrina: 14 triunfos, seis jogos que terminaram empatados e 10 reveses – 42 gols pró e 34 contra.
Os clubes se enfrentaram pela primeira vez em 25 de maio de 1955, pelo Quadrangular do Recife, na Ilha do Retiro. Naquela oportunidade, com gols de Jair Rosa Pinto e Humberto Tozzi, o Verdão levou a melhor e venceu por 2 a 1.
Além disso, as equipes já protagonizaram importantes duelos da história recente do futebol brasileiro. Em 2000, o Palmeiras venceu os recifenses por 2 a 1 na final da Copa dos Campeões e ganhou uma vaga na Libertadores do ano seguinte. Nove anos depois, as equipes se reencontraram pelas oitavas de final do torneio continental. Após o triunfo por 1 a 0 no Palestra, o clube perdeu na Ilha do Retiro pelo mesmo resultado, e a decisão foi para os pênaltis, quando São Marcos defendeu três cobranças e classificou o Verdão às quartas.
A última partida entre os times também foi histórica. No dia 19 de novembro de 2014, o Palmeiras inaugurou, contra o Sport, o Allianz Parque, arena que ficou mais de quatro anos em obras. Porém, o resultado não foi favorável: 2 a 0 para a equipe pernambucana.
Pós-Jogo
Fonte: Verdazzo
Talvez no melhor jogo do campeonato, o Verdão empatou com o Sport por 2 a 2 encerrou o aproveitamento de 100% do time pernambucano em seus domínios. O empate foi o resultado mais justo diante do que as duas equipes fizeram em campo, mas acaba com gosto amargo para o Palmeiras por ter cedido o resultado aos 45 do segundo tempo.
Os resultados dos outros jogos da rodada foram péssimos para o Verdão, já que todos os concorrentes pelo título venceram seus jogos. Assim, em relação à situação antes do início do jogo, o time fica dois pontos mais longe de todos os concorrentes – em sétimo lugar, a sete pontos do líder. Exatamente os sete pontos perdidos de forma estúpida nas três primeiras rodadas do campeonato.
Primeiro tempo
O Verdão mostrou que queria jogo logo a quinze segundos: Zé Roberto enxergou Leandro Pereira se deslocando entre os zagueiros e enfiou; o camisa 17 entrou na área e bateu cruzado, à direita de Danilo Fernandes.
Com as duas equipes muito bem postadas em campo, o jogo era parelho, mas sem ficar restrito à disputa no meio-campo. O Palmeiras levava uma leve vantagem pela maior qualidade técnica das peças de frente, e chegava com mais perigo. Aos 12, após cobrança de escanteio, a zaga rechaçou, André tentou ligar rápido mas errou o passe, tocando para trás; Dudu estava além da linha de defesa do Sport mas aproveitou o presente e cruzou rasteiro para Leandro Almeida livre na pequena área, mas o zagueiro escorou com a parte externa do pé e errou – não valeria, pois o bandeira pegou o impedimento.
Aos 16, Diego Souza roubou a bola de Gabriel e tocou para Marlone, livre; ele invadiu a área pela direita e bateu cruzado – Fernando Prass salvou com o pé direito. Aos poucos, o Sport tentava equilibrar as ações, e Diego Souza deu trabalho para Fernando Prass aos 20, batendo uma falta de longe, com muito veneno – Fernando Prass manchetou a bola a escanteio. Na cobrança de Diego Souza, Matheus Ferraz entrou em diagonal no primeiro pau, fugindo da marcação de Leandro Pereira, e cabeceou com muita felicidade, cruzado, colocando a bola no canto direito de Fernando Prass. Numa jogada ensaiada muito bem executada, a meta do Palmeiras voltou a ser vazada depois de mais de 400 minutos.
O Verdão mostrou muita personalidade após o gol. Mesmo num estádio em clima amplamente desfavorável, jogando contra um time bem armado, foi pra cima imediatamente, deixando claro que não aceitava a derrota. E quase chegou ao empate aos 23, também numa bola parada: Zé Roberto bateu o escanteio da esquerda, Rafael Marques raspou com a testa e ela caiu na pequena área para Dudu completar para o gol vazio, mas Renê impediu que a bola chegasse ao camisa 7. Um minuto depois, João Paulo fez jogada individual e arriscou para o gol – a bola lambeu a trave esquerda de Danilo Fernandes.
O Sport então percebeu o momento do Palmeiras e se reorganizou na defesa, dando espaço para o Verdão – mas ficando perigoso no contra-ataque. Sem alternativa, o Palmeiras aceitou a oferta e ocupou o campo ofensivo, tornando o jogo mais aberto ainda. E fomos recompensados aos 43: Gabriel fez linda jogada pela esquerda, invadiu a área, foi ao fundo e cruzou no segundo pau, onde Leandro Pereira se posicionou muito bem e cabeceou com propriedade, tornando a defesa impossível para Danilo Fernandes, que ainda bateu na bola antes dela entrar. O empate tornava o placar menos injusto pelo que as equipes fizeram no primeiro tempo.
Segundo tempo
Interessante como a segunda etapa foi praticamente um “espelho” da primeira. Eduardo Baptista voltou mais ofensivo, com Samuel no lugar de Neto Moura. O Sport voltou com mais apetite para o gol, como o Palmeiras no início do jogo, e nos pressionava na saída de bola. Aos nove, Fernando Prass tentou fintar André para sair jogando e quase tomou um gol de chupeta. Viajou.
Aos onze, Dudu pediu para sair, estranhamente cansado. Kelvin foi para o jogo e o Palmeiras perdeu a capacidade de recomposição do camisa 7. Mas aos treze, veio a virada: Lucas arriscou de fora, e Danilo Fernandes rebateu; Arouca chegou em velocidade e tentou fazer o gol no rebote, mas o goleiro defendeu de novo; e Leandro Pereira conseguiu aproveitar mais uma rebatida e bateu firme para o fundo do gol, virando o placar.
O Palmeiras não soube trabalhar com a vantagem. Em vez de tentar manter a bola nos pés, aceitou a pressão do Sport, buscando matar o jogo no contra-ataque – como fez o Sport no primeiro tempo. E sofremos um bombardeio do time pernambucano a partir da saída de bola. Aos 19, Renê fez boa jogada pela esquerda e tocou na direção de André dentro da área; Leandro Almeida vacilou e o atacante conseguiu dominar e bater, para Fernando Prass, pela segunda vez, fazer um milagre com o pé.
Aos 26, Jackson fez uma falta desnecessária no lado direito da defesa; Diego Souza levantou na risca da pequena área e André testou para o chão; Fernando Prass, pela terceira vez, usou o pé para salvar gol certo do time da casa. Sentindo a pressão, Marcelo Oliveira mandou Andrei Girotto a campo para reforçar a marcação, tirando Zé Roberto. O time desta maneira ficou totalmente dependente dos contra-ataques para ameaçar o gol de Danilo Fernandes.
Aos 30, nova mexida: talvez sentindo fragilidade de João Paulo na marcação sobre Samuel, Marcelo mandou João Pedro a campo, invertido na esquerda. Enquanto isso, Eduardo Baptista mandava o time pra cima, colocando Danilo no lugar de Renê. Virou ataque contra defesa. Aos 35, Danilo cobrou escanteio da esquerda, Durval escorou para o bolo e Diego Souza conseguiu amortecer e chutar à queima-roupa – Fernando Prass defendeu, adivinhem, com o pé; no rebote, André teve a chance de fazer mas foi travado por Rafael Marques.
O tempo ia passando, a vontade de olhar para a tabela para ver como ficava o time após a vitória era grande, mas estava claro que o placar não podia ser comemorado; a pressão era gigantesca. Aos 42, mais um escanteio batido por Danilo e Arouca cabeceou em direção à nossa trave direita quando Diego Souza já se preparava para marcar. Cirúrgico.
Aos 43, a bola do jogo: finalmente o Palmeiras teve o contra-ataque que tanto esperou; Arouca tocou para Leandro Pereira que percebeu João Pedro se projetando pela esquerda e fez o passe perfeito – ele chegou sozinho na área, mas em vez de tentar finalizar, preferiu puxar de lado para tocar para o gol vazio, mas como é destro deu chance para Danilo Fernandes cortar a jogada, que ainda seguiu, para péssima finalização de Kelvin.
Como quem não faz, toma, o Sport chegou ao merecido empate aos 45: Régis, mesmo com 80 defensores do Palmeiras o cercando, conseguiu receber e tocar para André que, entre os zagueiros, conseguiu levar vantagem e fuzilou Fernando Prass. Como no primeiro tempo, o time que estava atrás aproveitou o espaço oferecido e empatou perto do fim. E ainda houve tempo para mais perigo, mas Fernando Prass agarrou a bola em chute cara a cara de Samuel. Antes disso Gabriel até tentou um chute de fora, exigindo boa defesa de Danilo Fernandes. Até nas chances após o empate os times foram iguais.
Fim de jogo
Jogaço, certamente muito agradável para quem não torceu para nenhum dos times, e enlouquecedor para nós – e também para os torcedores do Sport. O resultado, justo, não foi bom para ninguém, a não ser para os cinco primeiros da tabela. Os dois times estiveram na frente no placar mas respeitaram demais o adversário e perderam a vantagem.
Não temos nada a ver com os erros de Eduardo Baptista, que os consertou no segundo tempo colocando seu time em cima do Verdão. Marcelo Oliveira é que apostou em fazer o mais cômodo, que é fechar o time e aproveitar o contra-ataque em vez de exercer a superioridade técnica e manter a posse de bola. Se João Pedro tivesse matado o jogo, talvez alguns estivessem elogiando a sabedoria do treinador. Se, ah, o se…
De qualquer forma, um empate em Recife, tirando da vista as circunstâncias do jogo e do campeonato, não é nenhum desastre, mas nos faz lamentar mais ainda os pontos jogados no lixo contra os reservas do Atlético, contra o Joinville e contra o Goiás. Perdemos mais dois pontos em Recife e só nos resta correr atrás, com mais força ainda. Temos tempo e o time mostrou muita qualidade e personalidade – precisa apenas ter mais coragem na estratégia. VAMOS PALMEIRAS!